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Obras de recuperação aceleram construção civil no Vale do Taquari

O setor da construção civil é um dos mais aquecidos na economia gaúcha nos últimos meses. Já em polvorosa antes das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em 2024, ele foi ainda mais movimentado com os esforços de reconstrução após a tragédia climática. E, mesmo após o período mais crítico de retomada, a indústria do setor permaneceu crescendo. Os números não mentem: no primeiro trimestre de 2025, a indústria de construção civil aumentou 4,1% no Estado, se comparado ao mesmo período do ano passado — um índice levemente superior ao nacional (3,4%).

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O setor da construção civil é um dos mais aquecidos na economia gaúcha nos últimos meses. Já em polvorosa antes das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em 2024, ele foi ainda mais movimentado com os esforços de reconstrução após a tragédia climática. E, mesmo após o período mais crítico de retomada, a indústria do setor permaneceu crescendo. Os números não mentem: no primeiro trimestre de 2025, a indústria de construção civil aumentou 4,1% no Estado, se comparado ao mesmo período do ano passado — um índice levemente superior ao nacional (3,4%).

No Vale do Taquari, um dos mais atingidos pela catástrofe, não foi diferente. A sua maior cidade, Lajeado, demonstra isso. Conforme relatou a prefeita do município, Gláucia Schumacher (PP), em entrevista exclusiva ao Jornal do Comércio, “você anda pela cidade e vê prédios sendo construídos por todo lugar”. Afinal, apenas ao longo de 2024, a Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan), aprovou construções que, somadas, chegam a cerca de 400 mil metros quadrados.

A percepção é compartilhada com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Vale do Taquari (Sinduscon-VT) Daniel Bergesch. De acordo com ele, esse crescimento visível se torna ainda mais palpável ao comparar Lajeado com Santa Cruz do Sul, situada a cerca de 60 km da “capital do Vale do Taquari” e com 40 mil habitantes a mais. “Temos uma densidade demográfica cinco vezes maior, e os terrenos também acabam sendo mais disputados, gerando um valor de cota terreno do imóvel superior”, garante o dirigente

Essa densidade se traduz em uma intensa verticalização. Cada vez mais, a cidade constrói edifícios. Outras oportunidades e demandas começam a surgir devido a isso. Por um lado, Bergesch cita a necessidade de investimentos em mobilidade urbana, para dar conta da malha urbana que passa a se formar nos centros da cidade. Por outro, o líder do Sinduscon-VT nota um consumidor mais exigente, trazendo projetos imobiliários de maior qualidade, focados no conforto e no luxo. Ambas podem ser oportunidades de investimento no município.

Um desses megaempreendimentos atraídos para Lajeado foi o edifício São Cristóvão, cuja construção foi concluída no final de 2024. Com 151 metros de altura, ele é considerado o prédio mais alto do Rio Grande do Sul e contou com um investimento de R$ 80 milhões. E, para Bergesch, essas iniciativas fomentam a economia local. “Uma coisa traz a outra, porque se cria um atrativo para mais pessoas virem investir aqui. A região onde o prédio foi criado está em grande crescimento e se tornando praticamente um segundo centro da cidade”, avalia o dirigente.

A expectativa é, justamente, que o setor siga crescendo nos próximos anos. Afinal, Lajeado cresceu de 71.445 para 93.646 habitantes entre 2010 e 2022, datas em que foram realizados os últimos Censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E, se seguir nesse ritmo, os imóveis devem aumentar ainda mais. “Se a população ampliar na mesma intensidade, teremos, nos próximos 25 anos, 50 mil habitantes, o que demandaria quase mil imóveis novos por ano, sem pcontar os de upgrade, quando a pessoa quer se mudar para evoluir ou querendo uma coisa mais nova”, avalia Bergesch.

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