Os memorandos são menos formais que os decretos que Trump tem usado para regulamentar seu "tarifaço" contra parceiros comerciais, mas ainda direcionam ações governamentais.
Desta vez não há uma tarifa específica, para países específicos, mas uma orientação geral de reciprocidade aos países que impõem dificuldades ao comércio com os EUA.
Chamado de "Plano Justo e Recíproco", o memorando buscará "corrigir desequilíbrios de longa data no comércio internacional e garantir justiça em todos os aspectos".
Entre os exemplos para a política de tarifas recíprocas, o governo dos EUA cita o etanol brasileiro:
Além do Brasil, o comunicado da Casa Branca diz que a União Europeia pode exportar mariscos aos EUA, mas proíbe exportações de mariscos de 48 estados americanos. E afirma também que a UE impõe uma tarifa de 10% sobre carros importados, enquanto os EUA cobram apenas 2,5%.
As tarifas não entram em vigor imediatamente, pois a equipe de comércio de Trump ainda estuda as relações bilaterais dos EUA.
Desde a campanha, o presidente tem indicado que quer favorecer e dar prioridade à atividade doméstica dos EUA, limitando a concorrência estrangeira.
Também na segunda, ele prometeu o anúncio de tarifas recíprocas ao longo da semana e adicionou que estuda taxas separadas para carros, semicondutores e produtos farmacêuticos.

Julia Duailibi comenta quais são as possibilidades de reação do governo brasileiro diante da taxação de Trump
Economistas estão preocupados que o “tarifaço” de Trump possa causar uma guerra comercial de grande escala, desajustando a economia global. O principal impacto seria na inflação americana, já que as tarifas aumentam o preço dos insumos básicos e espalham reajustes ao longo da cadeia produtiva. (saiba mais abaixo)
Com a inflação mais malta, o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, pode ter mais dificuldade de levar a inflação para a meta de 2%. O índice de preços ao consumidor, inclusive, voltou para a casa dos 3% em janeiro, com alta mensal de 0,5%.
Esse resultado diminui as chances de um novo corte nos juros dos EUA neste ano, que estão na faixa de 4,25% a 4,50%. O cenário afeta o Brasil (e o mundo) porque uma taxa mais alta faz os títulos públicos americanos renderem mais. Isso atrai investidores, que levam recursos para os EUA, valorizando o dólar frente a outras moedas.
Por isso, apesar do potencial inflacionário, parte do mercado entende que as medidas de Trump podem ser revertidas antes que algo pior aconteça.

Governo e indústria querem entender medidas de Trump antes de reagir
Segundo Trump, a aplicação de tarifas visa lidar com déficits comerciais e problemas nas fronteiras, como a travessia de migrantes sem documentos e o tráfico de fentanil. Ele também afirmou que irá impor taxas sobre a União Europeia, mas não detalhou a alíquota ou quando isso acontecerá.
Enquanto Trump não havia adotado medidas concretas de taxação, os reflexos eram positivos nos mercados emergentes, incluindo o Brasil.
Medidas como o aumento de tarifas de importação e a política anti-imigração de Trump podem gerar mais inflação nos EUA. Além disso, a renúncia de impostos para favorecer as empresas norte-americanas é vista como um risco para as contas públicas do país.
Esses fatores indicam que o Fed terá mais dificuldade de controlar os preços, mantendo os juros elevados no país. As taxas mais altas mudam todo o fluxo de investimentos no mundo, já que os agentes econômicos priorizam os títulos públicos americanos (Treasuries) e o dólar.
No Brasil, a fuga de capital e a consequente valorização da moeda americana podem levar o Banco Central (BC) a elevar a taxa Selic, impactando negativamente a atividade econômica brasileira. Além disso, o Brasil também pode ser afetado por uma desaceleração da economia chinesa caso Trump confirme taxações elevadas contra os asiáticos.
Outro reflexo para o Brasil é o aumento de oferta de produtos chineses. Com os EUA importando menos do país, itens manufaturados asiáticos (com preços muito mais baixos) tendem a buscar outros mercados.

Governo segue estudando respostas possíveis à taxação do aço e do alumínio pelos EUA

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8 meses atrás
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