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Prevendo abrir 4 lojas no Brasil em 2025, H&M já movimenta mercado da moda

"A H&M não vai chegar a tomar market share de alguém. Mas que todas as concorrentes mais próximas dela, como Zara, C&A, Riachuelo, Renner e outras, estarão de olho no que eles estão trazendo de novidade para se protegerem no sentido de ter também algum apelo e eliminar ou minimizar os diferenciais competitivos", afirma Prado.

Além do impacto sobre a competição, especialistas veem também oportunidades para a indústria nacional. O diretor-superintendente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), Fernando Valente Pimentel, destaca que a chegada de uma gigante internacional pode abrir espaço para parcerias com fornecedores locais e até para a exportação via rede H&M.

Segundo ele, a companhia deve provocar três tipos de efeitos. No primeiro, um movimento de aumento da oferta, o que é bom para o consumidor. Em segundo, a empresa tornar-se um novo cliente para a indústria brasileira com o desenvolvimento de uma base de exportação, embora, no curto prazo, a maior parte dos produtos comercializados deva ser importada, o terceiro efeito. "Boa parte da oferta que vai se dar no mercado brasileiro costuma se dar com produto importado, porque são empresas multinacionais que já tem o seu supply chain estabelecido", diz Pimentel.

"Mas ainda é cedo para falar, é uma chegada, a H&M namorada o Brasil há bastante tempo, acabou lá atrás se instalando no Chile, já está no México com cerca de 60 lojas. Temos de aguardar os desdobramentos. O Brasil tem as suas características e peculiaridades, é preciso ver a evolução dos acontecimentos. Mas podemos ver [a entrada da rede sueca] como uma prova de confiança no país, o que é bom", acrescenta.

A chegada da marca ocorre em um momento de pressão das plataformas internacionais. Já para a consultora estratégico-financeira e coordenadora da Pós-Graduação em Fashion Business na FAAP, Marília Carvalhinha, a H&M no Brasil entra em um ambiente concorrencial que já vem sendo afetado pela invasão dos produtos das plataformas crossborders, como Shein, Shopee e Ali Express.

"O crescimento vertiginoso dessas plataformas já balançou o grande varejo de moda. A entrada da H&M pode trazer ainda mais concorrência, forçando reação que busque diferenciação ou competitividade nos outros players", projeta.

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