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Trump diz que novo acordo comercial com a China 'é possível'

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na quarta-feira que "é possível" um novo acordo comercial com a China. O republicano afirmou, ainda, que esperava que o presidente chinês, Xi Jinping, visitasse o país norte-americano, mas não deu um cronograma de sua viagem.

"Teremos, no final das contas, presidente Xi e todo mundo vindo [para os Estados Unidos]", afirmou Trump enquanto comentava sobre a possibilidade de outros líderes visitarem o país. O republicano falou a jornalistas enquanto estava a bordo do Air Force One — avião que transporta o presidente dos EUA.

A última vez que Xi Jinping viajou aos Estados Unidos foi em novembro de 2023, quando fez sua 5ª visita ao país como presidente da China. Na época, o chefe de Estado chinês teria ido aos EUA para uma cúpula com o então presidente norte-americano, Joe Biden. O encontro resultou em acordos para retomar as comunicações militares e conter a produção de fentanil.

Trump e Xi haviam conversado pouco antes de Trump assumir o cargo, em 20 de janeiro. Na época, discutiram questões como TikTok, comércio e Taiwan.

Na véspera, Trump afirmou que estava conversando com a China sobre o TikTok, em um momento em que os Estados Unidos buscam intermediar a venda do aplicativo, que é da empresa chinesa ByteDance.

Washington e Pequim têm relações tensas há anos por diferenças que vão desde tarifas comerciais e segurança cibernética, até TikTok, Taiwan, Hong Kong, direitos humanos e as origens da Covid-19.

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México, Canadá, UE e China: entenda por que ‘tarifaço’ de Trump não chegou ao Brasil

Desde o início do seu mandato, o novo presidente dos EUA tem anunciado uma série de tarifas a vários de seus parceiros comerciais.

Trump disse que estava pensando em uma tarifa de 25% sobre madeira e produtos florestais, que entraria em vigor por volta de 2 de abril, quando se espera uma tarifa sobre automóveis de aproximadamente o mesmo valor.

Segundo Trump, a aplicação de tarifas visa lidar com déficits comerciais e problemas nas fronteiras, como a travessia de migrantes sem documentos e o tráfico de fentanil. Ele também afirmou que irá impor taxas sobre a União Europeia, mas não detalhou a alíquota ou quando isso acontecerá.

Enquanto Trump não havia adotado medidas concretas de taxação, os reflexos eram positivos nos mercados emergentes, incluindo o Brasil.

Medidas como o aumento de tarifas de importação e a política anti-imigração de Trump podem gerar mais inflação nos EUA. Além disso, a renúncia de impostos para favorecer as empresas norte-americanas é vista como um risco para as contas públicas do país.

Esses fatores indicam que o Fed terá mais dificuldade de controlar os preços, mantendo os juros elevados no país. As taxas mais altas mudam todo o fluxo de investimentos no mundo, já que os agentes econômicos priorizam os títulos públicos americanos (as treasuries) e o dólar.

No Brasil, a fuga de capital e a consequente valorização da moeda americana podem levar o Banco Central do Brasil (BC) a elevar a taxa Selic, impactando negativamente a atividade econômica brasileira. Além disso, o Brasil também pode ser afetado por uma desaceleração da economia chinesa caso Trump confirme taxações elevadas contra os asiáticos.

Outro reflexo para o Brasil é o aumento de oferta de produtos chineses. Com os EUA importando menos do país, itens manufaturados asiáticos (com preços muito mais baixos) tendem a buscar outros mercados.

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