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Trump diz que vai demitir alguns agentes do FBI que investigaram ataques de 6 de janeiro

No fim de janeiro, a Procuradoria-Geral dos Estados Unidos ordenou que o FBI entregasse uma lista com todos os funcionários da agência que participaram da investigação do ataque. Cerca de 6 mil agentes teriam trabalhado no caso.

A relação acabou sendo entregue pelo FBI mesmo assim, segundo a agência Reuters. O procurador-geral adjunto interino, Emil Bove, chegou a afirmar que os agentes que trabalharam na investigação do ataque de 6 de janeiro não corriam risco de demissão ou outras punições.

"Os únicos indivíduos que devem se preocupar são aqueles que agiram com intenção corrupta ou partidária", afirmou.

O governo dos Estados Unidos declarou que não tornará pública a lista com os nomes dos agentes enquanto o processo movido pelos funcionários do FBI estiver em andamento na Justiça.

Apoiadores radicais de Trump invadiram o Congresso americano em 6 de janeiro de 2021 para interromper a certificação do presidente eleito, o democrata Joe Biden — Foto: Reuters

Em 6 de janeiro de 2021, centenas de apoiadores de Trump invadiram o Capitólio na tentativa de impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020. Cinco pessoas morreram, e cerca de 140 policiais foram agredidos durante o ataque.

Mesmo antes da divulgação da lista, alguns funcionários do FBI já vinham sendo perseguidos na internet por meio de campanhas promovidas pelos próprios investigados pelos ataques de 6 de janeiro de 2021. Um deles é Shane Jenkins, condenado a sete anos de prisão por atirar objetos contra policiais e quebrar uma janela do Capitólio com um machado.

"Aqui estão os meus promotores. Vamos garantir que essas pessoas sejam demitidas!", escreveu Jenkins, nomeando o agente do FBI responsável pelo seu caso, assim como o juiz.

Os pedidos de retaliação ocorrem em meio a um aumento nas ameaças e na violência política, incluindo dezenas de mensagens intimidadoras enviadas a juízes e promotores envolvidos em processos contra Trump.

A agência Reuters identificou mais de 300 casos de violência política nos quatro anos desde o ataque ao Capitólio, incluindo pelo menos 25 agressões fatais que resultaram em 46 vítimas.

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