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Panther Lake: Intel apresenta série de chips Core Ultra 3 para AI PCs

A Intel anunciou, nesta quarta-feira (12), os detalhes de seus processadores de próxima geração, o Intel Core Ultra série 3, de codinome Panther Lake. A apresentação, ocorrida durante evento em São Paulo, marca a estreia da primeira plataforma de PC AI da empresa construída no processo de fabricação Intel 18A, o mais avançado já desenvolvido nos Estados Unidos. A nova família de chips promete um salto de performance, com até 180 TOPS (trilhões de operações por segundo) para aceleração de Inteligência Artificial (IA), e desempenho de CPU e GPU mais de 50% mais rápido que a geração anterior.

Os processadores Intel Core Ultra 3 equiparão notebooks com ampla disponibilidade a partir de janeiro de 2026. No Brasil, os chipsets devem chegar primeiro a dispositivos da Positivo, que estará na CES 2026, maior feira de eletrônicos do mundo, com a Intel. Segundo a Gerente de Produtos da Positivo, Cynthia Ermoso, nosso país deve receber produtos alinhados ao timing de lançamento internacional. A seguir, veja em detalhes o que há de novo nos processadores.

 Divulgação/Intel Novos processadores da Intel usam litografia inédita de 18A — Foto: Divulgação/Intel

Panther Lake: a nova geração de AI PCs

Os processadores Intel Core Ultra série 3 (Panther Lake) são configurados para alimentar um amplo espectro de PCs de IA, tanto de consumo quanto comerciais, além de dispositivos de jogos. O chip apresenta uma arquitetura multichiplet escalável, que, segundo a Intel, oferece aos parceiros flexibilidade em todos os formatos e preços. Segundo o Engenheiro de Aplicações de Vendas da Intel Brasil, Yuri Daglian, a promessa é entregar a eficiência de energia da arquitetura Lunar Lake com o desempenho de nível entusiasta do Arrow Lake.

Em termos de especificações, o Panther Lake traz avanços significativos. A CPU terá até 16 novos núcleos (P-cores e E-cores), oferecendo um desempenho mais de 50% mais rápido que a geração anterior. A parte gráfica também foi renovada. A nova GPU Intel Arc contará com até 12 núcleos Xe, entregando um desempenho gráfico também 50% superior. A Intel afirma que a plataforma terá ampla disponibilidade no mercado a partir de janeiro de 2026.

 Divulgação/Intel Nova geração de processadores promete um desempenho superior a qualquer tecnologia atual — Foto: Divulgação/Intel

O que é o Intel 18A? Entenda a tecnologia por trás do chip

O Panther Lake é o primeiro processador da empresa construído com Intel 18A. Este é o nó de semicondutores mais avançado já desenvolvido e fabricado nos Estados Unidos, descrito pela empresa como um processo de classe de 2 nanômetros. Segundo a Intel, o 18A oferece desempenho até 15% melhor por watt e uma densidade de chip 30% aprimorada em comparação com o processo Intel 3 anterior.

A Intel destaca duas inovações principais no 18A que tornam esse salto de performance possível. A primeira é o RibbonFET, a primeira nova arquitetura de transistor da Intel em mais de uma década. Ela permite um "pacote mais apertado" e comutação mais eficiente. A segunda é o PowerVia, um sistema inovador de fornecimento de energia pela "traseira" do chip. Isso melhora o fluxo de energia e a entrega de sinal para os transistores. O Intel 18A formará a base para pelo menos três gerações futuras de produtos da marca.

 Divulgação/Intel A litografia 18A utiliza um sistema moderno de semicondutores — Foto: Divulgação/Intel

O que os 180 TOPS significam na prática?

O principal destaque do Panther Lake é seu "design XPU balanceado", capaz de entregar até 180 TOPS (trilhões de operações por segundo) de plataforma para aceleração de IA. TOPS é a métrica usada para medir a velocidade de um processador em tarefas de inteligência artificial. Na prática, uma alta capacidade de TOPS permite que o notebook execute tarefas de IA complexas localmente, sem depender da internet ou de servidores na nuvem e, portanto, com mais segurança.

Entretanto, Yuri Daglian firma que o número máximo de TOPS não deve ser analisado de forma isolada, porque representa apenas um valor teórico de desempenho total, sem refletir como a carga de trabalho é realmente distribuída entre as diferentes unidades do processador. Em um AI PC, as tarefas de IA são divididas entre CPU, GPU e NPU (Unidade de Processamento Neural), o hardware especializado em tarefas de IA. Segundo dados da Intel, em 2025, 40% delas são executadas na NPU, enquanto os 60% restantes se dividem igualmente entre CPU (30%) e GPU (30%).

Isso significa que, mesmo que um chipset tenha um alto número de TOPS, o desempenho final dependerá de como cada unidade trabalha em conjunto e de onde o software está sendo executado. Na prática, nem todos os aplicativos exploram o potencial máximo de cada componente o tempo todo, o que torna mais relevante avaliar o equilíbrio e a eficiência do sistema como um todo, e não apenas o número bruto de TOPS.

 Divulgação/Intel Panther Lake promete processar 180 trilhões de operações por segundo — Foto: Divulgação/Intel

O Panther Lake atinge esse número combinando o poder de sua CPU, da nova GPU Arc e da NPU integrada. Segundo a Intel, são até 10 TOPS na CPU, para tarefas de IA leves; até 50 TOPS na NPU, com foco em assistentes de IA; e impressionantes 120 TOPS na GPU, para alta performance em jogos e criações com inteligência artificial. A marca afirma ainda que houve 40% de melhoria em TOPS por área em relação à geração interior, os chipsets Intel Lunar Lake.

AI PCs devem representar 80% do mercado de PCs até 2028, diz Intel

Por estarem restritos ao segmento premium, os AI PCs ainda são dispositivos distantes do dia a dia do usuário final. Já no mundo corporativo, a realidade é diferente: segundo a Intel, as empresas já começaram a implementar a IA em seus computadores, visando a ganhos em produtividade e segurança. Uma pesquisa conduzida pela marca com mais de 5.000 decisores de TI ao redor do mundo mostra que 46% das empresas estão em transição ou planejamento para a adoção de AI PCs.

Com o Panther Lake, por exemplo, tarefas como sumarização de documentos, tradução em tempo real e análise de dados sensíveis podem ocorrer inteiramente no dispositivo, mantendo as informações privadas e seguras. De acordo com a Intel, é esperado que os AI PCs componham 80% do mercado de PCs até 2028.

*A jornalista Ana Letícia Loubak viajou para São Paulo a convite da Intel.

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