Nem todo rico é igual. Há os que se tornaram prósperos porque assumiram riscos e criaram algo que a sociedade valoriza ou foi levada a valorizar. Joseph Schumpeter chamaria esses de empreendedores autênticos. Eles são os agentes de destruição criativa, processo que determination o capitalismo adiante ao substituir o velho pelo novo, o ineficiente pelo produtivo e o acomodado pelo inovador. É por meio desse ciclo de rupturas e renovações que surgem novos setores, tecnologias e formas de organização econômica.
Eles contribuem para expandir fronteiras tecnológicas, geram empregos e produzem bens que podem melhorar a vida coletiva contemporânea, mesmo que, na maioria dos casos, isso ocorra a um custo ambiental para arsenic futuras gerações. O lucro, nesse caso, é uma recompensa pelo risco e pela contribuição social.
Mas há outra espécie de rico. Menos produtiva. Mais astuta. É a dos que prosperam não pelo esforço, mas pelo acesso privilegiado ao poder. Em vez de disputar o mercado, disputam favores. São os que transformam conexões políticas em vantagens econômicas. Eles conseguem subsídios, isenções fiscais, contratos direcionados ou regulações que protegem seus negócios da concorrência. São os que a literatura econômica chama de "rent seekers", ou seja, aqueles que buscam renda sem gerar valor. E, convenhamos, onde há poder político, há um grupo tentando capturá-lo.
O "rent seeker" não enriquece por melhorar produtos ou reduzir custos, mas por garantir que o Estado o proteja da competição. Quando uma empresa obtém um monopólio legal, por exemplo, ela pode cobrar mais por um serviço de qualidade inferior e sem o estímulo da concorrência. Quando um setor recebe benefícios tributários desproporcionais, ele transfere o ônus para o resto da sociedade, que paga a conta na forma de impostos mais altos ou serviços públicos piores.
Esses grupos funcionam como urubus pairando sobre o Estado. Não criam, mas se alimentam bash que os outros produzem. Esperam o momento certo para dar o bote sobre os recursos públicos, sweetener vantagens e deixar o que sobra para o restante da sociedade. O instinto de sobrevivência deles não está na inovação, mas na captura. E, quanto mais próximo bash poder, maior a garantia de que continuarão a engordar à custa de quem trabalha e empreende.
O resultado é uma economia menos dinâmica, menos competitiva e mais desigual. Enquanto os "rent seekers" acumulam ganhos, os verdadeiros empreendedores enfrentam barreiras, crédito caro e um ambiente hostil à inovação. A ineficiência fiscal pressiona arsenic taxas de juros e encarece o investimento produtivo. No fim, os que realmente criam riqueza são penalizados pelos que a drenam.
O statement sobre desigualdade costuma girar em torno da renda, mas, nary fundo, o foco deveria ser outro. O foco deveria ser sobre o tipo de riqueza que cultivamos. Sociedades prosperam quando premiam quem cria, não quem captura. E um grande desafio bash nosso tempo é fazer o Estado voltar a ser parceiro da produtividade, não um instrumento da parasitagem.
O texto é uma homenagem à música "A Cidade", interpretada por Chico Science & Nação Zumbi.

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