Mão segura um passaporte dinamarquês

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  • Author, Katya Adler
  • Role, Editora de Europa, BBC News
  • Há 10 minutos

Podem sobrevir imagens da sua capital, Copenhague, elegante e inacreditavelmente chique. E também um sentido de sociedade aberta, liberal. É o clichê da Escandinávia.

Mas, em relação à imigração, a Dinamarca tomou um rumo totalmente diferente.

O país, agora, é "pioneiro em políticas de migração restritivas" na Europa, segundo a diretora do Centro de Estudos Avançados da Migração (AMIS) da Universidade de Copenhague, Marie Sandberg.

Ela faz referência tanto às pessoas que buscam asilo, quanto aos migrantes econômicos, que pretendem trabalhar na Dinamarca.

Ainda mais surpreendente talvez seja quem está por trás desta mudança.

O que geralmente se acredita é que os políticos de "ultradireita" estão ganhando força em toda a Europa, devido aos temores da imigração. Mas este quadro está longe da realidade.

Na Dinamarca, os políticos que estão tentando controlar a imigração são de centro-esquerda.

E o mesmo ocorre na Espanha, que enfrenta a mesma questão de forma muito diferente, mas igualmente radical. O país ibérico busca aumentar a imigração, em vez de reduzi-la.

Por que isso acontece? E o que os outros países da Europa, incluindo o governo trabalhista do Reino Unido, podem aprender com eles?

Europa em tempos perturbadores

A imigração é uma das maiores prioridades dos eleitores, em toda a Europa.

Vivemos em tempos realmente perturbadores. Enquanto se desenvolve o conflito na Ucrânia, a Rússia aposta na guerra híbrida, como ciberataques em grande parte do continente.

Os governos falam em gastar mais com a defesa, enquanto a maioria das economias europeias vem cambaleando. Já os eleitores se preocupam com o custo de vida. E, em meio a este turbilhão de ansiedade, surgem as preocupações com a imigração.

Mas, na Dinamarca, esta questão se aprofundou e persistiu por mais tempo.

A imigração começou a aumentar depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). E cresceu com rapidez ainda maior nas últimas décadas.

A proporção de moradores da Dinamarca que são imigrantes, ou têm os dois pais imigrantes, aumentou mais de cinco vezes desde 1985, segundo o Instituto de Política Migratória (MPI, na sigla em inglês).

Na época, mais de um milhão de migrantes vieram para a Europa. A maior parte deles se dirigia ao norte do continente, chegando a países mais ricos como a Dinamarca, Suécia e Alemanha.

Casas coloridas e barcos em dia de sol em Copenhague, na Dinamarca

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Legenda da foto, A Dinamarca permitiu que as autoridades confiscassem joias e outros bens valiosos dos solicitantes de asilo

Slogans como "Danskerne Først" ("Dinamarqueses em primeiro lugar") ganharam popularidade entre o eleitorado.

Naquele ano, entrevistei apoiadores do Partido do Povo Dinamarquês, uma agremiação nacionalista de direita radical e anti-imigração. Eles me responderam: "Não nos consideramos racistas, mas realmente sentimos que estamos perdendo nosso país."

A Dinamarca chamou notoriamente a atenção internacional pela sua posição linha-dura em relação aos refugiados, quando permitiu às autoridades confiscar joias e outros objetos de valor dos solicitantes de asilo. A justificativa era reembolsar parte dos gastos da sua estadia na Dinamarca.

A ministra da Imigração da Dinamarca postou uma foto de si mesma no Facebook com um bolo decorado com o número 50 e uma bandeira do país. Ela comemorava a aprovação da sua 50ª emenda para restringir os controles de imigração.

E a legislação dinamarquesa só endureceu ainda mais desde então.

Planos de retenção em uma ilha

Prefeitos de outras cidades, fora de Copenhague, vêm alertando há muito tempo sobre os efeitos do rápido fluxo de entrada de imigrantes.

A tendência dos trabalhadores imigrantes e suas famílias era de se mudar para a periferia da capital, para reduzir seus custos. E o famoso sistema de bem-estar social da Dinamarca também ficou visivelmente sob tensão.

Surgiram relatos de escolas infantis repletas de crianças que não falavam dinamarquês.

Imigrantes desempregados supostamente recebiam auxílios para reassentamento que tornavam seus benefícios sociais mais altos que os dos dinamarqueses sem emprego. E as estatísticas governamentais indicavam que os imigrantes cometiam mais crimes.

Os prefeitos alertavam que o ressentimento local estava aumentando.

Atualmente, a Dinamarca é um dos países da Europa que defendem com mais veemência que os solicitantes de asilo e outros imigrantes que chegarem sem documentos legais sejam processados fora do continente.

