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Pentágono exige que jornalistas submetam conteúdo a aprovação do governo sob risco de perda de credenciamento

O Departamento de Guerra dos Estados Unidos começou a exigir que os jornalistas credenciados contem com sua aprovação para publicar qualquer informação que lhe diga respeito, classificada ou não, sob o risco de perderem o acesso ao Pentágono.

Essas novas condições, comunicadas na noite de sexta-feira (19) aos jornalistas afetados, representam um novo passo na luta travada por Donald Trump e sua administração contra a imprensa tradicional, a quem acusa de ser-lhe desfavorável.

A informação do Departamento de Guerra "deve ser aprovada para divulgação pública por um funcionário autorizado, antes de sua publicação, mesmo que não seja classificada", estabelece o novo documento.

Isso inclui informações coletadas por jornalistas por meio de fontes internas anônimas, fora dos canais oficiais de comunicação.

O descumprimento dessa norma é citado explicitamente como justificativa para retirar a credencial.

Pete Hegseth, secretário de Guerra dos EUA, no USS Iwo Jima em 8 de setembro de 2025 — Foto: Departamento de Guerra dos EUA

"Se as notícias sobre nossas forças armadas devem ser aprovadas primeiro pelo governo, o público já não recebe informação independente", declarou o presidente do Clube Nacional de Imprensa de Washington, Mike Balsamo.

"Só recebe o que os funcionários querem que vejam. Isso deveria alarmar todos os americanos", acrescentou o chefe dessa associação de jornalistas, antes de instar o Pentágono a revogar esse requisito.

O secretário de Guerra, Pete Hegseth, defendeu na sexta-feira outra disposição desse novo formulário de credenciamento.

"A imprensa já não pode circular pelos corredores de uma instalação segura. Use sua credencial e cumpra as normas, ou vá para casa", escreveu no X.

Trump, depois de processar o Wall Street Journal e o The New York Times e se regozijar com a suspensão do programa do comediante Jimmy Kimmel de sua emissora por seus comentários políticos, qualificou na sexta-feira como "ilegal" a cobertura midiática que considerou excessivamente negativa sobre ele.

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