Os tijolos possuíam selos com nomes dos reis da Mesopotâmia. Isso permitiu que os cientistas confirmassem o intervalo temporal em que ocorreu o pico magnético.
Os geólogos costumam usar a análise de rochas para estudar os campos magnéticos da Terra, mas em tempos mais recentes, quando não há a possibilidade de estudar rochas porque elas ainda não tiveram tempo de se formar, precisamos usar artefatos arqueológicos. Podemos pensar nos tijolos de barro ou na cerâmica como rochas feitas pelo homem para estudar os campos magnéticos da Terra.
Matthew Howland, em entrevista à CNN
A análise dos tijolos apontou que, naquele período, houve um fortalecimento rápido e intenso do campo magnético. O fenômeno, porém, durou apenas algumas décadas.
Segundo os cientistas, a descoberta é importante para entender como o campo magnético e fenômenos naturais ligados a ele se comportam. Além disso, identificar essas anomalias pode ajudar a determinar quando artefatos arqueológicos foram produzidos.
Vamos continuar este trabalho, aplicá-lo a mais tijolos e aprofundar nosso conhecimento sobre a intensidade do campo magnético da Terra ao longo do tempo. Mas talvez ainda mais emocionante é que os arqueólogos que trabalham em locais no Iraque e na Síria podem olhar para os nossos dados e aplicar as mesmas técnicas a artefatos não datados. Isso pode ajudar a resolver muitos debates cronológicos.
Matthew Howland, em entrevista à CNN
A pesquisa foi publicada pelos cientistas Matthew Howland, Lisa Tauxe, Shai Gordin, Mark Altaweel, Brendan Cych e Erez Ben-Yosef na revista acadêmica "Proceedings of the National Academy of Sciences".
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