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Review Galaxy Z Fold 7: mais fino e leve, dobrável melhora em quase tudo

O Galaxy Z Fold 7 chegou ao Brasil em julho e chamou a atenção por ser o celular dobrável mais fino já lançado pela Samsung, com 8,9 milímetros (mm) de espessura quando fechado e impressionantes 4,2 mm aberto. Além das dimensões slim e peso leve, o smartphone estreia com o poderoso chipset Snapdragon 8 Elite (Qualcomm) e a mesma câmera ultranítida de 200 megapixels (MP) do Galaxy S25 Ultra, celular de barra mais potente da Samsung. Com isso, a sul-coreana promete uma experiência "Ultra" e quer aproximar o Z Fold 7, mais querido entre os early adopters, do consumidor tradicional. Será que ela conseguiu?

Após acompanhar o lançamento do Galaxy Z Fold 7 direto de Nova York, no Galaxy Unpacked, e usar o celular por dois meses, eu te conto todas as minhas impressões sobre ele neste review. Já posso adiantar que a Samsung fechou gaps importantes e fez um excelente trabalho do Z Fold 6 para cá, entregando um produto muito mais maduro. Ainda assim, o celular, que custa a partir de R$ 10.300, não é perfeito. Continue a leitura para saber o porquê e entender se o Galaxy Z Fold 7 vale a pena para você.

mais fino e leve, dobrável melhora em quase tudo

Veja, no índice abaixo, todos os tópicos que serão tratados neste review do Galaxy Z Fold 7.

Ficha técnica
Design mais fino e leve⭐⭐⭐⭐⭐
Telas maiores e de alta qualidade ⭐⭐⭐⭐⭐
Câmeras ⭐⭐⭐⭐
Bateria poderia ser melhor ⭐⭐⭐
Desempenho poderoso ⭐⭐⭐⭐⭐
Interface otimizada e inteligente ⭐⭐⭐⭐⭐
Vale a pena?

Ficha técnica do Galaxy Z Fold 7

Tela principal: 8" (2.184 x 1.968)
Tela secundária: 6,5" (2.520 x 1.080)
Painel: AMOLED Dinâmico 2X
Câmera principal: 200 MP + 12 MP + 10 MP
Câmera frontal: 10 MP (interna e externa)
Processador: Qualcomm Snapdragon 8 Elite
Memória RAM: 12 ou 16 GB
Armazenamento: 512 GB ou 1 TB
Conectividade: 5G, NFC, Wi-Fi, Bluetooth 5.4 e USB-C
Sistema operacional: One UI 8 com Android 16
Peso: 215 g
Dimensões: 72,8 x 158,4 x 8,9 mm (fechado); 143,2 x 158,4 x 4,2 mm (aberto)
Proteção: IP48
Cores: azul, prata e preto
Lançamento no Brasil: julho de 2025
Preço sugerido: a partir de R$ 14.599

O design é, sem dúvida, uma das mudanças mais significativas do Galaxy Z Fold 7 em relação ao Fold 6. A Samsung fez um trabalho robusto de engenharia para deixar o aparelho extremamente fino: são apenas 8,9 mm quando fechado e 4,2 mm quando aberto, contra 12,1 mm e 5,66 mm, respectivamente, do modelo anterior. A diferença é perceptível logo de cara, e olhar para o espaço ao redor da porta USB-C dá uma boa noção do quão slim é o celular.

Outra mudança que chama a atenção é o peso: agora são 215 gramas, contra 239 gramas da geração anterior. Com isso, o Fold 7 fica muito mais confortável de segurar. A sensação é que você está segurando um celular de um celular “de barra” tradicional.

Apesar de estar mais fino e leve, o Fold 7 também ficou mais resistente. Com estrutura em titânio grau 4 e moldura em Armor Alumínio avançado, o celular recebeu uma nova dobradiça multitrilhos com formato de gota. A Samsung diz que a mudança torna o movimento de abrir e fechar mais suave, reduz o desgaste ao longo do tempo e deixa o vinco na tela menos visível, e eu realmente senti diferença em relação ao Z Fold 6.

O vinco, aliás, pode ser um dos principais incômodos de quem usa um dobrável pela primeira vez, mas esses celulares evoluíram de forma impressionante, e a marca está cada vez menos perceptível. Eu juro que, no dia a dia, você simplesmente esquece que o vinco está ali.