O país havia procurado inicialmente deter os imigrantes sem documentos em uma ilha pertencente à Dinamarca, que era utilizada para abrigar um centro para animais contagiosos. Mas o plano foi arquivado.

Em 2021, Copenhague aprovou uma lei que permite processar os pedidos de asilo e reassentar os refugiados em países parceiros, como Ruanda.

O governo conservador britânico anterior tentou levar a cabo um plano similar, que foi cancelado posteriormente.

O plano de Copenhague em Ruanda não teve muito progresso, mas restringiu as normas sobre reuniões familiares, consideradas direito dos refugiados até não muito tempo atrás.

O plano também fez com que a estadia de todos os refugiados na Dinamarca passasse por lei a ser temporária, independentemente da sua necessidade de proteção.

Muitas das medidas duras tomadas pela Dinamarca pareciam se destinar a chegar às manchetes, além da tomada de ações.

As autoridades dinamarquesas criaram intencionalmente um "ambiente hostil para os migrantes", segundo o analista do Centro de Política Europeia Alberto Horst Neidhardt.

E a Dinamarca se mostrou muito disposta a divulgar esta mensagem.

Filas de refugiados aguardando atendimento

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Legenda da foto, A crise dos migrantes de 2015 levou muitos refugiados a permanecer na Alemanha

O país chegou a publicar anúncios em jornais libaneses no auge da crise dos migrantes, alertando sobre a rigidez das políticas de imigração dinamarquesas.

"O objetivo era reduzir todos os incentivos para vir para a Dinamarca", afirma a especialista em política do Conselho Europeu de Relações Exteriores, Susi Dennison.

"Os dinamarqueses foram além da maioria dos governos europeus", explica ela. Eles não só se aprofundaram em questões politicamente sensíveis, como a criminalidade e o acesso a benefícios, mas discutiram explicitamente uma política de zero solicitantes de asilo.

Ainda assim, "antes da crise dos refugiados de 2015, havia um estereótipo dos países nórdicos como sendo muito internacionalistas... e por manterem uma cultura receptiva para os solicitantes de asilo", afirma Dennison.

Até que, subitamente, a reação foi "não, nosso primeiro objetivo é atender de forma responsável o povo da Dinamarca."

A especialista defende que a Alemanha também acelerou a chegada a este ponto crítico. O país vizinho permitiu a permanência de um milhão de refugiados durante a crise dos migrantes.

"Esta decisão política teve repercussões em toda a Europa", segundo Dennison.

A esquerda dinamarquesa entra em campo

Em 2015, o Partido do Povo Dinamarquês, anti-imigração, era a segunda maior força do Parlamento do país.

Mas, paralelamente, os sociais-democratas, com sua nova líder Mette Frederiksen, decidiram contra-atacar. Eles romperam de forma clara e pública com a política de abertura à imigração do seu partido no passado.

"Meu partido deveria ter ouvido", declarou Frederiksen.

Sob sua liderança, o partido adotou posições geralmente consideradas de "ultradireita", em termos de imigração. E passou a apoiar as políticas linha-dura associadas ao Partido do Povo Dinamarquês.

Mas os sociais-democratas também dobraram a aposta sobre questões tradicionalmente mais associadas à esquerda: os serviços públicos.

Os dinamarqueses pagam as alíquotas de imposto mais altas da Europa, em todas as faixas de renda. E, em troca, eles esperam serviços públicos de primeira qualidade.

Frederiksen defendeu que os níveis de imigração ameaçavam a coesão e o bem-estar social e que os dinamarqueses mais pobres seriam os mais prejudicados.

Foi assim que o seu partido justificou suas rígidas normas de imigração.

Migrantes se amontoam em barco para cruzar o mar

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Legenda da foto, Os últimos governos britânicos se concentraram em questões de maior repercussão, como os barcos de traficantes de pessoas que cruzam o Canal da Mancha

Os críticos de Frederiksen consideram sua "guinada à direita" como uma manobra cínica para chegar ao poder e garantir sua permanência. Mas ela defende que as convicções do seu partido são sinceras.

De qualquer forma, a decisão serviu para atrair votos.

Frederiksen é primeira-ministra da Dinamarca desde 2019. E, nas eleições para o Parlamento Europeu do ano passado, o Partido do Povo Dinamarquês, nacionalista e populista, teve dificuldades para manter um único assento.

Indefinição entre o que é esquerda e direita?

Os rótulos políticos do passado estão se diluindo. E não é só na Dinamarca.

Em toda a Europa, partidos de centro-direita e de centro-esquerda empregam cada vez mais linguagem tradicionalmente associada à "ultradireita", em relação a temas como a imigração. Sua intenção é recuperar ou manter votos.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, foi recentemente criticado porque, durante um discurso sobre imigração, ele comentou o risco de que seu país se tornasse "uma ilha de estrangeiros".

