Para celebrar o cinco anos de implementação do Pix, o Banco Central (BC) realizou uma live nesta quarta-feira (11), conduzida pelo diretor Renato Gomes, que traçou um panorama da trajetória, do impacto social, das inovações futuras e dos contínuos desafios de segurança do sistema. Um de seus maiores impactos foi a redução do uso de dinheiro físico. O número de saques em caixas eletrônicos caiu 35%, de um bilhão no terceiro trimestre de 2020 para 660 milhões no mesmo período de 2024.
Além disso, o Pix se consolidou como uma ferramenta de inclusão financeira e cidadania econômica. Dados do BC mostram que o número de usuários ativos (pessoas físicas) dobrou entre 2018 e 2023. Para empresas, incluindo Microempreendedores Individuais (MEIs), o crescimento foi ainda mais expressivo: um salto de 3,5 milhões para quase 12 milhões, uma multiplicação por 3,5. As fintechs foram as que mais cresceram, com um aumento de quase 5.000% em usuários ativos.
A ferramenta também foi importante para a formalização de negócios informais. Inicialmente focado em pagamentos entre pessoas, que representavam 90% das transações em 2021, o Pix migrou maciçamente para o comércio. O sistema facilitou o controle financeiro, a emissão de notas fiscais e o recolhimento de tributos, digitalizando o varejo. Para as empresas, as taxas médias de 0,3% são significativamente mais baixas que as dos cartões de débito (1,1% a 1,2%). "Quando os lojistas se digitalizam, passam a usar muito mais o sistema financeiro. Um dos orgulhos do Pix é ter facilitado a vida de todo mundo e ter permitido aos lojistas entrarem definitivamente no mundo formal", declarou Gomes.
O diretor afirmou que a preservação da confiabilidade do Pix é uma prioridade e que o BC dedica enorme energia ao combate a golpes e fraudes. Um dos destaques foi o MED 2.0, que entra em vigor no próximo dia 23 de novembro. A nova versão permitirá rastrear o dinheiro roubado em múltiplas camadas de contas (a "árvore de transações"), aumentando significativamente a taxa de recuperação de valores. Em 2024, o MED já possibilitou 1,1 milhão de devoluções, totalizando quase R$ 400 milhões. No entanto, a taxa de recuperação ainda é baixa (7%), pois os criminosos dispersam os valores rapidamente.
A obrigatoriedade do "Botão do MED" nos aplicativos bancários, que facilita a contestação de transações pelos usuários, já resultou em um aumento de cinco vezes no número de contestações. O BC também está trabalhando para padronizar os alertas de golpe nos apps e definir critérios objetivos para "suspeita de fraude", permitindo que as instituições ajam de forma mais uniforme e ágil. Gomes encerrou reforçando que a inovação fundamental do Pix foi a criação de uma infraestrutura pública digital que impulsiona a concorrência e a inclusão. O ritmo das próximas inovações, segundo ele, dependerá do investimento contínuo nessa infraestrutura e da autonomia do Banco Central.

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