Pelo segundo ano consecutivo, a secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul, Simone Stülp, visita a Arena Agrodigital, na Expodireto Cotrijal. O ambiente, destinado às discussões sobre inovação, aproxima startups, empresas tradicionais e especialistas. Para a secretária, é um espaço que permite a qualquer pessoa ter contato com o tema. “Para mim, talvez este seja o aspecto mais importante, o de nós abrirmos esta bolha que discute a inovação”, afirma.
Continue sua leitura, escolha seu plano agora!
Pelo segundo ano consecutivo, a secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul, Simone Stülp, visita a Arena Agrodigital, na Expodireto Cotrijal. O ambiente, destinado às discussões sobre inovação, aproxima startups, empresas tradicionais e especialistas. Para a secretária, é um espaço que permite a qualquer pessoa ter contato com o tema. “Para mim, talvez este seja o aspecto mais importante, o de nós abrirmos esta bolha que discute a inovação”, afirma.
Mercado Digital – O agro está mais próximo da inovação? Quais resultados isso traz para a economia?
Simone Stülp – Sim. Cada vez mais a inovação, a tecnologia e os desenvolvimentos estão próximos da cadeia do agronegócio. Na verdade, nós como país temos uma trajetória bastante sólida de tecnologias sendo desenvolvidas para a área do agro, mas talvez o que a gente esteja mais enxergando neste momento sejam justamente os aspectos que dizem respeito ao digital tocando a cadeia do agronegócio. Mais do que isso: de que forma a gente pode aproveitar todo este novo universo que se apresenta, como a inteligência artificial e outras tecnologias, para efetivamente trabalhar de forma mais sólida com os dados produzidos pelas cadeias produtivas e, a partir disso, repensarmos processos e metodologias para obtermos ganhos de eficiência. Hoje, a grande transformação que está acontecendo é nesta aproximação e não da tecnologia como um todo – porque essa já vinha ocorrendo no que a gente pode dizer de melhorias genéticas e de produção por meio de sementes mais eficientes e adaptadas aos solos, por exemplo – mas, sobretudo, você conectando todo este crescimento do mundo globalizado em termos digitais para que isso seja utilizado na cadeia do agronegócio.
Mercado Digital – Como você enxerga as fortalezas gaúchas e onde ainda precisamos avançar no que se refere à digitalização do agro?
Simone Stülp – Uma fortaleza que temos é justamente a cultura de saber trabalhar com a cadeia do agronegócio. Historicamente somos um estado que tem toda a sua produção fundamentada nesse setor. Isso não significa somente porteira para dentro, são os diferentes elos e pontos dessa cadeia. Então, essa eu acho que é uma fortaleza muito presente, mas que ela é dinâmica. Portanto, temos que olhar essa área também sempre com um cuidado no sentido da necessidade de evolução. Uma outra fortaleza é a produção de conhecimento vinculado a esse setor que nós temos no Rio Grande do Sul. Em termos de universidades e institutos de pesquisa, nós temos nos destacado como produção de conhecimento nessa área. Agora, o que precisamos melhorar é a interlocução dos diferentes atores que são importantes para que o agro possa dar os próximos passos. É um desafio e ao mesmo tempo uma oportunidade. Temos as condições, mas precisamos ter talvez o que poderíamos chamar de uma governança estabelecida para que os diferentes atores, que atuam em diferentes etapas da cadeia, possam estar em volta da mesma mesa discutindo uma visão de futuro, um planejamento estratégico para o setor.
Mercado Digital – Quais as ações da secretaria e do governo para estimular a modernização desse mercado?
Simone Stülp – Nós temos, junto ao nosso planejamento estratégico (da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia), diferentes eixos que são prioritários e um dos setores elencados como prioritário é o agroalimentar. Conforme eu falava anteriormente, pensando os diferentes atores, desde a produção até o processamento, até a etapa de modernização de todos os eixos que são importantes para que a cadeia possa avançar. É uma prioridade. Desenhamos alguns programas que tocam esse setor como, por exemplo, o InovaRS, que trabalha a dinâmica dos ecossistemas regionais de inovação. Dentro da dinâmica do InovaRS, temos as oito regiões do estado do Rio Grande do Sul que construíram a sua visão de futuro e nós fomentamos projetos a partir destas áreas que as regiões elencaram como prioritárias. Para que a gente tenha uma ideia da potência do agro, das oito regiões, seis delas têm o agro como setor estratégico. Então, a gente tem fomentado projetos nessa área envolvendo atores da quadrupla hélice (empresas, academia/universidades, setores da sociedade civil organizada, bem como o poder público nas diferentes esferas - nós como governo estadual na conexão com os governos municipais). Dentro dessa lógica do programa InovaRS, já lançamos alguns editais para esse setor. Já foram dois em dois anos seguidos, que é o InovaAgro, pensado para essa aproximação universidade-empresa para desenvolvimento de novas tecnologias e novas metodologias. E estamos formatando, dentro dessa ideia de ter uma governança para o Estado, o que nós chamamos de Centro de Inteligência do Agro, que, neste momento, fizemos uma importante contratação de uma consultoria que irá nos auxiliar na conexão dos atores e construção deste modelo de governança.
Mercado Digital – Como você avalia a evolução da Arena Agrodigital e a importância de termos eventos como este para estimular o ecossistema?
Simone Stülp – Eu sou apaixonada por espaços como este (estou falando aqui de dentro da Arena Agrodigital). Sou simplesmente fascinada, porque eu acho que tem alguns elementos muito importantes. O primeiro deles é trazer esta temática, esta discussão para eventos do nosso Estado que são tradicionais. Temos visto serem criados e disseminados pelo Estado vários Summits, e isso é extremamente interessante para a gente trabalhar a cultura da inovação. Mas mais do que os Summits, que já nascem com essa proposta, estamos vendo eventos extremamente tradicionais, como a Expodireto, dedicarem um espaço para a inovação, com discussão de temas relevantes e a presença tanto de startups quanto de empresas tradicionais, que entendem a importância desses debates. E são locais como este que permitem que efetivamente a gente tenha a roda da inovação aberta acontecendo. Como evolução (eu estive aqui no ano passado e estou aqui novamente este ano), a gente vê, para além das pessoas que já são do setor, que tem pessoas que estão na feira e pela primeira vez pisam em um ambiente como este (da Arena Agrodigital). Para mim, talvez este seja o aspecto mais importante, o de nós abrirmos esta bolha que discute a inovação.

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU) 


:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro