A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (14) um suspeito de ter sido o autor de e-mails encaminhados à deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB) com ameaças e ataques racistas direcionados a ela e à sua filha. Além disso, foram cumpridos dois mandatos de busca e apreensão. As ações policiais foram realizadas no município de Jundiaí, em São Paulo, na Operação Deus Vult.
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A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (14) um suspeito de ter sido o autor de e-mails encaminhados à deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB) com ameaças e ataques racistas direcionados a ela e à sua filha. Além disso, foram cumpridos dois mandatos de busca e apreensão. As ações policiais foram realizadas no município de Jundiaí, em São Paulo, na Operação Deus Vult.
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Durante coletiva de imprensa, a deputada considerou a ameaça como a mais cruel e mais grave que recebeu. Além disso, ressaltou que já recebeu outros ataques anteriormente que não tiveram desfecho e considerou os últimos episódios, ocorridos a cerca de um mês, como resultado de uma “escalada de ódio”. “Quero, acima de tudo, seguir viva”, comentou.
“Esse é um atentado à democracia, mas também à Assembleia Legislativa”, considerou. Após as ameaças, a parlamentar solicitou proteção do Legislativo por um período de 30 dias e solicitou a prorrogação do prazo em virtude do Novembro Negro, que é marcado por uma forte atuação do seu mandato. No entanto, a segurança é restrita a ela e não abrange a sua filha, motivo pelo qual realizou críticas ao Parlamento.
Relembrando o caso de Marielle Franco, vereadora carioca do PSOL assassinada no Rio de Janeiro em 2018, Bruna falou, emocionada, que não se trata de um caso isolado. “Nenhuma das mulheres que estão ameaçadas tem certeza de que seguirão atuando politicamente. O Estado precisa dar respostas e a Assembleia Legislativa precisa garantir a minha atuação parlamentar e a de todo mandato que seja ameaçado”, afirmou.
Ela disse não se sentir segura após os acontecimentos, por mais que tenha mantido sua atuação. “Hoje nenhum parlamentar que é ameaçado tem um caminho a se seguir, tudo nós fomos construindo”, complementou.
“Quem nos deve resposta, a todos, é o Estado brasileiro e que, aqui, também se omite”, comentou. Ao realizar críticas à ausência de políticas de enfrentamento à violência, chegou a citar o atentado com bombas ao Supremo Tribunal Federal (STF) ocorrido na noite de quarta-feira (13), que foi acompanhado pela parlamentar que cumpria agendas na Esplanada dos Ministérios durante o ataque.
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