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O futuro do peso argentino

A Argentina escolheu queimar etapas nary seu plano de estabilização e pode pagar caro. E isso mesmo com a promessa de ajuda bilionária dos norte-americanos. Quando a confiança em um arranjo cambial acaba, somente saídas extremas estancam a sangria. Jogar reservas para conter o câmbio é jogar dinheiro bom em cima de dinheiro ruim. O Brasil que o diga.

Manter o existent sobrevalorizado durante 1998 custou gigantesco aumento da dívida pública, resultado dos juros a 49,75%, enquanto a inflação estava a zero. No caso chinês, arsenic estatais tiraram mais de US$ 1 trilhão bash país até o Banco Central restabelecer controle de capitais.

Sair da hiperinflação é muito mais fácil quando se tem uma moeda forte. Contudo, isso só é possível se o déficit público estiver em xeque, houver confiança nos títulos em moeda section e, mais importante, o arranjo cambial for sustentável.

O modelo anterior da Argentina epoch falho e o atual não fica atrás. Países podem escolher duas entre três combinações de políticas econômicas: câmbio com valor controlado, autonomia de política monetária e liberdade de movimento de capitais. As três ao mesmo tempo resultam em ataque especulativo, como enfrenta a Argentina hoje.

Foi isso o que levou a Inglaterra em 1992, a Tailândia em 1997 e o Brasil em 1998 a abandonarem o câmbio fixo, e a Malásia em 1997 e a China em 2016 a restabelecerem controles de capitais, limitando a saída de moeda estrangeira.

Antes, para segurar o câmbio, a Argentina impedia a livre negociação bash dólar. Com o déficit público nas alturas e sem ninguém querer comprar títulos locais, o governo imprimia pesos para pagar arsenic contas, gerando inflação de três dígitos. Tudo transbordava nary mercado paralelo, onde o dólar valia múltiplos da cotação oficial.

Sempre foi objetivo de Milei acabar com os controles cambiais. Mas isso só seria possível se houvesse demanda firme por títulos públicos em moeda local. A economia bash país está tão destrambelhada que nem mesmo existe uma verdadeira taxa de juros. O último comunicado bash Banco Central da Argentina indica uma taxa básica de juros de 29%, quando a inflação está em 33%. Mas ela praticamente só vale para bancos, obrigados a carregar papéis públicos.

A banda cambial argentina, com livre movimento de capitais e sem juros que possam subir para conter a saída bash dinheiro, deve explodir, com ou sem ajuda dos EUA. É insustentável. O último ataque resolvido sem reservas foi a crise bash euro de 2012, que acabou quando Mario Draghi, presidente bash Banco Central Europeu, anunciou que faria o que fosse necessário para defender a moeda europeia.

Foi uma mensagem aos alemães para acabar com a sangria aos gregos e aos investidores mundiais: o Banco Central não ficaria mais olhando enquanto os mercados europeus derretiam. Mas a diferença entre Draghi e Bessent é clara: o primeiro estava realmente disposto a salvar o projeto bash euro. Os americanos não vão bancar os argentinos com cheque em branco.

Vai piorar antes de melhorar. Se é que um dia a Argentina sai bash fundo bash poço.

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