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Telegram não é paraíso da anarquia, diz CEO, em primeiro comunicado após deixar prisão

Indiciado na França por crimes que acontecem no app de mensagens, Pavel Durov critica uso de leis 'pré-smartphone' para sua responsabilização. E disse esperar que episódio ajude a tornar a plataforma mais segura.


Pavel Durov, presidente-executivo e dono do Telegram, no Mobile World Congress, em Barcelona, em 2016 — Foto: Albert Gea/Reuters

O cofundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, se manifestou nesta quinta-feira (5) após ficar preso por quatro dias na França. Ele disse que a acusação de que a plataforma contribui para a prática de crimes foi "surpreendente por vários motivos" e feita com a "abordagem equivocada".

"As alegações em alguns veículos de que o Telegram é uma espécie de paraíso anárquico são absolutamente falsas", disse Durov, que também citou a derrubada de milhões de postagens na plataforma, a publicação de relatórios de transparência.

A promotoria francesa diz que a falta de moderação no aplicativo e recusa da empresa de colaborar com investigações tornam o dono do Telegram cúmplice de crimes como abuso sexual infantil, tráfico de drogas e fraude.

"Usar leis da era pré-smartphone para acusar um CEO de crimes cometidos por terceiros na plataforma que ele gerencia é uma abordagem equivocada", afirmou Durov, em seu canal no Telegram, em sua primeira manifestação pública após a prisão.

Para Durov, a prisão foi surpreendente porque o Telegram tem representante legal na União Europeia para responder às solicitações de países do bloco e as autoridades francesas têm várias formas de entrar em contato com ele.

O empresário disse ainda que o país que estiver insatisfeito com um serviço de internet deve abrir uma ação legal contra a plataforma.

"Construir tecnologia já é difícil o bastante. Nenhum inovador jamais construirá novas ferramentas se souber que pode ser pessoalmente responsabilizado por potencial abuso dessas ferramentas".

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