Com previsão de comportamento climático favorável para a atividade agrícola nos próximos meses, a Emater/RS projeta uma produção de 35,3 milhões de toneladas de grãos na safra gaúcha de verão 2025/2026. O volume, se confirmado, representa alta de 27,3% sobre o resultado anterior. Os números foram apresentados nesta terça-feira (2) em coletiva de imprensa no estande da autarquia no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, durante a 48ª Expointer.
A intenção de plantio indica 8,47 milhões de hectares, redução de 0,5%. Contudo, há expectativa de recuperação da produtividade das lavouras, que foi fortemente impactada pela estiagem na safra passada.
Conforme o diretor técnico da empresa, Claudinei Baldissera, a soja deve ser semeada em 6,74 milhões de hectares, uma leve queda de 0,8% comparado à safra anterior. Mas o volume de grãos pode chegar a 21,44 milhões de toneladas (+57,14%).
A cultura tem grande concentração especialmente nas regiões Oeste, Sul e Central, que são responsáveis pela maior parte da produção. Baldissera destacou que, após as dificuldades enfrentadas pela seca no ciclo anterior, a previsão é de uma safra mais favorável, com boas condições climáticas e melhor janela de plantio.
Além do enxugamento da área plantada, também se observa movimento de ocupação das lavouras de arroz que mostraram menor desempenho. Conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), o espaço destinado à cultura do cereal deve encolher 5,17%, ficando em 920.081 mil hectares, para uma produção de 8 milhões de toneladas. Com a queda projetada de 8,1% no volume sobre a safra anterior, os produtores tentam reverter a forte queda nas cotações, que ultrapassam 40% nos últimos meses e seguem bem abaixo até mesmo do custo de produção.
Milho mostra expansão da área cultivada
O milho também aparece como uma das culturas com grandes perspectivas para a safra 2025/2026. A estimativa de área plantada é de 785 mil hectares, o que representa um aumento de 9,31% em relação ao ciclo anterior, ocupando áreas de soja. Esse crescimento se deve a fatores como programas de incentivo ao cultivo, boas condições de mercado e clima favorável, além do aumento da demanda pelo grão, tanto para consumo interno quanto para exportação.
Baldissera ressaltou a importância do cereal, especialmente para as regiões de Santa Rosa, Ijuí e Caxias do Sul, que têm se destacado como grandes produtoras. A Emater/RS também observou uma variação significativa na produtividade, com algumas áreas chegando a 155 sacas por hectare, enquanto outras regiões apresentam um rendimento mais modesto.
Outro ponto destacado no levantamento foi o milho silagem, com previsão de 366 mil hectares cultivados, mostrando um pequeno crescimento em relação ao ano passado. A produção é fundamental para a alimentação do gado de leite e outras criações, com uma variação de produtividade dependendo das condições climáticas e de manejo agrícola.
O sorgo também aparece como uma novidade na estimativa para esta safra. Após um período de menor destaque, a cultura, que é mais resistente à estiagem, retorna com força, especialmente nas regiões mais vulneráveis, como a de Bagé, na Campanha. A estimativa é de uma semeadura de 11 mil hectares, sendo mais de 8 mil hectares concentrados na Região Sul.
O feijão, embora com uma área menor, segue como uma cultura importante para a alimentação dos gaúchos. A estimativa de plantio para a safra de verão 2025/2026 é de 26.096 hectares, uma queda de 15,27% em relação ao ano anterior. A produtividade, porém, deve se manter estável, com a produção atendendo à demanda interna.
Crédito e seguro são desafios aos produtores
Claudinei Baldissera também ressaltou os desafios enfrentados pelos produtores gaúchos, como o acesso ao crédito rural e o custo do seguro agrícola, que têm dificultado a atividade nas pequenas e médias propriedades. O diretor da Emater/RS enfatizou a importância de um bom planejamento e da análise das condições climáticas para minimizar os riscos e potencializar a produtividade.
“Apesar das dificuldades, as boas perspectivas para culturas como soja e milho, aliadas a políticas de apoio ao produtor, podem garantir que o Rio Grande do Sul tenha uma safra de verão 2025/2026 muito positiva”, concluiu.

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