Completam as especificações de resistência os vidros Gorilla Glass Victus 2, na traseira, e Gorilla Glass Ceramic 2, na tela externa. Costumo ser bem cuidadosa com as samples, mas deixei o Fold 7 cair do sofá duas vezes, e o display não sofreu um arranhão sequer. Ainda assim, o celular não é barato, e você não vai querer brincar com a sorte — melhor comprar uma capinha. Há também a certificação IP48, que garante proteção parcial contra poeira e permite submergir o celular em água doce.

As telas costumam ser um dos principais trunfos dos celulares da Samsung, e com o Z Fold 7 não é diferente. A fabricante deu uma atenção especial para os displays, que receberam um dos maiores upgrades da geração. Agora, são 8 polegadas na tela interna (contra 7,6" do Z Fold 6), e a tela externa foi de 6,3" para 6,5". Apesar de este aumento ser mais discreto, o display está mais amplo, o que aproxima a experiência de uso do Fold 7, quando fechado, à de um celular tradicional.

Quando abrimos o celular, o ganho de área útil faz ainda mais diferença, principalmente para quem quer usar o smartphone como um "mini tablet". Há mais espaço para multitarefas, algo que as ferramentas da OneUI 8 facilitam com maestria, e também para consumo de entretenimento — um dos meus usos favoritos. Aliás, a experiência de assistir a filmes e séries no Z Fold 7 é muito imersiva.

Ambas as telas têm painel AMOLED Dinâmico 2X, taxa de atualização de 120 Hz e pico de brilho de 2.600 nits. O resultado é uma experiência visual impecável, com cores vibrantes, pretos profundos e ótima visibilidade sob luz forte.

O conjunto de câmeras traseiras do Galaxy Z Fold 7 é triplo, com a seguinte configuração:

Câmera principal de 200 MP (f/1.7);
Câmera ultrawide de 12 MP (f/2.2);
Câmera telefoto de 10 MP (f/2.4), zoom óptico de 3x;
Câmera selfie de 10 MP (f/2.4);
Câmera selfie de 10 MP (f/2.4).

Sua câmera principal é a mesma do Galaxy S25 Ultra, o que já indica a alta qualidade das imagens. Tanto de dia quanto à noite, as fotos têm excelente alcance dinâmico e contraste, nitidez impressionante e cores equilibradas, ainda que um pouquinho mais tímidas que as do iPhone 15, meu celular de uso pessoal. Isso porque a Samsung aposta em um pós-processamento mais contido, que evita a saturação excessiva das cores — mas sem apagá-las.

A câmera telefoto de 3x entrega bons resultados em diferentes distâncias, especialmente em ambientes bem iluminados, mas perde um pouco de qualidade conforme a luz diminui. Já disse, em outros reviews, que a câmera ultrawide está longe de ser uma das que mais me empolga, e isso se repete no Galaxy Z Fold 7. Ainda assim, a lente ultra-angular de 12 MP apresenta desempenho consistente, embora com alcance dinâmico um pouco mais limitado.

Confira fotos tiradas com as câmeras do Galaxy Z Fold 7

Ana Letícia Loubak/TechTudo

23 fotos

Ana Letícia Loubak/TechTudo

Celular dobrável do tipo livro da Samsung tem três câmeras: principal de 200 MP, ultrawide de 12 MP e telefoto de 10 MP com zoom óptico de 3x

O Z Fold 7 traz ainda duas câmeras frontais, ambas de 10 MP, posicionadas nas telas interna e externa. Mas o maior diferencial dos dobráveis, nesse quesito, continua sendo a possibilidade de tirar selfies com o conjunto traseiro, para aproveitar toda a qualidade do sensor principal de 200 MP. Você demora um pouquinho até se acostumar com a forma de segurar o celular, que precisa estar aberto, mas, quando se ambienta, é um caminho sem volta: simplesmente fiquei viciada em tirar selfies assim.

O celular grava vídeos em até 8K a 60 quadros por segundo, com ótima estabilização e riqueza de detalhes. Em filmagens com zoom de 2x, pode haver uma leve perda de nitidez, mas o desempenho geral continua excelente.

