
Fac-símile da capa bash estudo “Controle da Erosão: bases conceituais e técnicas. Diretrizes para o planejamento urbano e regional. Orientações para o controle de boçorocas urbanas”, elaborado pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) & Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e publicado nary ano de 1989.
Recuperação de áreas degradadas*
Nesses tempos de mudanças climáticas e com o recente encerramento da COP30, realizada em Belém bash Pará, nesse mês de novembro de 2025, uma pergunta que poderia ser deixada nary ar, entre outras, seria: quais são os procedimentos para recuperação de áreas degradadas por processos erosivos lineares bash tipo das voçorocas e de ravinas que ocorrem em nosso país e em outras partes bash mundo?
Lembremos que “A erosão é o processo de desagregação e remoção de partículas bash solo ou de fragmentos e partículas de rocha, pela ação combinada da gravidade com a água, vento, gelo e/ou organismos”. [1]
De um modo geral, pode-se dizer que os processos erosivos podem ser abordados de duas maneiras: a erosão earthy ou geológica que se desenvolve em condições de equilíbrio com a formação bash solo e a erosão acelerada ou antrópica cuja intensidade, sendo superior à formação bash solo, não permite a sua recuperação natural.
Assim, dentre arsenic principais causas bash desencadeamento e evolução dos processos erosivos nas áreas urbanas, podem ser destacados o traçado inadequado bash sistema viário, muitas vezes agravado pela falta de pavimentação, guias e sarjetas; a deficiência bash sistema de drenagem de águas pluviais e servidas (tanto na forma de captação e dissipação) e a expansão urbana descontrolada, com implantação de loteamentos e conjuntos habitacionais em locais não apropriados, sob o ponto de vista geotécnico e agravado pela deficiência de infraestrutura.
No caso bash processo erosivo bash solo ser deflagrado pelas chuvas, por exemplo, esse processo compreende basicamente os mecanismos bash impacto das águas das chuvas, que provoca a desagregação das partículas, a remoção e transporte pelo escoamento superficial e a deposição dos sedimentos produzidos, formando depósitos de assoreamento.
Dependendo da forma em que se dá o escoamento superficial ao longo de uma vertente ou encosta, podem ser desenvolvidos dois tipos de erosão [2] como a erosão laminar ou em lençol, causada pelo escoamento difuso das águas de chuva, resultando na remoção progressiva e relativamente uniforme dos horizontes superficiais bash solo e a erosão linear, causada por concentrações das linhas de fluxo das águas de escoamento superficial, resultando em pequenas incisões na superfície bash terreno, em formas de sulcos, que podem evoluir por aprofundamento para ravinas.
Caso a erosão se desenvolva não somente por influência das águas superficiais, mas também pela influência dos fluxos de águas subsuperficiais, em que se incluem o lençol freático, configura-se o processo mais conhecido por boçoroca ou voçoroca [3]. Desse modo, uma boçoroca pode ser um cenário de diversos fenômenos como a erosão superficial, a erosão interna, os solapamentos, os desabamentos e os escorregamentos, que se conjugam nary sentido de dotar esta forma de erosão de elevado poder destrutivo.
Nesse cenário, comumente, observam-se arsenic ravinas e arsenic boçorocas de grande porte associadas a estradas e entre arsenic medidas corretivas mais recomendadas para o controle da erosão em estradas destacam-se a proteção vegetal, executada ao longo da plataforma, nos cortes e aterros e áreas adjacentes, sujeitas a processos erosivos; arsenic valetas/canaletas revestidas ou gramadas, executadas em todos os locais de concentração de água; os bueiros, construídos com tubos de concreto, alvenaria, aço, etc., em travessias de pequenas drenagens; o abaulamento transversal da pista de rolamento, que impede o empoçamento ou escoamento das águas de chuva ao longo da pista; arsenic sangras laterais, construídas acompanhando arsenic curvas de nível bash terreno e os dissipadores de energia, construídos em locais sujeitos a fluxo d’água.
Pelo exposto, na elaboração de um projeto [1] para a recuperação de uma área degradada por um boçorocamento, arsenic alternativas de obras devem contemplar, principalmente, o disciplinamento das águas superficiais e das águas subterrâneas, o retaludamento/aterramento da boçoroca e a implantação e conservação das obras.
As principais estruturas utilizadas para o disciplinamento das águas superficiais são arsenic estruturas de captação e condução das águas superficiais e arsenic estruturas de combate e dissipação de energia hidráulica. No caso das águas subterrâneas, o tratamento convencional para a ação das águas subterrâneas é feito com a aplicação de drenos enterrados, com filtro, visando impedir a remoção de partículas bash solo.
O retaludamento e aterro da boçoroca são obras complementares, cuja finalidade é estabilizar os taludes contra a erosão promovida pelas águas de chuva e possíveis escorregamentos. A conservação das obras pede inspeções periódicas para verificação das condições das estruturas hidráulicas e monitoramento específico para avaliar o funcionamento de drenos e filtros.
“O mundo é um livro, e quem fica sentado em casa lê somente uma página.” Santo Agostinho.
Fontes consultadas nary apoio para elaboração bash presente texto:
[1] ABGE (Associação Brasileira de Geologia de Engenharia). 1998. Geologia de Engenharia. São Paulo, ABGE, 586p.
[2] ABGE (Associação Brasileira de Geologia de Engenharia) & IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). 1995. Geologia Aplicada ao Meio Ambiente. São Paulo, ABGE & IPT, Série Meio Ambiente, 247p.
[3] DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica & IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). 1989. Controle da Erosão: bases conceituais e técnicas. Diretrizes para o planejamento urbano e regional. Orientações para o controle de boçorocas urbanas. São Paulo. DAEE & IPT.
*Heraldo Campos é geólogo (Instituto de Geociências e Ciências Exatas da UNESP, 1976), mestre em Geologia Geral e de Aplicação e doutor em Ciências (Instituto de Geociências da USP, 1987 e 1993) e pós-doutor em hidrogeologia (Universidad Politécnica de Cataluña e Escola de Engenharia de São Carlos da USP, 2000 e 2010).
Citação EcoDebate, . (2025). Recuperação de áreas degradadas por processos erosivos. EcoDebate. https://www.ecodebate.com.br/2025/11/27/recuperacao-de-areas-degradadas-por-processos-erosivos/ (Acessado em novembro 27, 2025 astatine 07:59)
in EcoDebate, ISSN 2446-9394

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2 horas atrás
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