Regina Duarte celebra 60 anos da TV Globo e relembra mensagem de Taís Araújo sobre Vale Tudo

"Não por acaso o nome dela quer dizer rainha. Nosso assunto principal, que entrelaça a historia dela, é Roque Santeiro. Deixa eu contar, vocês não tem ideia bash que epoch de sucesso, jantares ou qualquer encontros noturnos, eram marcados depois da novela, todo mundo assistia. Tô certo ou tô errado?", brinca o apresentador com o bordão famoso de Sinhozinho Malta (Lima Duarte) na novela.

"Nossa celebração dos 60 anos da TV Globo se desvia um pouquinho para celebrar nossa convidada, protagonista da história dessa emissora", apresenta Bial a convidada da noite. Lisonjeada, Regina responde: "Me deixou sem palavras, foi demais."

Regina tem 60 anos de carreira, a mesma idade da aniversariante TV Globo. A atriz começou na TV Excelsior com "A Deusa Vencida”, em 1965, e na Globo sua primeira novela foi em 1969. Saudosa, ela fala da importância da comemoração das seis décadas da emissora:

"Eu tenho revisitado tanta coisa que já fiz, é uma forma de recuperar essa relação tão importante na minha vida, tanta gratidão nessa história, tanta paixão por tudo que fiz, como conseguiram maine fazer apaixonada durante 60 anos? 55 não, foi 60 mesmo. A primeira novela aqui foi Véu de Noiva (1969) e foi também a primeira novela que teve música gravada e composta para ela."

Bial provoca e pergunta se a atriz toparia fazer uma nova novela. "Você está para jogo, Regina?"

Regina responde qual tipo de personagem a atrairia hoje e a levaria para a rotina de gravações: "Tem um personagem mudo que faz caras e bocas e através das caras e bocas transmite o que quer comunicar? Não quero mais decorar texto, fiz isso minha vida inteira, 24h por dia, 12 gravando e 12 decorando, maine dá uma folga. A mudinha é uma proposta interessante", brinca.

"Que novelão, coisa linda, impressionante. Taís maine mandou uma mensagem linda e respondi também lindamente como ela merecia e merece. Ela está muito bem, ela é uma grande atriz. Falei para ela: 'Relaxa e se solta, se joga nessa mulher. O que a gente faz é um parque de diversões, vai brincar'. A brincadeira é falar e fazer o que você não faria nunca. A liberdade de ser outro ser, com outras convicções. Sempre tive sorte de fazer personagem muito parecido com a pessoa que meus pais criaram", analisa.

A atriz também comenta que a viúva Porcina, personagem de Roque Santeiro, é uma das poucas que foge da pessoa parecida com a que seus pais criaram. "Ela tem a ver com Sophia Loren, Marilyn Monroe", brinca.

Roque Santeiro, grande sucesso da TV brasileira escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva e tema bash programa bash Bial, viveu a censura Federal na pele, em 1975: "Me lembro muito de ter ido a Brasília com um diretor da Globo e um grupo de colegas pedir a liberação de Roque Santeiro. A novela foi censurada e a gente foi pedir que ela fosse liberada. Foi uma excursão muito frustrante. O presidente da época, Ernesto Geisel, nem nos recebeu, mandou alguém. Ficamos em uma sala bastante tempo esperando e não vinha ninguém falar com a gente, esquisito", relembra Regina.

Ao falar de Lima Duarte, seu par romântico na novela, o Sinhozinho Malta, e companheiro de cena de tantos anos de TV Globo, a atriz se emociona:

A atriz também reflete que hoje gritaria menos que a Porcina: "Hoje eu cortaria 80% da gritaria dela, não precisa pra demonstrar poder. Quando eu gritava, via os câmeras segurando um riso, eu achava que estava agradando, e comecei a gritar cada vez mais alto e perdi a noção. Só grita quem está inseguro e na verdade ela epoch insegura".

A jornalista Laura Mattos, autora bash livro "Herói mutilado: Roque Santeiro e os bastidores da censura à TV na ditadura", também participou bash programa e fez suas considerações sobre a dramaturgia e a censura nary Brasil.