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Steve Bannon, ex-estrategista de Trump, faz saudação associada ao nazismo em evento conservador; extrema direita francesa cancela participação

A ação repercutiu tanto fora quanto dentro do evento, realizado nos arredores da capital dos EUA, Washington. A extrema direita francesa cancelou sua participação nele em repúdio a Bannon.

"Neste palanque ontem, enquanto eu não estava presente na sala, um dos palestrantes se permitiu, como uma provocação, um gesto referindo-se à ideologia nazista", disse Bardella, sem se referir diretamente a Bannon, ex-assessor de Trump considerado essencial em sua primeira eleição à Presidênia dos EUA. "Consequentemente, tomei a decisão imediata de cancelar minha intervenção agendada para esta tarde no evento."

Steve Bannon faz suposto gesto nazista durante conferência conservadora, em 20 de fevereiro de 2025 — Foto: Reuters

Quando seu discurso chegou ao fim na quinta-feira (20), Bannon esticou o braço e o levantou, antes de dizer "Amém", de acordo com um vídeo do evento.

Bannon negou ter feito uma saudação nazista, dizendo a um jornalista francês que era um "aceno". Ele disse que, se Bardella cancelou sua aparição devido ao gesto, "ele é indigno de liderar a França".

"Se ele está tão preocupado com isso e se molha como uma criança, então ele é indigno e nunca liderará a França", disse Bannon.

Musk se aliou a Trump durante a campanha e se tornou um de seus principais assessores, comandando um departamento com a missão de realizar cortes de gastos na máquina governamental dos EUA.

Durante a fala, Musk fez um gesto com as mãos em direção ao público que alguns usuários nas redes sociais disseram parecer uma saudação nazista. Outros citam que o gesto surgiu no Império Romano.

Elon Musk cumprimenta Javier Milei após ganhar motosserra de presente do presidente argentino, durante evento em Maryland, nos EUA — Foto: Nathan Howard/Reuters

Musk, que agora chefia o Departamento de Eficiência Governamental, subiu ao palco pulando e abrindo os braços de forma efusiva. "Esse é 'o' sentimento da vitória", falou. "E não foi uma vitória qualquer. Foi um momento decisivo para a civilização humana."

"Graças a vocês, o futuro da civilização está garantido. Teremos cidades seguras, finalmente, fronteiras seguras, gastos sensatos, coisas básicas", completou.

"Essa eleição realmente importava. E eu quero apenas agradecer a vocês por fazerem isso acontecer. Obrigado", disse Musk, fazendo o gesto em seguida.

Uma das críticas partiu de Olaf Scholz, chanceler da Alemanha. Questionado sobre o gesto, o líder disse que a liberdade de expressão não pode ser usada para apoiar posições de extrema direita.

"Nós temos liberdade de expressão na Europa e na Alemanha. Todos podem dizer o que quiserem, mesmo que sejam bilionários. O que não aceitamos é se for para apoiar posições de extrema direita", disse Scholz.

A RN, anteriormente conhecida como Frente Nacional, costumava ser conhecida pelo antissemitismo e pelo racismo quando estava sob o comando do pai de Marine Le Pen, Jean-Marie Le Pen, mas desde então se tornou mais pró-Israel em meio a um esforço mais amplo para expurgar o partido de elementos tóxicos.

Esses esforços o transformaram no maior partido parlamentar da França, e Le Pen é amplamente vista como a favorita para ser a próxima presidente da França na eleição de 2027.

No entanto, suas relações com Trump nem sempre foram tranquilas. Ele não a recebeu em 2017 durante sua visita à Trump Tower, mas desde então ela pareceu se aproximar dele.

Ela disse recentemente que a pressão de Trump sobre a Colômbia para receber migrantes deportados deveria ser copiada pela França. No início de fevereiro, ela disse que a RN era "a melhor colocada na França para falar com o governo Donald Trump".

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