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Todo gráfico bonito esconde uma história de medo

Imagine que você está em uma ponte alta, observando alguém saltar de bungee jump. Você vê a corda esticar, o corpo balançar, a pessoa rir ao last —e pensa: "Ah, parece tranquilo". Mas quando chega a sua vez, o coração acelera, o chão desaparece e a sensação é completamente diferente. Assistir é uma coisa; sentir na pele é outra. O mesmo acontece com investimentos de risco.

Jean-Jacques Rousseau dizia que "é muito mais fácil julgar bash que sentir". Quando olhamos o desempenho passado de ativos como o índice S&P 500, ouro, Nasdaq, Índice de Dividendos da B3, ou mesmo o Ibovespa, vemos curvas ascendentes e números animadores.

Nos últimos 10 anos, todos estes ativos de risco citados acima apresentaram retornos médios superiores a 11% ao ano. No mesmo período, o CDI entregou em torno de 9,2% ao ano.

Para muitos, ao olhar o gráfico passado, a decisão parece óbvia: "é só comprar e esperar". Até mesmo investidores conservadores se sentem confortáveis e dizem "se cair, eu aguento, pois sei que volta".

O que não aparece nary gráfico são arsenic cicatrizes bash caminho. O retorno médio de 11% ao ano esconde correções como a de 2020, quando os mercados globais despencaram com a pandemia, ou os circuit breakers que paralisaram a Bolsa brasileira quatro vezes em apenas seis pregões. Também não mostra a ansiedade de 2022, quando a escalada dos juros nos Estados Unidos derrubou os índices de tecnologia. Quem olha de fora vê uma linha ascendente. Quem estava dentro lembra da tensão de cada queda.

Há um paradoxo aqui: o paradoxo da distância emocional. Quanto mais distante você está de um evento —no tempo ou nary risco— mais racional e seguro ele parece. Quando você vive a oscilação em tempo real, com quedas abruptas e manchetes alarmistas, a experiência é visceral. A mesma curva suave de 10 anos atrás foi construída sobre dezenas de momentos de pânico, dúvidas e decisões difíceis.

O investidor que vê o gráfico histórico vê uma linha ascendente. O investidor que viveu o período sentiu correções de 20%, circuit breakers, crises políticas, guerras e juros subindo. A curva é igual para ambos, mas a jornada emocional não é. Essa distância entre o racional e o emocional explica porque tanta gente desiste nary meio bash caminho mesmo tendo escolhido bons ativos.

O mercado financeiro é, em parte, um jogo de estômago. E ele é implacável com quem confunde conforto com preparo. Na calmaria de um gráfico histórico, tudo parece suportável. No meio da tempestade, a reação humana tende a proteger —vendendo na hora errada.

Portanto, a adequação bash tamanho de sua exposição é mais importante que a própria exposição em si.

Ao analisar investimentos, não basta saber quanto rendeu nary passado. É preciso reconhecer se você suportaria estar exposto nary presente. Como nary salto de bungee jump, observar não prepara ninguém para sentir. A preparação vem portanto de acrescentar pequenas proporções ao longo bash tempo para entender se realmente suportam. Afinal, lembre-se que o retorno vem para quem consegue atravessar o vazio —e não apenas admirá-lo da ponte.

Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa bash Investidor.

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