Paralelamente, no continente europeu, os partidos de direita vêm adotando políticas sociais tradicionalmente ligadas à esquerda, para ampliar o seu apelo.

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, em frente à bandeira do país

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Legenda da foto, Mette Frederiksen é primeira-ministra da Dinamarca desde 2019

No Reino Unido, o líder do partido Reform (anti-imigração), Nigel Farage, foi criticado por sua generosa proposta de orçamento, que não faria sentido segundo os críticos.

Na França, o presidente de centro Emmanuel Macron parece ter ficado cada vez mais linha-dura em relação à imigração nos últimos anos. Já sua adversária política, a líder do partido Reunião Nacional, Marine Le Pen, vem incluindo políticas de bem-estar social na sua agenda nacionalista, para atrair maior quantidade de eleitores comuns.

Evitar a 'retórica histérica'

Mas será que as rígidas políticas de imigração dos dinamarqueses (e, particularmente, dos sociais-democratas do país) podem ser consideradas um sucesso?

A resposta depende dos critérios empregados para a análise.

Os pedidos de asilo certamente diminuíram na Dinamarca, em forte contraste com a maior parte dos outros países europeus.

No mês de maio de 2025, os números foram os mais baixos dos últimos 40 anos, segundo o site immigration.dk, destinado a oferecer informações online para os refugiados no país.

Mas a Dinamarca fica na região nórdica. Certamente, ela não é considerada um Estado da linha de frente como a Itália, onde os barcos dos traficantes de pessoas chegam ao litoral com frequência.

"Frederiksen se encontra em posição geográfica favorável", defende o professor de Europa Timothy Garton Ash, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Mas ele também elogia a primeira-ministra dinamarquesa por lidar o problema da imigração sem adotar "retórica histérica".

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, fala em frente a uma bandeira do Reino Unido

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Legenda da foto, O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, teria dificuldade para adotar a abordagem dinamarquesa, segundo uma especialista entrevistada pela BBC

Mas também há quem afirme que a nova legislação prejudicou a reputação da Dinamarca, de respeito à legislação humanitária internacional e aos direitos dos solicitantes de asilo.

Michelle Pace, do think tank (centro de pesquisa e debates) Chatham House, afirma que ficou difícil proteger os refugiados na Dinamarca, onde "as traves legais se movimentam sem parar".

Os cidadãos dinamarqueses com origem migratória também passaram a se sentir estrangeiros, segundo ela.

Pace menciona a lei das "sociedades paralelas", criada pelos sociais-democratas. Ela permite que o Estado venda ou proceda à demolição de blocos de apartamentos em áreas problemáticas, quando pelo menos a metade dos moradores tiver origens "não ocidentais".

Os sociais-democratas defendem que a lei se destina a promover a integração. Mas Pace insiste que ela é excludente e faz com que os filhos de imigrantes ouçam que não são dinamarqueses, ou "dinamarqueses puros".

Em fevereiro deste ano, um consultor sênior do principal tribunal da União Europeia descreveu a cláusula sobre "não ocidentais" na lei dinamarquesa como discriminatória, com base na origem étnica.

Diversos líderes europeus chegaram a criticar os sociais-democratas dinamarqueses por se transformarem em ultradireita. Mas, agora, "a posição da Dinamarca passou a ser o novo normal. Eles estavam um passo à frente", segundo Alberto Horst Neidhardt.

"O que é considerado 'boa' política migratória, atualmente, se moveu para a direita, mesmo entre os governos de centro-esquerda, como o do Reino Unido", explica ele.

Antes das eleições gerais da Alemanha deste ano, o então chanceler de centro-esquerda, Olaf Scholz, prometeu tornar mais rigorosas as regulamentações sobre asilo de migrantes. As medidas incluiriam a redução da própria reunificação familiar.

No início deste mês, Frederiksen se uniu a mais oito líderes europeus para pedir uma reinterpretação da Convenção Europeia sobre os Direitos Humanos. Eles defendem que suas fortes restrições evitam que os países expulsem cidadãos estrangeiros com registros criminais.

O evento não teve a participação do Reino Unido.

Contestar as leis internacionais sobre asilo é uma tendência que a Dinamarca está estabelecendo em nível europeu, segundo a professora de estudos internacionais e política global Sarah Wolff, da Universidade de Leiden, na Holanda.

"Com o tema da migração agora politizado, você observa cada vez mais países supostamente liberais, signatários de convenções internacionais, como a legislação sobre direitos humanos, questionando estas convenções porque as leis não atendem mais à agenda política do momento", explica Wolff.

