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Projeto prevê usina eólica flutuante na costa gaúcha

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Com meta de iniciar as operações em 2030, o primeiro projeto de energia eólica offshore (no mar) flutuante do Brasil, batizado de Aura Sul Wind, teve nessa sexta-feira (13) sua carta de intenções firmada pelos participantes do consórcio que pretende levar a iniciativa adiante. A parque-piloto está previsto para ser instalado na costa gaúcha, o mais próximo possível do Porto do Rio Grande.

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Com meta de iniciar as operações em 2030, o primeiro projeto de energia eólica offshore (no mar) flutuante do Brasil, batizado de Aura Sul Wind, teve nessa sexta-feira (13) sua carta de intenções firmada pelos participantes do consórcio que pretende levar a iniciativa adiante. A parque-piloto está previsto para ser instalado na costa gaúcha, o mais próximo possível do Porto do Rio Grande.

Participam da ação o Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), Japan Blue Energy Co. (JB Energy), Ming Yang Smart Energy Group, Portos RS, Technomar Engenharia, Blue Aspirations Brazil e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). O projeto conta ainda com apoio da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica) e do governo federal (por meio do Ministério da Pesca e Aquicultura). O governo do Estado do Rio Grande do Sul e a prefeitura municipal de Rio Grande também estão entre os convidados para apoiar a iniciativa.

O consultor da JB Energy (companhia que está trazendo a tecnologia para o País), Rodolfo Gonçalves, lembra que no Japão já foram desenvolvidos projetos semelhantes há cerca de uma década. O investimento no empreendimento no Rio Grande do Sul, no momento, é estimado em cerca de US$ 100 milhões.

Gonçalves considera que esse valor pode ser reduzido mais adiante. A proposta ainda será apresentada ao mercado para atrair investidores interessados em aportar recursos. A capacidade da usina será de 18 MW (o que representa aproximadamente 1% da potência instalada gaúcha em energia eólica onshore - parques que ficam em terra).

Uma das primeiras demandas de energia que o complexo offshore deverá atender será a do Porto do Rio Grande. Posteriormente, o objetivo é aumentar a escala do empreendimento, alimentando indústrias, cidades e outros consumidores. O consultor da JB Energy comenta que o Rio Grande do Sul, que apresenta profundidades superiores a 50 metros próximas à sua costa, tem uma vocação para a adoção desse tipo de tecnologia.

A ideia original é desenvolver uma única torre, com cerca de 200 metros de altura, e as pás da usina eólica terão 150 metros de comprimento. Já a plataforma, que será feita de concreto, deve ter 30 metros quadrados. A flutuação do sistema é parecida com a de uma plataforma de petróleo, fazendo um equilíbrio entre peso e empuxo da estrutura.

Sobre a comparação entre usinas offshore fixas e flutuantes, Gonçalves detalha que um parque fixo apresenta mais dificuldades quanto à instalação e, normalmente, registra maiores impactos ambientais. Ele explica que, no caso da usina flutuante, a construção é feita na área portuária e depois a plataforma é rebocada até onde irá gerar a energia e ancorada.

Por sua vez, a presidente do Sindienergia-RS, Daniela Cardeal, destaca que se trata de uma inovação que precisa ser promovida para se tornar uma opção robusta de geração de energia. A dirigente recorda que o Rio Grande do Sul sempre esteve relacionado com a vanguarda do setor eólico brasileiro, desde que o parque de Osório foi inaugurado em 2006, o maior empreendimento desse tipo na América Latina na ocasião.

”E hoje estamos com conexão (na rede de transmissão), com bons projetos e uma demanda crescente da indústria. Essa transição terra-mar já era esperada”, aponta Daniela. Já o gerente de planejamento e desenvolvimento da Portos RS, Fernando Estima, acrescenta que o porto rio-grandino está fazendo o seu papel que é ser um laboratório e estar aberto a novas tecnologias. “Não tem como gerar inovação se você não estiver preparado para incentivar essa área”, sustenta Estima.

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