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Trump divulga vídeo de novo ataque letal a embarcação e afirma que ela pertencia ao narcotráfico

Em um post em sua rede Truth Social, o republicano afirmou que a Inteligência dos EUA confirmou que o barco estava carregado de drogas e que três homens morreram.

"Por ordem minha, o Secretário da Guerra ordenou um ataque cinético letal a uma embarcação afiliada a uma organização terrorista que realizava narcotráfico na área de responsabilidade do Comando Sul dos Estados Unidos. A Inteligência confirmou que a embarcação traficava narcóticos ilícitos e transitava por uma passagem conhecida pelo narcotráfico, a caminho de envenenar americanos. O ataque matou três narcoterroristas do sexo masculino a bordo da embarcação, que se encontrava em águas internacionais. Nenhum membro das Forças Armadas dos EUA foi ferido neste ataque", escreveu.

Trump não especificou de onde o navio partiu ou onde exatamente o ataque ocorreu. O Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM) é o comando de combate militar dos EUA que abrange 31 países da América do Sul e Central e do Caribe.

Explosão de barco em ataque dos EUA — Foto: Truth Social / Reprodução

Em comunicado divulgado para a imprensa, o procurador-geral do país, Tarek William Saab, qualifica os ataques como "crimes contra a humanidade" cometidos pelos EUA e afirma que as vítimas, que o governo americano afirma serem narcotraficantes, eram apenas pescadores.

"O uso de mísseis e armas nucleares para assassinar, em série, pescadores indefesos em uma pequena lancha são crimes contra a humanidade que devem ser investigados pela ONU", declarou Saab, citado em um comunicado de imprensa.

Tarek William Saab, procurador-geral da Venezuela — Foto: Federico Parra/AFP

Na rede social X, o chanceler venezuelano Yván Gil afirmou que pedido do país ao Conselho de Segurança da ONU é para que se exija o fim imediato das ações militares dos Estados Unidos no mar do Caribe:

"Os próprios oficiais dos Estados Unidos asseguram que essas ações resultaram em assassinatos extrajudiciais de civis, com a intenção de semear terror em nossos pescadores e em nosso povo. É fundamental que se respeite a soberania política e territorial da Venezuela e de toda a região caribenha".

Há algumas semanas, ele já havia convocado voluntários da milícia, um corpo formado por civis, para treinar nos quartéis. Maduro acusa Washington de planejar uma invasão após a decisão de enviar navios de guerra ao Caribe.

"No próximo sábado, 20 de setembro, os quartéis, a Força Armada Bolivariana, vão até o povo, vão às comunidades, para colocá-los para revisar, para ensinar a todos os que se alistaram, homens e mulheres, no manuseio do sistema de armas. Vai ser a primeira vez que os quartéis com suas armas e soldados vão até o povo, às comunidades", afirmou Maduro em um evento oficial transmitido pelo canal estatal VTV.

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Na quarta-feira (17), a Força Armada Nacional venezuelana também deu início a três dias de exercícios militares na ilha caribenha de La Orchila, a 65 km do continente. É a mobilização militar mais ostensiva determinada por Maduro desde que os EUA enviaram uma frota ao Caribe, no mês passado, sob o argumento de combater o narcotráfico.

Washington acusa Maduro de ligação com o narcotráfico e oferece recompensa de US$ 50 milhões (cerca de R$ 265 milhões) por sua captura. Os EUA e as principais democracias da América e da União Europeia não reconhecem o líder chavista como presidente.

Nas últimas semanas, os EUA enviaram uma série de navios de guerra para o sul do Caribe - ao menos sete navios e um submarino nuclear -, além de caças F-35 que estão em Porto Rico para apoiar a frota.

Ataque dos EUA a mais um barco — Foto: Truth Social / Reprodução

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