A bateria é o principal ponto fraco do Galaxy Z Fold 7. Sua capacidade de 4.400 mAh é a mesma do modelo anterior — um número que já era considerado baixo para um celular com duas telas. Com os novos painéis maiores, a limitação fica ainda mais evidente.

É bem verdade que os dobráveis têm limitações de espaço interno, mas marcas chinesas já adotam baterias de silício-carbono, que armazenam mais carga em menos espaço, para driblar esse problema. É o caso da Honor, com o Magic V5 (5.820 mAh), e da OPPO, com o Find N5 (5.800 mAh). Eu esperava que a Samsung, que investiu tanto em engenharia no Fold, desse um passo além nesse quesito.

Na prática, o Fold 7 aguenta muito bem um dia de uso moderado, especialmente se você priorizar a tela externa. Em um ritmo mais intenso, com uso frequente da câmera e multitarefas e vídeos na tela interna, provavelmente será preciso recorrer ao carregador. Com potência de 25W, o adaptador que a Samsung envia na caixa do celular leva cerca de 1h15 para completar a carga.

O desempenho do Galaxy Z Fold 7 é garantido pelo Snapdragon 8 Elite for Galaxy, uma versão especial do chip da Qualcomm otimizada para os celulares da Samsung. O processador tem oito núcleos de até 4,47 GHz e litografia de 3 nanômetros — uma das menores do mercado —, o que garante alta velocidade e eficiência energética.

A versão que recebi para testes tem 12 GB de memória RAM e 512 GB de armazenamento, mas há também uma opção de 16 GB e 1 TB, para quem precisa de mais espaço e poder em multitarefas. Na prática, o celular se mostrou uma máquina poderosa, rodando absolutamente tudo com fluidez e sem engasgos.

Sistema e interface ⭐⭐⭐⭐⭐

O Galaxy Z Fold 7 vem com Android 16 sob a One UI 8, que traz otimizações específicas para dobráveis e todo o pacote Galaxy AI, uma das suítes de inteligência artificial mais eficientes que já testei. Entre as funções mais úteis para mim estão o apagador de objetos, que remove elementos indesejados das fotos com precisão impressionante, e o eliminador de ruídos, que melhora gravações de áudio em ambientes ruidosos.

O gravador de voz também merece destaque: ele transcreve entrevistas separando os interlocutores, resume o conteúdo e ainda oferece tradução integrada. Para mim, jornalista, é uma mão na roda. Por outro lado, o Now Brief, que gera resumos personalizados de conteúdos com base nos hábitos de uso, ainda parece imaturo: as recomendações não são tão precisas nem relevantes.

No geral, a OneUI 8 é limpa, estável e bem adaptada às telas do Fold 7. Durante os testes, não houve falhas de interface ou travamentos significativos, exceto por pequenos bugs pontuais ao abrir e fechar o Instagram. A Samsung também ganha pontos no suporte de software, já que oferece sete anos de atualizações de Android e de segurança.

O Galaxy Z Fold 7 não é um celular para todo mundo — e eu nem digo isso (só) pelo preço de cinco dígitos. Apesar de agora ter peso e dimensões mais próximas às de um celular de barra, ele ainda é um produto de nicho, focado em um público específico, que busca alta performance e recursos de produtividade em um formato inovador.

No geral, a Samsung fez um excelente trabalho de aperfeiçoamento, especialmente no design, e realmente conseguiu aproximar a experiência de uso do Fold da experiência com os modelos Ultra, da linha S. Além de poderoso e versátil, o celular tem câmeras ótimas e está muito mais confortável de usar que as gerações anteriores. É um produto maturo. O único ponto negativo é a autonomia de bateria, que ainda deixa a desejar em relação ao conjunto.

Com preço em torno de R$ 10.300 a R$ 12.200, o Z Fold 7 só vale a pena para quem realmente precisa de um computador de bolso e quer explorar o máximo da experiência multitarefa. Aliás, nesse caso, digo com tranquilidade que ele é a única opção entre os dobráveis do tipo livro que faz sentido no Brasil, onde podemos encontrar modelos por exorbitantes R$ 20 mil e R$ 33 mil.

Por outro lado, para quem busca desempenho e câmeras de ponta em formato tradicional, o Galaxy S25 Ultra, que custa praticamente a metade (R$ 6.516), faz muito mais sentido. Você paga menos e ainda ganha mais bateria.

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