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Sob Lula, juros de títulos do Tesouro já encostam nos níveis de Dilma 2

"O que está acontecendo no Brasil hoje é uma coisa sui generis. O país está vivendo pleno emprego com alta taxa de juros, o que é incomum. O que está pegando é a trajetória da dívida pública, que cresce. O coração do problema é fiscal e há dúvidas de qual vai ser a posição do governo para deter o crescimento da dívida", analisa Douglas Elmauer, professor de direito econômico e financeiro da Universidade Mackenzie e doutor pela Universidade de Bremen (Alemanha).

Segundo a última edição do Relatório de Projeções Fiscais, divulgado pelo Tesouro Nacional ontem, com estimativas para os próximos dez anos, a dívida bruta subirá de 77,7% do PIB, em 2024, para 82,8%, em 2027.

Segundo ele, o rumo dos juros no futuro depende, entre outros fatores, da Lei Orçamentária Anual, pendente de ser votada pelo Congresso até o final do ano. O tamanho da redução de despesas do governo federal poderá sinalizar aos agentes econômicos o futuro da dívida pública.

Há também um componente político. Para a chamada "ala política" do governo, liderada por Rui Costa (Casa Civil), a exigência de mais juros e a disparada do dólar não refletiriam problemas fiscais unicamente, mas uma oposição ideológica dos agentes econômicos, a Faria Lima, à gestão do petista.

Nos círculos governistas, proliferam críticas de que o mercado erra frequentemente suas previsões em tópicos como crescimento do PIB, por motivação política.

Ceticismo da indústria financeira

Na indústria financeira, o conjunto dos agentes econômicos que define onde alocar quantidades bilionárias de capital, o ambiente que prevalece é o de ceticismo com relação ao compromisso do governo Lula com o equilíbrio das contas públicas.

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