Participar da Expointer é mais do que simplesmente levar animais para a pista e disputar prêmios. É o resultado de meses — e, em alguns casos, anos — de planejamento, manejo e seleção genética. O esforço exige dedicação intensa, investimento financeiro e equipe especializada, mas, para os criadores, vale cada esforço: a feira é vitrine, termômetro de qualidade e oportunidade de negócios.
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Participar da Expointer é mais do que simplesmente levar animais para a pista e disputar prêmios. É o resultado de meses — e, em alguns casos, anos — de planejamento, manejo e seleção genética. O esforço exige dedicação intensa, investimento financeiro e equipe especializada, mas, para os criadores, vale cada esforço: a feira é vitrine, termômetro de qualidade e oportunidade de negócios.
A mostra começa neste sábado (30/8) e se estende até o domingo seguinte (7/9) no Parque Assis Brasil, em Esteio. Para os produtores, esses nove dias têm repercussão durante todo o ano.
“Conseguimos mostrar todo o preparo feito na cabanha, desde a alimentação até a genética de cada animal”, destaca Luíza Soldera, da Cabanha Soldera, de Panambi, cujo plantel reúne cerca de mil bovinos Angus e Brangus.
Para a jovem produtora, a feira, para a qual está levando 12 terneiras Angus, é a chance de colocar a criação em evidência, observar o que há de melhor circulando no mercado e também receber feedback de outros criadores.
Na visão de Fábio Ruivo, da Cabanha Recalada, em Capão do Leão, a Expointer funciona como parâmetro para medir a qualidade do trabalho de seleção genética frente aos concorrentes. “É lá que conseguimos comparar decisões e gerações do nosso trabalho com o dos outros criadores. Cada julgamento é um aprendizado”, afirma.
A cabanha, que participa da Expointer desde 1998 de forma ininterrupta, terá neste ano sete fêmeas Brangus e Angus de argola em Esteio. A propriedade cria também equinos Crioulos.
Para ele, cada detalhe conta: a alimentação, o manejo sanitário, o peso, a conformação dos animais e até a forma como são apresentados.
“É uma oportunidade de aprendizado constante, porque o que vemos na pista reflete o que fizemos em nossas propriedades ao longo de meses e anos”, complementa.
O caráter estratégico do evento também é ressaltado pelo zootecnista Gabriel Barros, da Cabanha La Coxilha, em Cacequi, que participa pela terceira vez da Expointer. Para ele, a feira é essencial para dar visibilidade ao rebanho e consolidar a marca da propriedade. “Quem não é visto não é lembrado”, afirma.
Barros conduz uma cabanha jovem e enxuta, com apenas 60 a 70 matrizes Angus e Brangus, mas utiliza técnicas avançadas como transferência de embriões e fertilização in vitro, o que permite maximizar a produção de animais de alto padrão genético.
“Com menos vacas, conseguimos gerar a mesma quantidade de reprodutores que uma cabanha maior, e ainda temos fêmeas de alta qualidade para comercializar em leilões”, explica.
O uso de tecnologia avançada é um ponto central para Barros. Ele detalha que a pré-seleção genética permite que a cabanha maximize a qualidade dos animais, tanto machos quanto fêmeas, reduzindo perdas e garantindo melhor aproveitamento.
“Em propriedades tradicionais, você aproveita 30, 40% dos machos para reprodução; aqui, chegamos a 80, 90%. E das fêmeas, mais de 90% são destinadas a matrizes ou comercialização”, diz.
Para ele, a feira é a oportunidade de mostrar esses resultados e comprovar na prática o investimento em genética.
Entre a experiência de Ruivo, a vitrine de Soldera e a estratégia comercial de Barros, há consenso: os custos e a intensidade do trabalho são compensados pelo retorno simbólico e prático da feira. O investimento financeiro é alto, considerando transporte, alimentação, exames e manutenção dos animais durante os dias de exposição, mas os criadores destacam que o retorno em visibilidade, contatos comerciais e aprendizado técnico justifica cada centavo.
Para os criadores, os motivos para enfrentar o desafio de participar se resumem em três eixos: visibilidade, evolução genética e negócios. E é exatamente essa tríade que explica por que, mesmo diante de tanto esforço, eles fazem questão de marcar presença em Esteio todos os anos. A Expointer se tornou referência de genética apurada e também como um espaço de troca de experiências e atualização em técnicas de reprodução, nutrição e sanidade animal, consolidando sua importância no calendário anual da pecuária brasileira.
Criadores comparam genética e aprendem com os julgamentos
A Expointer é reconhecida como a principal vitrine da pecuária nacional, reunindo criadores, técnicos e compradores de todo o País. Para Luíza Soldera, de Panambi, a feira permite mostrar o trabalho realizado na cabanha e dar projeção ao rebanho.
“É onde conseguimos mostrar todo o processo que está por trás do animal que entra na pista, desde o manejo alimentar até o cuidado genético”, diz.
O caráter comparativo da mostra é destacado por Fábio Ruivo, de Capão do Leão, que participa há mais de 25 anos. “Cada julgamento nos mostra para onde a pecuária está evoluindo. É uma oportunidade de aprendizado e ajuste da nossa criação frente aos padrões do setor”, explica.
Para ele, a feira permite observar tendências, comparar genética e confirmar decisões estratégicas tomadas na cabanha.
Além disso, a Expointer cumpre uma função de rede de contatos e atualização. Criadores trocam experiências sobre técnicas de reprodução, inseminação e transferência de embriões, além de discutir estratégias de manejo sanitário e nutricional. Para todos, a presença é uma forma de medir resultados, aprimorar métodos e projetar o trabalho futuro.
Feira impulsiona vendas e fortalece marcas de cabanhas
Além de vitrine e escola, a Expointer é espaço de negócios. Criadores aproveitam a presença em Esteio para prospectar clientes, promover remates e consolidar contatos comerciais. Para Gabriel Barros, de Cacequi, essa é a função estratégica mais importante. Para ele, a feira fortalece a marca da cabanha e amplia a rede de relacionamentos.
Barros vê na Expointer oportunidade de posicionar a La Coxilha no mercado. “É um investimento que retorna em visibilidade, credibilidade e negócios”, explica, destacando que a feira permite divulgar remates e reforçar a marca junto a clientes em potencial.
Fábio Ruivo, da Recalada, em Capão do Leão, lembra que a feira também movimenta o calendário de remates e negociações.
“É quando termina uma Expointer que já começamos a planejar o próximo ano, avaliando resultados, contatos e estratégias comerciais”, diz.
Entre pista e pavilhões, a Expointer reafirma sua importância como vitrine, escola e mercado — três motivos que mantêm os criadores fiéis à feira ano após ano.

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