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Trump ameaça processar a BBC em US$ 1 bilhão por ‘edição enganosa’ em documentário sobre ele

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou processar a BBC em US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões) por uma edição considerada enganosa em um documentário que alterou um discurso dele feito em 6 de janeiro de 2021. A emissora britânica pediu desculpas pelo ocorrido nesta segunda-feira (10), e dois jornalistas se demitiram.

A BBC foi alvo de críticas por conta do documentário do programa "Panorama", que foi exibido uma semana antes das eleições presidenciais de 2024. A atração trazia um discurso de Trump feito pouco antes de o Congresso declarar oficialmente a vitória de Joe Biden nas eleições de 2020.

  • À época, Trump se recusou a aceitar a derrota e questionou o resultado das eleições.
  • No dia 6 de janeiro de 2021, apoiadores dele invadiram o Capitólio para protestar contra o resultado das eleições.
  • Pouco antes, Trump discursou e disse: "Vamos caminhar até o Capitólio e vamos aplaudir nossos bravos senadores e congressistas".
  • No entanto, o documentário da BBC alterou o trecho para: "Vamos caminhar até o Capitólio... e eu estarei lá com vocês. E lutaremos. Lutaremos com todas as forças".
  • Os dois trechos do discurso de Trump foram editados, dando a impressão de se tratar de apenas uma frase. Mas cada trecho foi falado com um intervalo de mais de 50 minutos de diferença.

Veja os vídeos que estão em alta no g1

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O caso ganhou repercussão após o jornal britânico Telegraph revelar um documento interno da BBC que apontava distorções na edição. Ainda segundo a reportagem, os diretores da emissora negaram que a edição havia violado os padrões da empresa.

Em carta enviada à BBC, os advogados de Trump exigiram que a empresa publique uma retratação completa do documentário e de "quaisquer outras declarações falsas, difamatórias, depreciativas, enganosas e inflamadas" sobre Trump.

A defesa do presidente também exigiu que a empresa dê o mesmo destaque para a retratação quanto o dado à exibição do documentário, além de fazer um pedido público de desculpas.

Por fim, os advogados exigem que a empresa indenize Trump pelos danos causados até o dia 14 de novembro, sob pena do ajuizamento de uma ação no valor de US$ 1 bilhão.

Sede da BBC em Londres. — Foto: Reuters

Nesta segunda-feira, o presidente da BBC, Samir Shah, pediu desculpas pelo episódio em uma carta enviada à presidente da Comissão Parlamentar de Cultura, Mídia e Esportes do Reino Unido.

"Reconhecemos que a forma como o discurso foi editado deu a impressão de um apelo direto à violência. A BBC deseja pedir desculpas por este erro de julgamento", escreveu.

O presidente da emissora também prometeu reforçar a supervisão das diretrizes editoriais do grupo.

No domingo (9), o diretor-geral da BBC, Tim Davie, e a chefe da BBC News, Deborah Turness, anunciaram que tinham pedido demissão.

Já o governo britânico disse que apoia a BBC, afirmando que a emissora tem um papel importante contra a desinformação, mas exigiu que a empresa "mantenha a alta qualidade" e corrija seus erros rapidamente.

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