O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil subiu 0,2% no quarto trimestre de 2024, fechando o ano com crescimento de 3,4%. O resultado totaliza R$ 11,7 trilhões e representa o melhor desempenho desde 2021, quando ficou em 4,8%. Os dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais foram divulgados nesta sexta-feira (7) pelo IBGE.
Entre as atividades pesquisadas, Serviços e da Indústria cresceram 3,7% e 3,3% respectivamente em relação a 2023. Já a Agropecuária recuou 3,2%. O PIB per capita alcançou R$ 55.247,45, um avanço, em termos reais, de 3% frente ao ano anterior.
A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, avalia que os principais destaques do PIB pela ótica produtiva (das atividades econômicas) foram Outras atividades de serviços (5,3%), Indústria de transformação (3,8%) e Comércio (3,8%), responsáveis por cerca da metade do crescimento do PIB em 2024.
Na Indústria, o ramo de Construção subiu 4,3% em 2024, reflexo do crescimento da ocupação na atividade, da produção de insumos típicos e da expansão do crédito. Outra influência positiva, além da Indústria de Transformação, foi a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,6%).
A queda de 3,2% na Agropecuária está atrelada ao desempenho da Agricultura. Os efeitos climáticos adversos impactaram várias culturas importantes da lavoura, com queda na estimativa anual de produção e perda de produtividade, principalmente na soja (-4,6%) e o milho (-12,5%).
Quando analisada a demanda, a Despesa de Consumo das Famílias aumentou 4,8% em relação a 2023. “Para o consumo das famílias tivemos uma conjunção positiva, como os programas de transferência de renda do governo, a continuação da melhoria do mercado de trabalho e os juros que foram, em média, mais baixos que em 2023”, explica a pesquisadora.
Outro destaque foi o investimento (FBCF) (7,3%), que apesar de ter crescido mais, tem peso menor que o consumo das famílias. A Despesa do Consumo do Governo teve crescimento de 1,9% no ano. Importações de Bens e Serviços apresentaram alta de 14,7% em 2024 e as Exportações cresceram 2,9%. Já a taxa de investimento em 2024 foi de 17,0% do PIB, maior que em 2023, quando foi de 16,4%. A taxa de poupança, por sua vez, ficou em 14,5% em 2024 (ante 15,0% no ano anterior).
Do total de valor corrente de R$ 11,7 trilhões do PIB, R$ 10,1 trilhões foram referentes ao Valor Adicionado a preços básicos, enquanto R$ 1,6 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
PIB do 4º trimestre de 2024 apresenta estabilidade na comparação com o 3º tri
O PIB apresentou variação positiva (0,2%) na comparação do 4º trimestre contra o 3º de 2024. Entre os setores, a Indústria variou 0,3%, enquanto os Serviços tiveram variação de 0,1%. Já a Agropecuária recuou 2,3%.
“No quarto trimestre de 2024 o que chama atenção é que o PIB ficou praticamente estável, com crescimento nos investimentos, mas com queda no consumo das famílias. Isso porque no quarto trimestre tivemos um pouco de aceleração da inflação, principalmente a de alimentos. Continuamos tendo melhoria no mercado de trabalho, mas com uma taxa já não tão alta. E os juros começaram a subir em setembro do ano passado, o que já impactou no quarto trimestre”, explica Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Nas atividades industriais, destaque para a alta na Construção (2,5%), nas Indústrias de Transformação (0,8%) e nas Indústrias Extrativas (0,7%). Já a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos registrou queda de -1,2%.
Nos Serviços, as atividades de Transporte, armazenagem e correio (0,4%) e Comércio (0,3%) registraram variação positiva. Houve estabilidade para Atividades imobiliárias (0,1%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,0%) e Outras atividades de serviços (-0,1%). Já as Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,3%) e Informação e comunicação (-0,4%) apresentaram resultados negativos.
Pela ótica da demanda, houve queda da Despesa de Consumo das Famílias (-1,0%) , elevação da Despesa de Consumo do Governo (0,6%) e da Formação Bruta de Capital Fixo (0,4%).
No que se refere ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram -1,3%, enquanto as Importações de Bens e Serviços ficaram estáveis -0,1% nesta comparação.

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