Após quase uma semana de entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza mediada por Israel, palestinos relataram caos, dificuldades e falta de dignidade para terem acesso a comida. "Se você é forte, consegue pegar. Se não for, não pega."
Segundo os palestinos, que enfrentam grave crise humanitária em Gaza, esse é o cenário das entregas de alimentos realizadas pela empresa americana Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), escolhida por Israel para ajuda humanitária no território.
E não foi diferente nesta quinta-feira (29). Palestinos em Rafah, no sul de Gaza, foram vistos carregando pacotes de alimentos próximo a um ponto de distribuição da GHF. Teve correria e cada um carregou o que conseguiu. No entanto, muita gente sai de mãos abanando.
Com a retomada limitada da ajuda, o Exército israelense —que agora controla uma ampla área de Gaza— realiza nova ofensiva terrestre, tendo matado 3.901 palestinos desde o colapso de uma breve trégua em meados de março, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista Hamas.
Israel afirma que suas operações militares têm como alvo apenas integrantes do Hamas e acusa o grupo de usar civis como escudo, alegação que o Hamas nega. A nova rodada de ajuda humanitária, criticada e ainda considerada insuficiente pela ONU, ocorre após bloqueio total de 11 semanas de entrada de suprimentos no território. O argumento israelense era que a ajuda chegava ao grupo terrorista.
A GHF (Gaza Humanitarian Foundation), apoiada por Israel e por seu aliado próximo, os Estados Unidos, declarou que distribuiu cerca oito mil caixas de alimentos —o equivalente a 462 mil refeições— desde o início da semana, quando começou a atuar em Gaza sob a tutela israelense.
A Organização das Nações Unidas e outras entidades internacionais de ajuda humanitária boicotaram a fundação, argumentando que ela enfraquece o princípio de que a ajuda deve ser distribuída de forma independente das partes em conflito, com base nas necessidades da população.
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, minimizou as críticas ao programa de ajuda, chamando-as de “reclamações sobre o estilo”.
Israel afirma que uma vantagem do novo sistema de distribuição é a possibilidade de fazer triagem dos beneficiários nos pontos designados, excluindo qualquer pessoa associada ao Hamas. Em guerra contra o grupo desde outubro de 2023, Israel acusa o Hamas de roubar suprimentos e usá-los para fortalecer sua posição — algo que o Hamas nega.
Israel iniciou sua campanha militar em Gaza em resposta ao ataque liderado pelo Hamas contra comunidades do sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que matou cerca de 1.200 pessoas e resultou no sequestro de 251 pessoas levadas como reféns para Gaza, segundo números israelenses.
A ofensiva israelense já matou mais de 54.000 palestinos, segundo as autoridades de saúde de Gaza, e reduziu grande parte do enclave costeiro densamente povoado a escombros.

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)
5 meses atrás
18
/https://s01.video.glbimg.com/x720/14074136.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/l/A/gBgwxqRICWF8qoiBEX2w/2025-11-05t192031z-1454074297-rc2eqhaedzj3-rtrmadp-3-usa-trump-immigration-chicago.jpg)
/https://s04.video.glbimg.com/x720/14073319.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/F/6/U6S7EQQpi2UleBtvjw4A/afp-jim-watson-mostra-o-presidente-dos-eua-donald-trump-e-em-washington-dc-em-9-de-julho-de-2025-e-o-presidente-venezuelano-nicolas-maduro-d-em-caracas-em-31-de-julho-de-2024..jpg)

:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro