Publicado 13.11.2023 00:01 Atualizado 13.11.2023 00:10
Tribunais de Contas fazem recomendações sobre transparência
A Atricon (Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil) emitiu na 4ª feira (8.nov.2023) nota em que recomenda aos Tribunais de Contas do país que adotem a linguagem simples e o direito visual em peças técnicas, como pareceres e decisões, e na comunicação institucional.
Segundo a entidade, a medida busca “facilitar a compreensão de informações e, assim, ampliar o acesso da sociedade a serviços públicos e estimular o exercício da cidadania e o controle social”. Eis a íntegra do documento (PDF – 188 kB).
O conselheiro do TCE-RS (Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul) e presidente da Atricon, Cezar Miola, afirmou ao Poder360 que a adoção da linguagem simples e o direito visual estão relacionados com a transparência pública. Segundo ele, a entidade procura, a partir dos Tribunais de Contas, “dar o exemplo”.
“É um avanço que nós queremos alcançar no sistema para dizer: ‘Precisamos nos comunicar melhor com a sua cidade'”, afirmou.
A Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil ainda recomendou que as Cortes de Contas do país passem a editar um documento, em versão simplificada, para divulgar “conteúdo essencialmente técnico-jurídico”. Outras duas recomendações também foram feitas. Eis abaixo:
- uso de QR Code (código de resposta rápida, em português) para veicular informações completares aos documentos; e
- implementação de ações para “institucionalizar, disseminar e incentivar” o uso da linguagem simples e do direito visual, como capacitações, guias e modelos.
Na documento, entidade afirmou que “a compreensão de relatórios de auditoria, pareceres, decisões, atos administrativos e comunicações em geral é fundamental para que o cidadão entenda a essencialidade do serviço prestado pelos órgãos de controle, contribuindo para a garantia de legitimidade, bem como ao exercício do controle social”.
Também foi mencionado o artigo 7 da lei 13.460 de 2017, –que estabelece, dentre outros pontos, a “utilização de linguagem simples e compreensível, evitando o uso de siglas, jargões e estrangeirismos”– e a Resolução 144 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que diz que a “utilização de linguagem simples deve prevalecer em todos os atos administrativos e judiciais”.
ENTENDA O QUE É DIREITO VISUAL
A compreensão mais ampla de termos e documentos jurídicos pela sociedade é uma preocupação de entidades da área do direito demonstrada pelo “legal design”. O conceito norte-americano, traduzido como “direito visual”, promove a utilização de recursos gráficos para facilitar o entendimento desses conteúdos.
A prática também fundamenta uma política pública no Ceará. Em dezembro de 2022, o Estado instituiu uma legislação pioneira com o objetivo de estabelecer uma linguagem mais simples em materiais informativos dos órgãos de administração estaduais. Eis a íntegra (643 KB) da lei.
“Todos os setores do mercado e da sociedade estão cada vez mais preocupados em oferecer uma melhor experiência para seus clientes e usuários. E na área jurídica não poderia ser diferente”, afirmou a advogada Mariana Moreno, presidente da Comissão de Legal Design e Visual Law da OAB-PB (Ordem dos Advogados do Brasil na Paraíba).
Moreno disse que o objetivo da proposta não se limita à estética e inclui, também, uma preocupação com o texto apresenta.
“Aquele documento cheio de termos rebuscados, com gigantescos blocos de texto corrido, escrito em termos técnicos, é transformado em algo para ser lido de forma agradável e, principalmente, que possa ser compreendido”, afirmou.

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)






:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)









Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro