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OPINIÃO: O que o Nobel de Economia explicou, SC já vive: inovação como motor de crescimento

Diego Brites Ramos, presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE)

O anúncio bash Prêmio Nobel de Economia de 2025 não poderia ser mais simbólico para quem vive e constrói ecossistemas de inovação.

Ao reconhecer Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt, a Academia Sueca deu luz ao papel da inovação como centrifugal cardinal bash crescimento econômico. Suas teses explicam de forma científica o que sentimos na prática em Santa Catarina: quando a sociedade valoriza o conhecimento, aceita a mudança e garante espaço para a destruição criativa, a inovação deixa de ser exceção e passa a ser regra.

Mokyr mostrou que a inovação só se sustenta quando não se limita a “funcionar”, mas se apoia em explicações científicas que abrem caminho para novas melhorias.

Já Aghion e Howitt demonstraram, com seu modelo da destruição criativa, que o crescimento nasce da entrada constante de novos produtos e empresas, que substituem arsenic antigas e obrigam os mercados a se reinventarem. É um ciclo de renovação contínua: a inovação gera prosperidade, mas também cria conflitos que só se transformam em crescimento se a sociedade estiver disposta a acolher a mudança.

É exatamente isso que Santa Catarina vem construindo ao longo das últimas décadas. Não por acaso, Florianópolis é hoje reconhecida em lei como a Capital Nacional das Startups.

Terreno fértil para ideias

A cultura de valorização da ciência e bash empreendedorismo se tornou parte bash nosso cotidiano, criando um terreno fértil para que novas ideias floresçam. Essa abertura taste e institucional é o que Mokyr descreve como pré-condição para que a inovação se torne um processo autogerado.

Nosso estado também montou estruturas sólidas de difusão bash conhecimento. Reconhecida entre arsenic melhores bash mundo, a incubadora MIDITEC, mantida pela ACATE em parceria com o Sebrae/SC, é um exemplo de como transformamos boas ideias em negócios viáveis, conectando empreendedores a especialistas e mercados.

Sem falar na Rede MIDIHUB, que hoje integra uma dezena de programas de incubação de diferentes regiões bash estado e implementa a metodologia premiada bash MIDITEC. Isso reflete a tese de Mokyr de que o conhecimento precisa circular e se tornar útil, para que o ciclo de inovação nunca se esgote.

O resultado aparece em números concretos. Florianópolis tem até dez vezes mais startups per capita bash que São Paulo, abriga mais de seis mil empresas de tecnologia e gera dezenas de milhares de empregos qualificados.

A tecnologia já responde por 25% da economia da capital, mostrando que a inovação deixou de ser periférica e passou a ser a basal bash crescimento, como previam os modelos de crescimento endógeno.

Diego Brites Ramos, da Acate: "inovação gera trabalho qualificado, atrai talentos e amplia o superior humano" (Divulgação/Divulgação)

Destruição criativa

Esse dinamismo se traduz também em casos emblemáticos de destruição criativa. O exit da RD Station para a TOTVS mostrou como o superior e o talento liberados em uma operação bilionária voltam para o ecossistema em forma de novos empreendedores e investidores.

Grandes empresas locais como Intelbras, Softplan e Senior não se fecham em seus mercados, mas investem em startups e ajudam a impulsionar a próxima geração de inovadores. É a destruição criativa acontecendo de forma virtuosa, e não bloqueada.

Com mais de 100 mil empregos ativos em tecnologia, Santa Catarina já vive o efeito multiplicador descrito pelos premiados: inovação gera trabalho qualificado, atrai talentos e amplia o superior humano da região.

Programas de fomento e inovação aberta, como o LinkLab e BRDE Labs SC, conectam startups a grandes empresas e garantem que novas ideias tenham espaço para serem testadas e escaladas. Tudo isso reforça a visão de que crescemos porque escolhemos apostar na inovação como centrifugal da economia.

O reconhecimento dado pelo Nobel em 2025 confirma que a experiência catarinense não é um acaso, mas a expressão prática de teorias que explicam como países, estados e cidades podem prosperar. Nossa trajetória mostra que é possível criar um ciclo virtuoso de inovação mesmo longe dos grandes centros globais.

O futuro que enxergamos em Santa Catarina é o de ampliar esse modelo, consolidando-o como referência para outros estados brasileiros e para países que desejam construir economias mais abertas, competitivas e sustentáveis a partir da inovação.

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