O PT decidiu apoiar a reeleição do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Ricardo Teixeira (União Brasil), após reunião tensa da bancada de vereadores do partido nesta quarta-feira (3) com o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
A decisão foi tomada pela executiva municipal da sigla nesta quinta-feira (4). Teixeira enfrenta oposição do próprio partido em sua busca por mais um mandato, mas é apoiado pelo prefeito.
Metade da bancada de oito vereadores não estava convencida em apoiar Teixeira, e a outra já havia aderido ao pleito do emedebista, que é um crítico do PT.
Diante do acordo com Teixeira e Nunes, o partido deve manter o comando da primeira secretaria da Câmara, o que também garante cargos associados para a sigla. Aborrecido, o prefeito teria dito na reunião que se o partido não tinha interesse em manter esse acordo ao votar em Teixeira, ele poderia oferecer a secretaria para o Podemos.
O grupo já disposto a votar em Teixeira, candidato de Nunes, era composto por João Ananias, Jair Tatto, Alessandro Guedes e Senival Moura. Em momento acalorado da conversa na quarta-feira, segundo relatos de membros da oposição e da situação que acompanharam a conversa, o prefeito disse que ajudou esse grupo em suas campanhas eleitorais do ano passado com emendas, entregas e eventos conjuntos, então conta com a retribuição deles agora.
O outro grupo era formado por Luna Zarattini, líder da bancada, Hélio Rodrigues, presidente do diretório municipal, Nabil Bonduki e Dheison Silva. Na reunião, eles cobraram de Nunes uma relação melhor com os vereadores no próximo ano e criticaram manobras da base do governo para pedir a instalação de CPIs da oposição em 2025, por exemplo.
Eles também pediram apoio para que Bonduki assuma a presidência de uma comissão na Câmara que trata de urbanismo, tema que é sua especialidade.
O prefeito se aborreceu e mencionou que como relator da CPI do Theatro Municipal em 2016 não convocou Bonduki para prestar depoimento, o que ele deveria reconhecer como gesto positivo agora. O comentário foi visto como descabido por petistas.
O lançamento da candidatura de Rubinho Nunes, indicado pelo União Brasil para assumir a presidência da Câmara, ajudou a empurrar o PT para o lado de Teixeira, devido ao histórico de antipetismo enfático do vereador.
A disputa entre Teixeira e Rubinho tem como pano de fundo uma briga entre Nunes e Milton Leite, principal liderança do União Brasil na capital. Leite cobra a concretização de acordo fechado com o prefeito no ano passado segundo o qual o partido escolheria o presidente do Legislativo municipal durante quatro anos. Em troca, o partido apoiou Nunes em sua reeleição.
Leite também pressiona pelo cumprimento de acordo assinado pelos vereadores do União no ano passado, inclusive pelo próprio Teixeira, de que os membros da bancada da sigla se revezariam no comando da Câmara em esquema de rodízio.

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