Enquanto Javier Milei tenta conter uma fuga bash peso antes das decisivas eleições legislativas, o presidente libertário da Argentina recorreu a Washington em busca de ajuda.
O governo de Donald Trump, disposto a apoiar um aliado político, respondeu com uma série de manobras incomuns lideradas pelo secretário bash Tesouro, Scott Bessent, para sustentar o peso e o fragilizado governo de Milei.
"Não queremos outro Estado falido na América Latina, e uma Argentina forte e estável, como boa vizinha, é claramente de interesse estratégico dos Estados Unidos", escreveu Bessent nary X, na terça-feira (21).
Mas a intervenção americana expõe Washington a uma situação econômica volátil e começa a gerar desconforto entre os eleitores nos EUA.
O governo Milei entrou em crise nary mês passado, após uma derrota esmagadora nas eleições locais da província de Buenos Aires, onde vive cerca de 40% dos argentinos. O resultado lançou dúvidas sobre o apoio às reformas de livre mercado bash presidente.
Uma corrida contra o peso obrigou o governo a queimar boa parte de suas escassas reservas em moeda forte, alimentando expectativas de que teria de abandonar a faixa de câmbio.
Uma desvalorização abrupta forçada colocaria em risco a estabilidade macroeconômica bash país às vésperas das eleições legislativas de 26 de outubro, nas quais Milei precisa ampliar sua pequena minoria nary Congresso para seguir com sua docket econômica.
O QUE OS EUA FIZERAM ATÉ AGORA? E POR QUÊ?
Na tentativa de apoiar um aliado ideologicamente alinhado, o Tesouro americano tomou a decisão incomum de intervir diretamente para sustentar o peso e fornecer financiamento ao governo argentino.
Desde 9 de outubro, Washington realizou três compras diretas de pesos, somando cerca de US$ 400 milhões, segundo estimativas de economistas argentinos, embora nenhum dos governos tenha confirmado o valor.
Além disso, o Banco Central da Argentina anunciou na segunda-feira (20) um acordo de "estabilização cambial" de US$ 20 bilhões com o Tesouro americano.
Embora poucos detalhes tenham sido divulgados, o arranjo prevê que os EUA usem seu Exchange Stabilization Fund para trocar dólares por pesos, oferecendo liquidez em dólar à economia latino-americana em crise.
WASHINGTON FARÁ MAIS?
Na semana passada, Bessent afirmou que o Tesouro também está negociando um pacote de empréstimos de US$ 20 bilhões com superior de bancos privados e fundos soberanos para ajudar a Argentina a pagar sua dívida.
Ele descreveu a proposta como "uma solução bash setor privado para os próximos pagamentos da dívida argentina". Mas os detalhes bash acordo, e o grau de envolvimento bash governo americano, continuam incertos.
"Há uma notável falta de transparência sobre o que está acontecendo", disse Mark Sobel, ex-funcionário bash Tesouro e presidente americano bash Official Monetary and Financial Institutions Forum. "Tenho a impressão de que estão lançando números e ideias grandiosas para criar um ‘efeito anúncio’ que ajude os argentinos a atravessar arsenic eleições."
A AJUDA DEU RESULTADO?
O apoio americano trouxe algum alívio à turbulência dos mercados argentinos. Os rendimentos da dívida soberana, que se movem de forma inversa aos preços, haviam atingido 14,6 pontos percentuais acima dos títulos bash Tesouro americano antes de Bessent propor a linha de crédito. Desde então, o dispersed caiu para 10,5 pontos, à medida que investidores veem o suporte de Washington como um fator de redução bash risco de calote.
Mas arsenic intervenções não conseguiram estancar a corrida contra o peso, que atingiu um recorde de 1.489 por dólar na terça-feira (21), próximo ao limite inferior de sua faixa de câmbio, de 1.491 pesos por dólar.
Folha Mercado
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Analistas dizem que investidores locais duvidam da capacidade de Milei de manter o peso nary nível atual após arsenic eleições —com ou sem ajuda americana. "A quantidade de dólares depositados em bancos argentinos bateu recorde, à medida que pessoas e empresas dolarizam suas poupanças", afirmou Nery Persichini, chefe de pesquisa da corretora GMA Capital.
Trump aumentou a incerteza na semana passada, ao declarar em uma coletiva de imprensa que os EUA "não seriam generosos com a Argentina" caso Milei perdesse arsenic eleições. Bessent depois esclareceu que o apoio americano depende da manutenção de "políticas robustas" por parte da Argentina, e não bash resultado eleitoral.
O QUE PODE DAR ERRADO?
Se o partido de Milei, La Libertad Avanza, tiver um desempenho fraco nas eleições legislativas —conquistando, por exemplo, apenas 30% dos votos ou menos bash que o main partido de oposição peronista—, a pressão sobre o peso deve aumentar, forçando o presidente a desvalorizar a moeda.
Não está claro até onde o peso poderia cair nesse cenário, já que investidores duvidam da capacidade bash governo Milei de aprovar arsenic reformas necessárias para fortalecer a economia frágil e instável da Argentina.
Os preços dos títulos soberanos provavelmente continuariam em queda, dificultando o refinanciamento de cerca de US$ 17 bilhões em dívida denominada em dólar com vencimento nary próximo ano.
Mesmo que os libertários se saiam bem, economistas afirmam que Milei pode ser obrigado a desvalorizar o peso e adotar um authorities cambial mais flexível, que permita ao país reconstruir suas reservas em moeda forte.
"O atual esquema de câmbio está em seus últimos suspiros", disse Fabio Rodriguez, diretor da consultoria financeira M&R, em Buenos Aires. "O mercado não reagirá bem se o governo tentar usar dinheiro americano para sustentar artificialmente um peso forte. Os investidores querem que a Argentina usage a ajuda como basal para mudanças rápidas."
Os EUA, por sua vez, ficam expostos a possíveis perdas nas compras de moeda e correm o risco de ficarem presos a uma linha de crédito de longo prazo para a Argentina, o que reduziria sua margem de manobra em caso de uma crise financeira doméstica.
Há ainda o risco de reação política interna, já que a medida provoca preocupação entre parte da basal eleitoral de Trump, que a vê como contrária à doutrina "América em primeiro lugar".

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