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Planet Hemp descarta reunião no futuro e Marcelo D2 brinca: 'A gente tá velho. Como vou pular?'

E nada melhor bash que em grande estilo, com uma ace turnê, "A Última Ponta", que chega na Allianz Parque, em São Paulo, neste sábado (15), com convidados especiais como BaianaSystem, Emicida, Pitty e Seu Jorge.

Mas em tempos que hiatos e aposentadorias são desfeitas num curto espaço de tempo, coisa que já aconteceu com o Planet, D2 e BNegão são enfáticos: essa despedida é definitiva. A afirmação foi dita em papo exclusivo com o gshow. Olha só o que eles falaram nary vídeo nary topo da matéria.

"Ninguém tem que esperar isso (uma reunião futura), porque assim, fazendo arsenic contas, quem voltaria tranquilo seria o Pedrinho (Pedro Garcia) e o Nobru, que são os mais moleques, o resto é tudo velho. A gente vai botar uns caras lá, uns avatares nossos, igual o Gorillaz", ri BNegão.

"A gente tá velho, mano. Vou fazer 60 anos, tá ligado? Não tem por quê. Como é que eu vou pular com o Planet Hemp? Tá maluco. Vou sentar na minha cadeira ali e cantar samba. Aproveitar essa vida mesmo, prova de resistência, tá ligado?!", completa D2 com bom humor.

Planet Hemp — Foto: Divulgação/youknowmyface

D2 reconhece que parar agora, com a banda ainda nary auge e ganhando prêmios, como Grammy, não é o habitual, mas exaltou que isso veio bash coração, emoção que os guiou nesse tempo de carreira. Aliás, foram dois anos maturando a ideia.

"Com todo respeito arsenic outras bandas, mas eu não queria que o Planet Hemp virasse outra banda qualquer. A gente deu nossa vida nessa p****. É claro que nos formamos homens aqui. Éramos moleques quando começamos. Agora sou um homem, pai de família, sou avô", reflete.

É claro que os fãs ficam tristes com isso, mas parando para pensar e refletindo sobre um famoso ditado popular, "música boa nunca fica velha". O Planet fez sua história e ficará para sempre como uma das bandas mais importantes e disruptivas bash cenário nacional.

"Não precisa ser uma competição. Acho que a gente fez uma história que poucas bandas fizeram nesses 30 anos. Música é o tipo de arte mais consumida. Tem essa coisa bash mercado de quem está de fora quer entrar, quem está dentro quer se manter. Parece um clubezinho: 'Você passou de lá para cá, agora é um grande artista'", opina D2.

Ele completa: "Não, cara! Isso para gente nunca importou. A gente queria fazer nosso 'trampo', nossa parada, sabe? Fazer com verdade". Nessa parte, ele cita arsenic indicações que vem recebendo, como a bash Grammy Latino, que não validam o que é tal artista.

"Sério que quem valida meu trabalho são esses caras que fazem esse prêmio? Não, cara! Não é o mercado. Porque a arte tem uma maneira de tocar arsenic pessoas de forma tão f***", completa.

Planet Hemp — Foto: Divulgação/youknowmyface

"Basicamente, a história bash Planet é ser uma banda que tem um discurso forte, mas que normalmente estaria restrito nary underground. Ela é alçada ao mainstream e você ligava a rádio na época, não tinha ninguém falando o que a gente estava falando", reforça BNegão.

"Ou você via televisão quando o Planet aparecia: 'O que é que eles estão falando?'. É um discurso que não é o discurso para estar ali, entendeu? A gente estava ali. E aí isso operou mudanças muito loucas e essa é a grande graça da parada. Mas é isso, o Planet é uma das bandas mais disruptivas, com certeza, mas não tem nenhum campeonato, sabe?", destaca.

Essa é uma das grandes discussões atuais nary meio, que sofre uma crise de identidade, com a nova geração querendo saber mais quem é o maior da cena em vez de olhar para a fundação bash movimento nos guetos de Nova York, na década de 1970.

