O ponto alto da exibição da genética animal na Expointer, o Desfile dos Campeões, que acontecerá na sexta-feira 5 de setembro, a partir das 10h, será marcado por um protesto pacífico de produtores rurais. O evento, previsto para a pista central do Parque de Exposições Assis Brasil, deverá receber intervenções de agricultores e pecuaristas que cobram soluções do governo federal em virtude das perdas das lavouras por eventos climáticos recentes e o consequente endividamento rural.
O ponto alto da exibição da genética animal na Expointer, o Desfile dos Campeões, que acontecerá na sexta-feira 5 de setembro, a partir das 10h, será marcado por um protesto pacífico de produtores rurais. O evento, previsto para a pista central do Parque de Exposições Assis Brasil, deverá receber intervenções de agricultores e pecuaristas que cobram soluções do governo federal em virtude das perdas das lavouras por eventos climáticos recentes e o consequente endividamento rural.
O impasse tem sido um tema constante desde o início da mostra de 2025, que acontece em Esteio até domingo. Os produtores rurais têm buscado reverter as dívidas a partir da prorrogação do pagamento dos débitos por meio da chamada securitização. As perdas no campo foram ocasionadas por sucessivas estiagens e chuvas excessivas, além dos impactos das enchentes de 2023 e 2024.
"É uma manifestação pacífica para demonstrar toda a insatisfação, insegurança e apreensão que o produtor rural do Rio Grande do Sul está vivendo por falta de ação tanto do governo federal quanto do Senado", explica o produtor Arlei Romeiro, da Associação dos Produtores e Empresários Rurais (Aper).
A crítica se dá em duas frentes. Por um lado, há uma cobrança para que o projeto de lei da securitização avance no Senado permitindo que, em caso de aprovação e sanção, os produtores rurais possam prorrogar o pagamento das dívidas em até 20 anos, com 3 anos de carência. Por outro, há a expectativa de anúncios do governo federal que beneficiem os agricultores e pecuaristas neste aspecto.
O fato é que não há confirmações até o momento de que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, compareça à Expointer, apesar da insistência. Ele também não esteve presente na Expodireto, realizada no mês de março em Não-Me-Toque. Entretanto, a pasta de Desenvolvimento Agrário pode enviar o ministro Paulo Teixeira para prestigiar a feira na sexta-feira, conforme especulam os produtores rurais.
“Recebemos a informação de que estará presente apenas o Paulo Teixeira, o Fávaro não confirmou presença. É complicado porque é uma das maiores feiras da América Latina e a maior do Estado ligada à agropecuária”, afirmou Romeiro.
A informação é corroborada pela coordenadora do movimento SOS Agro RS, Grazi Camargo, que afirma estar em diálogo com o governo federal para a obtenção de uma medida provisória que possa beneficiar os produtores rurais endividados. Por esse motivo, a organização não deverá se somar ao protesto.
“O pessoal está insatisfeito com as propostas que o governo está mandando de tudo que foi pedido desde o ano passado. Mas estamos em tratativas com o governo federal, com o Ministério da Fazenda e com a Casa Civil e entendemos que não é mais o momento de fazer protesto ou manifestação. Estamos tentando construir uma solução e fazer com que o governo perceba que ainda falta solução para alguns produtores. O governo está querendo emitir uma medida provisória e, diante de tudo isso que está sendo construído, não vamos participar do protesto”, explica Grazi.
Em nota oficial, o SOS Agro RS afirmou, ainda, que apoia as manifestações, embora acredite que não seja o melhor caminho para sanar os desafios enfrentados pelos produtores.
"O SOS AGRO RS declara que apoia toda e qualquer manifestação dos produtores rurais, desde que seja pacífica e organizada. Ressaltamos, porém, que não somos organizadores do protesto em pauta, pois não concordamos com esse formato. No ano passado organizamos diversos protestos, e o que constatamos foi que eles acabaram servindo apenas de palco para políticos — tanto bons quanto ruins — sem trazer um resultado satisfatório para o setor. Diante dessa experiência, entendemos que a negociação direta é o caminho que trará resultados concretos, muito mais eficaz do que qualquer intermediação política", afirma o texto.

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