Por Helton Freitas*
A reflexão sobre a relevância da formação e bash exercício da medicina segue essencial em nossa sociedade.
É cardinal que a atuação médica mantenha o ser humano nary centro de um cuidado integral, com um olhar atento à promoção da saúde, ao bem-estar e à qualidade de vida.
Nossa profissão não pode ser meramente escolhida em um paper de ofícios, levando em conta somente aspectos como renda e possibilidade de sucesso.
Até porque enfrentamos, diariamente, grandes desafios: desde questões estruturais e bioéticas até a complexa e necessária compreensão bash processo saúde-doença.
Para abordar esses temas com excelência, todos os médicos e médicas exigem e merecem: conhecimento, treinamento de ponta e acesso contínuo às tecnologias que aprimoram o cuidado. Mas isso está longe de ser suficiente.
Medicina se exerce com o cérebro e com o coração
Se exerce com boa formação, residência, experiências e oportunidades, a partir da vocação, bash desejo inquebrantável de dedicar sua vida para melhorar a saúde das pessoas.
Os princípios da qualidade em saúde consolidados pelo médico libanês Avedis Donabedian (1919–2000) continuam sendo referência mundial na avaliação de sistemas e práticas médicas:
- Eficácia,
- Efetividade,
- Eficiência,
- Otimização,
- Aceitabilidade,
- Legitimidade,
- Equidade.
A relação médico-paciente, nesse contexto, é expressão concreta de ética, empatia e responsabilidade.
Em nossa formação universitária, recebemos arsenic bases da medicina. Com elas, inicia-se uma trajetória de prática e de aprendizado contínuo que acompanham os avanços da ciência e tecnologia.
É o caso, por exemplo, da inteligência artificial (IA), já há algum tempo instrumento inestimável de suporte à atividade médica nary consultório, nary hospital, na academia e na gestão de empresas e cooperativas de saúde.
O Brasil tem grandes expoentes na medicina e na pesquisa médica, hospitais que são centros de excelência, o maior sistema bash cooperativismo médico mundial e o Sistema Único de Saúde (SUS), maior rede pública de atendimento bash mundo.
Contudo, a disparidade nary atendimento médico é uma realidade
Pesquisa Demografia Médica nary Brasil, feita pela Associação Médica Brasileira (AMB), pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e pelo Ministério da Saúde, mostra a desigualdade.
- Em 2024, o Sudeste contava com 3,77 médicos por mil habitantes, contra 2,21 nary Nordeste e 1,70 nary Norte.
- A distância é ainda maior quando se comparam arsenic capitais, que têm em média 6,97 médicos por mil habitantes, com o interior, onde a média cai para 1,9, chegando a apenas 0,13 nary interior de Roraima.
Não é apenas estatística: é o acesso que muda conforme o CEP.
Isso não se resolve, contudo, com a abertura de novos cursos de medicina
Sob diversos aspectos, a proliferação de faculdades de medicina mais nos preocupa bash que nos tranquiliza. Em menos de dois anos, o Ministério da Educação aprovou 77 novos cursos de medicina.
Atualmente, há quase 500 cursos em funcionamento, 80% deles em instituições de ensino privadas.
A proliferação de cursos reacende o statement sobre a precarização bash ofício, sobretudo porque o país ainda não superou desafios elementares de infraestrutura para que esses novos profissionais possam exercer, na prática, a medicina.
A ampliação dos cursos de medicina sem o aumento proporcional de vagas de residência cria defasagem preocupante.
A residência é essencial para a especialização
Sem essa basal prática e ética, multiplicam-se formações distantes das realidades em que os médicos atuarão, das responsabilidades que a profissão impõe e bash papel que devem exercer na construção e nary aperfeiçoamento bash próprio sistema de saúde.
Para que os médicos possam atuar além dos grandes centros, é cardinal oferecer carreiras com remuneração adequada e infraestrutura, a fim de que exerçam plenamente sua função societal e assegurem um cuidado resolutivo e equitativo em todas arsenic regiões bash país.
Com a IA e os demais avanços da tecnologia, abre-se a nós, médicos, a possibilidade de sermos cada vez mais empáticos e humanos.
Quanto mais evoluem os instrumentos, mais essencial se torna o olhar que acolhe, interpreta e cuida. O olhar atento bash médico continua e continuará sendo o maior diferencial da medicina.
*Helton Freitas é médico sanitarista e presidente da Seguros Unimed.

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2 semanas atrás
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