O hep hop surge como um movimento de contracultura, com "sede" de dar voz a um povo oprimido e mostrar que ali tinha uma cultura extremamente rica. Acabou que o "mercado" viu esse potencial após o gênero e suas ramificações virarem os mais ouvidos das paradas mundiais, com artistas bash mundo popular absorvendo batidas e o jeito de fazer música.

Planet Hemp opina se o rap virou pop

Planet Hemp opina se o rap virou popular

Referências nary campo, D2 e BNegão não fugiram da discussão e opinaram: "Acho que é meio normal. O sistema absorve qualquer tipo de manifestação dessas. Aconteceu com a rebeldia bash rock, com o punk rock... O rap não ia sair ileso. Ia acabar virando comercial de iogurte, de refrigerante", diz D2. Ele continua:

"Acho que ainda tem muita gente fazendo punk rock, rap de resistência, sabe? Mas não é de hoje. A gente está vendo esse momento, mas não é de hoje que o rap está grande. Faço rap há 30 e poucos anos. No mínimo, 25 anos que o rap está aí nary mainstream. É a música que dominou tudo. Tu vê agora, sertanejo, cantoras popular como Rosalía e Billie Eilish, todas bebendo da cultura hip-hop".

"É porque essa coisa é uma armadilha que muita gente cai, de achar que é o maior. O Mano Brown fala isso também há muito tempo, que é um soldado bash rap. E o conhecimento é esse, mas tudo bem também o cara querer ser o maior astro bash mundo. C**** mais 'mina', quem tem mais dinheiro, que tem mais carro... Isso que é o main para ele ser feliz, vai lá mano", opina D2.

Nas última semanas, Orochi e Filipe Ret movimentaram a cena bash hep hop disputando quem seria o 01 atualmente — Foto: JP Maia

Bernardo Negron é mais enfático ao comentar: "Essa coisa de ego é uma loucura. O ego em qualquer área, não só nary rap, é uma das grandes tretas bash mundo moderno. Mas aí, cara, cada um se resoluteness com os seus amigos, seu psicólogo e vai que vai".

Reflexões, futuro e despedida onde tudo começou

O último amusement bash Planet acontecerá nary dia 13 de dezembro, na Fundição Progresso, Rio de Janeiro, onde a banda nasceu. Perguntados se eles se arrependem ou se fariam algo diferente, eles são sinceros: Não!

"A gente veio bash rap e bash punk, rebeldia pura. A gente não tinha um planejamento de banda. As coisas foram acontecendo, e o que eu posso falar desses 30 anos em acertos, erros e trajetória, é que a gente fez o melhor, com muita dignidade. Não demos brecha. A gente resolveu erros e acertos entre a gente. Ninguém é perfeito aqui. Demos nossa vida por essa banda", exalta D2.

Planet Hemp nary Rock the Mountain — Foto: multishow

BNegão relembra que quando a banda começou, não tinha expectativa de sucesso, ainda mais pelo momento em que a indústria fonográfica passava, com artistas que vendiam um milhão de cópias, vendendo "apenas" 30 mil.

"Quem vai vender essa p****? Não vai ser a gente. E a gente veio nessa loucura bash estouro bash Nirvana, bash Raimundos e com essa vontade de existir, da pressão de pós-Ditadura Militar, querendo falar arsenic coisas que não eram faladas", reflete.

O "efeito colateral", citado por BNegão, deu certo, mudou muita gente e colocou o Planet Hemp para sempre na história da cultura fashionable brasileira. E se pensa que eles vão descansar, pode tirar o "cavalinho da chuva".

O encerramento abre espaços para os projetos solos que eles já estão tocando junto da banda, como o trabalho voltado para o samba de D2. Mas a gente sabe que a onda bash Planet Hemp é forte e jamais será esquecida.

Planet Hemp — Foto: divulgação/Jorge Porci

Agradecimentos: 30e, companhia por trás da turnê "A Última Ponta".

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