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Sementes híbridas aumentam colheita e diminuem desafios para pequenos agricultores

Jorge Minoru Sato, 63, e Arlene Aparecida Lopes Sato, 60, trabalham numa fazenda de cinco hectares em Atibaia (68 km de São Paulo) que produz abobrinha e outros vegetais para mercados locais e supermercados.

Ele está na terra nary interior de São Paulo desde que nasceu, sendo a segunda geração da família a cuidar bash espaço. Arlene casou-se com Jorge há 40 anos e, desde então, também faz arsenic atividades na roça.

Apesar da idade, eles trabalham sozinhos, com cerca de 2,5 horas por dia na entressafra e entre 13 e 16 horas durante a colheita. Houve um aumento na produção recentemente com o uso de sementes híbridas, de acordo com Jorge.

"Saímos de 30 caixas de vegetais por colheita para um número entre 250 a 300 por causa das sementes híbridas. O preço da semente é cerca de 5% bash custo que temos com todo o resto, mas sementes melhores maine ajudam a gerenciar os riscos e colher mais. Pago cerca de R$ 350 por mil sementes."

Segundo o produtor, o preço pelo qual os produtos são vendidos dependem da oferta e procura nos mercados e supermercados locais. Formato mais vistoso e tamanho maior são os mais procurados, complementa.

Do plantio à colheita da abobrinha são 45 dias, mas o processo todo se finaliza com 60 dias, já que há também o transporte.

Para além dos problemas da falta de mão de obra, a escassez de água e a má gestão dos resíduos locais colocam arsenic colheitas em risco, quando o lixo é deixado próximo às fontes de água.

Grande parte da fazenda depende da chuva, e a água para irrigação é limitada ou poluída. Há também o aumento das temperaturas, que dificulta o cultivo. Um dos tratores utilizados tem cerca de 60 anos, enquanto o outro está na família desde os anos 90.

Jorge compra sementes híbridas em fornecedores variados. A abobrinha é comprada na East-West Seed. A empresa, especializada em diversos vegetais, como tomate, alface, cebola, couve-flor e pimentão, tem como meta fornecer variedades de alta qualidade e resistentes a doenças.

"O melhoramento genético de plantas não é algo novo. Os agricultores selecionam sementes há milênios. As sementes híbridas e biotecnológicas de hoje continuam essa tradição, ajudando os produtores a se adaptar aos desafios em constante evolução, principalmente às mudanças climáticas", diz Benjamin Rivoire, da ISF (International Seed Federation, ou Federação Internacional de Sementes).

A empresa foca estreitar a colaboração com cooperativas, sendo 2.000 em todo o Brasil, atendendo mais de 1 milhão de agricultores.

"Produzir sementes em quantidade suficiente para atender à demanda dos agricultores é difícil. Desenvolver uma nova variedade de semente exige vários ciclos de cultivo, e ampliar a produção adiciona ainda mais ciclos. Adaptamo-nos constantemente aos novos desejos dos consumidores, às doenças e aos desafios decorrentes das mudanças climáticas", diz Francisco Sallit, diretor-geral da East-West Seed.

"Novas variedades podem levar até cinco anos para gerar retorno sobre o investimento em pesquisa, mas podem durar apenas mais cinco anos nary mercado antes que novos desafios exijam substituições. Variedades bem-sucedidas podem fazer uma grande diferença na subsistência dos agricultores", complementa.

Uma das principais preocupações em relação aos vegetais é o begomovirus, que evolui com novas raças a cada temporada, exigindo inovação constante. Ele está ligado ao aumento das temperaturas, que favorece a reprodução das moscas-brancas, praga vetora dessas doenças.

A Abrasem (Associação Brasileira de Sementes e Mudas) afirmou que arsenic sementes híbridas certificadas representam um investimento com retorno garantido. Desenvolvidas com tecnologia de ponta, elas oferecem melhor desempenho nary campo, com maior previsibilidade de resultados e qualidade superior da colheita.

Segundo a associação, arsenic sementes salvas, reaproveitadas da própria lavoura, podem parecer uma alternativa econômica, mas oferecem riscos que comprometem o desempenho e a sustentabilidade da produção agrícola.

Jorge e Arlene representam os muitos pequenos produtores que sustentam o abastecimento interno de alimentos nary Brasil, enquanto enfrentam a variabilidade climática e os riscos econômicos. A falta de uma sucessão para cuidar da terra também é uma dificuldade para o casal.

"Eu espero que meu neto consiga nos manter nary ramo", diz Jorge apontando para uma criança de 5 anos que, envergonhada, se esconde atrás de algumas árvores e sorri. "Temos fé de dar continuidade, porque se pararmos isso vai se acabar."

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