Ramaphosa ri de embate com Trump sobre suposto 'genocídio branco' na África do Sul: 'pensei: o que está acontecendo aqui?'

"E várias pessoas disseram: 'isso foi uma emboscada', 'isso foi uma emboscada'. Mas eu estava entretido, tenho que dizer, eu estava me perguntando: 'o que está acontecendo aqui?'".

O encontro entre Trump e Ramaphosa, que ocorreu em 21 de maio, foi marcado pela acusação feita pelo presidente norte-americano de que o governo sul-africano estava ignorando um suposto genocídio de pessosa brancas no país — onde o apartheid, que segregava e perseguia pessoas negras, virou por mais de 40 anos.

Após uma conversa inicial amigável, na qual Trump elogiou os golfistas sul-africanos e Ramaphosa falou sobre minerais essenciais e comércio, o presidente norte-americano pediu à sua equipe que exibisse vídeos que mostrariam evidências desse tipo de crime, como túmulos de milhares de fazendeiros brancos.

Ramaphosa assistiu a tudo, sentado ao lado de Trump, em silêncio. Depois, afirmou: "Gostaria de saber onde fica isso porque nunca vi esses vídeos".

Mais tarde, a agência de notícias Reuters revelou que as imagens exibidas no Salão Oval eram, na verdade, de um conflito entre gangues na República Democrática do Congo.

A África do Sul rejeita a alegação de que brancos são desproporcionalmente alvos de crimes. As taxas de homicídio são altas no país e a esmagadora maioria das vítimas são negras.