Apesar da sua legislação restritiva sobre a imigração, a Dinamarca continua a admitir trabalhadores migrantes pelos canais legais. Mas isso não é suficiente para enfrentar o rápido envelhecimento da população, segundo críticos como Michelle Pace.

Ela prevê que a Dinamarca irá enfrentar grave falta de mão de obra no futuro.

O outro extremo: o modelo espanhol

Paralelamente, o governo de centro-esquerda da Espanha segue um caminho muito diferente.

O primeiro-ministro social-democrata, Pedro Sánchez, sempre faz questão de relembrar que a economia espanhola foi a que mais cresceu entre os países ricos no ano passado.

Seu crescimento de 3,2% do PIB foi maior que o dos Estados Unidos, o triplo do Reino Unido e quatro vezes a média europeia.

Sánchez quer legalizar cerca de um milhão de imigrantes que já trabalham na Espanha, mas atualmente não têm documentos.

Este aumento da receita de impostos, aliado ao ingresso dos trabalhadores tão necessários para preencher vagas no mercado de trabalho, servirá para manter o crescimento econômico e garantir a cobertura de pagamento de aposentadorias futuras, segundo ele.

A Espanha tem uma das taxas de natalidade mais baixas da União Europeia. Por isso, a sociedade espanhola está envelhecendo rapidamente.

"Quase a metade das nossas cidades está em risco de despovoamento", declarou Sánchez, no ano passado.

"Temos idosos que precisam de cuidadores, empresas que procuram programadores, técnicos e pedreiros... O segredo da migração é administrá-la bem."

Críticos acusam Sánchez de incentivar a migração ilegal para a Espanha e questionam o registro de integração de imigrantes do país.

As pesquisas de opinião demonstram que Sánchez fez uma aposta. Afinal, 57% dos espanhóis afirmam que já existem imigrantes demais no país, segundo o instituto de pesquisa 40dB.

Em menos de 30 anos, a quantidade de moradores da Espanha nascidos no exterior aumentou em quase nove vezes, de 1,6% para 14% da população.

Mas, até o momento, as preocupações não se traduziram em apoio generalizado ao partido nacionalista espanhol Vox, contrário à imigração.

O governo de Sánchez está formando o que Pace chama de "diálogo nacional", envolvendo as ONGs e as empresas privadas.

Seu objetivo é equilibrar o preenchimento das vagas no mercado de trabalho, evitando tensões sobre os serviços públicos. E usar a receita extra com os novos trabalhadores imigrantes, por exemplo, para construir mais casas e escolas.

No momento, o plano é ambicioso. É muito cedo para julgar se ele terá sucesso ou não.

Então, quem tem razão?

Políticas migratórias "bem sucedidas" dependem do que os governos definem como sua prioridade, independentemente da sua corrente política, segundo Susi Dennison.

Na Dinamarca, a prioridade é preservar o sistema social dinamarquês. A Itália prioriza a transferência do processamento dos imigrantes para longe do seu litoral.

Já o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, deseja a imposição de limites rigorosos de entrada de imigrantes, para proteger as "raízes cristãs" da Europa, segundo ele.

Permanecer nos países além do limite dos seus vistos é considerado a forma mais comum de entrar e permanecer na Europa sem documentos entre os migrantes.

Mas os últimos governos britânicos se concentraram em questões de maior repercussão, como os barcos dos traficantes de pessoas que cruzam o Canal da Mancha.

Dennison acredita que esta seja uma mudança tática. Seu objetivo é atingir desafios visíveis, para "neutralizar a ira do público", segundo ela.

A esperança é que mais eleitores irão apoiar a oferta de asilo a quem necessita e permitir que alguns profissionais estrangeiros entrem no Reino Unido.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, fala em frente à bandeira da Espanha

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Legenda da foto, Com o envelhecimento da população, metade das cidades espanholas correm risco de despovoamento, segundo o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez

Dennison destaca que seria difícil para Starmer adotar a abordagem dinamarquesa. Afinal, ao assumir o cargo depois dos governos conservadores que o precederam, o primeiro-ministro prometeu retomar os compromissos do Reino Unido junto às instituições e à legislação internacional.

Será que existe um plano de imigração "ideal", que atende às preocupações dos eleitores, às necessidades econômicas e aos valores humanitários?

O vice-diretor do Centro de Política Migratória, Martin Ruhs, se dedica a apresentar esta questão a eleitores do Reino Unido e do resto da Europa. Ele acredita que o público, muitas vezes, é mais avançado que seus políticos.

Ruhs afirma que a maioria prefere o equilíbrio, com limites de imigração que protejam a eles e às suas famílias.

Mas, quando percebem que estes limites estão funcionando, eles também apoiam uma legislação justa, que proteja os refugiados e os trabalhadores estrangeiros.