A declaração de Laerke ocorre no final da primeira semana de entrega de ajuda humanitária no território controlada por Israel. A quantidade de alimentos que chegou aos palestinos até o momento são insuficientes diante da dimensão da fome, é considerada pela ONU como "uma gota em um oceano" e não há distribuição perene ao longo de Gaza.
Ainda segundo Laerke, 200 mil palestinos foram deslocados forçadamente dentro do território nas últimas duas semanas, ou seja, desde o início da nova operação terrestre de Israel. Além de operações em solo das tropas israelenses, bombardeios diários mataram centenas de pessoas.
A ONU continua pressionando pela permissão da entrada de caminhões de ajuda internacional, que são majoritariamente barrados por Israel. O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, afirmou à rede britânica "BBC" nesta sexta-feira que Israel está submetendo população de Gaza "à fome forçada".
'Se você é forte, consegue pegar ajuda'
Palestinos carregam suprimentos na Faixa de Gaza perto do Corredor de Netzarim, no centro do território, em 29 de maio de 2025. — Foto: REUTERS/Ramadan Abed
Após quase uma semana de entrega de ajuda humanitária mediada por Israel na Faixa de Gaza, palestinos relataram caos, dificuldades e falta de dignidade para terem acesso a comida. "Se você é forte, consegue pegar. Se não for, não pega."
Segundo os palestinos, que enfrentam grave crise humanitária em Gaza, o cenário se repete nas entregas de alimentos realizadas pela GHF.
Na quinta-feira (29), palestinos em Rafah, no sul de Gaza, foram vistos carregando pacotes de alimentos próximo a um ponto de distribuição da GHF. Teve correria e cada um carregou o que conseguiu. No entanto, muita gente sai de mãos abanando.
Israel afirma que suas operações militares têm como alvo apenas integrantes do grupo terrorista Hamas e acusa o grupo de usar civis como escudo, alegação que o Hamas nega. A nova rodada de ajuda humanitária, criticada e ainda considerada insuficiente pela ONU, ocorre após bloqueio total de 11 semanas de entrada de suprimentos no território. O argumento israelense era que a ajuda chegava ao grupo terrorista.
Apoiada por Israel e por seu aliado Estados Unidos, a GHF disse que distribuiu cerca oito mil caixas de alimentos —o equivalente a 462 mil refeições— desde o início da semana, quando começou a atuar em Gaza sob a tutela israelense.
A Organização das Nações Unidas e outras entidades internacionais de ajuda humanitária boicotaram a fundação, argumentando que ela enfraquece o princípio de que a ajuda deve ser distribuída de forma independente das partes em conflito, com base nas necessidades da população.

Palestinos invadem centros de ajuda humanitária em Gaza em busca de comida
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, minimizou as críticas ao programa de ajuda, chamando-as de “reclamações sobre o estilo”.
Israel afirma que uma vantagem do novo sistema de distribuição é a possibilidade de fazer triagem dos beneficiários nos pontos designados, excluindo qualquer pessoa associada ao Hamas. Em guerra contra o grupo desde outubro de 2023, Israel acusa o Hamas de roubar suprimentos e usá-los para fortalecer sua posição — algo que o Hamas nega.
Israel iniciou sua campanha militar em Gaza em resposta ao ataque terrorista do Hamas contra comunidades do sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que matou cerca de 1.200 pessoas e resultou no sequestro de 251 pessoas levadas como reféns para Gaza, segundo números israelenses.
A ofensiva israelense já matou mais de 54 mil palestinos, segundo as autoridades de saúde de Gaza, e reduziu grande parte do enclave costeiro densamente povoado a escombros.

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5 meses atrás
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