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Rússia propõe nova rodada de negociações de paz com a Ucrânia e afirma que apresentará exigências para cessar-fogo

A Rússia propôs à Ucrânia uma nova rodada de negociações diretas em Istambul, na Turquia, na próxima segunda-feira (2). O objetivo é apresentar um memorando com as condições exigidas por Moscou para um acordo de paz duradouro.

"A nossa delegação, liderada por [Vladimir] Medinsky, está pronta para apresentar este memorando à delegação ucraniana e fornecer as explicações necessárias", disse o chanceler russo, Serguei Lavrov.

A Ucrânia respondeu que está disposta a seguir com o diálogo, mas cobrou o envio prévio do documento. "Não nos opomos a mais reuniões com os russos e estamos esperando seu memorando", escreveu o ministro da Defesa, ucraniano Rustem Umerov, na rede X.

"A parte russa tem pelo menos mais quatro dias para nos enviar o texto", afirmou, justificando que o governo ucraniano quer revisar o documento antes do encontro.

Medinsky também liderou a delegação russa nas negociações do dia 16 de maio, também em Istambul. Foi o primeiro encontro direto entre os dois países desde 2022, quando a guerra começou.

O diálogo não avançou rumo a um acordo de cessar-fogo, mas resultou em uma troca de prisioneiros sem precedentes: 1.000 por 1.000. A operação foi concluída no último fim de semana.

Lavrov agradeceu à Turquia pela mediação e disse esperar que países interessados na paz apoiem o novo encontro. Na última sexta-feira, o ministro havia informado que Moscou estava finalizando o memorando e pretendia entregá-lo em breve.

As posições oficiais, no entanto, seguem distantes. A Rússia exige que a Ucrânia desista de entrar na Otan e reconheça a anexação de cinco regiões ucranianas. Kiev rejeita essas condições.

Por enquanto, as posições oficiais de ambos os lados parecem difíceis de conciliar: Moscou exige que Kiev renuncie permanentemente à adesão à Otan e ceda as cinco regiões cuja anexação a Rússia reivindica, condições inaceitáveis para a Ucrânia.

Putin e Zelensky — Foto: Sputnik/Mikhail Metzel/Pool via Reuters; Reuters/Alina Smutko

Putin já havia rejeitado os pedidos para se encontrar com Zelensky na Turquia no início deste mês, antes do encontro entre as delegações de alto nível da Rússia e da Ucrânia.

Em visita a Berlim, Zelensky acusou Moscou de atrasar o processo de paz e afirmou que a Rússia não quer encerrar o conflito. O ucraniano também pediu à Otan que o convidasse para participar da próxima cúpula da aliança.

"Se a Ucrânia não estiver presente, será uma vitória para Putin", disse.

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