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Trump fala sobre prisão de estudante da Universidade de Columbia: 'Primeira de muitas que virão'

A prisão de Mahmoud Khalil, do curso de Relações Internacionais e Públicas da universidade, em sua residência universitária, foi anunciada pelo sindicato Student Workers of Columbia em um comunicado e confirmada pelo presidente americano, Donald Trump, em um post nesta segunda-feira (10).

"Esta é a primeira prisão de muitas que virão. Sabemos que há mais estudantes na Columbia e em outras universidades pelo país que se envolveram em atividades pró-terroristas, antissemitas e antiamericanas, e a Administração Trump não tolerará isso. Muitos não são estudantes, são agitadores pagos. Encontraremos, apreenderemos e deportaremos esses simpatizantes terroristas do nosso país — para nunca mais retornarem", disse Trump em uma publicação no Truth Social.

A esposa de Mahmoud é cidadã dos EUA e está grávida de oito meses, de acordo com a imprensa. Ele tem um green card de residência permanente nos EUA.

Em uma entrevista à agência de notícias Reuters, horas antes de sua prisão no sábado, o estudante disse estar preocupado em estar sendo alvo do governo por falar com a mídia e comentou as críticas de Trump aos manifestantes estudantis.

Sua prisão foi condenada por grupos de direitos civis como um ataque às liberdades civis. Houve protestos no campus da Columbia, em Nova York nesta segunda-feira.

Manifestante pede que estudante seja solto após prisão na Universidade de Columbia — Foto: REUTERS/Shannon Stapleton

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, também falou sobre a prisão nas redes sociais, mas sem dar detalhes, e afirmou:

"Revogaremos os vistos e/ou green cards de apoiadores do Hamas na América para que eles possam ser deportados".

Os porta-vozes de Rubio não responderam às perguntas enviadas pela Reuters.

Mahmoud foi acusado de má conduta apenas algumas semanas antes de sua formatura.

“Tenho cerca de 13 alegações contra mim, a maioria delas são postagens de mídia social com as quais não tive nada a ver. Eles só querem mostrar ao Congresso e aos políticos de direita que estão fazendo alguma coisa, independentemente do que está em jogo para os estudantes. É principalmente um escritório para esfriar o discurso pró-Palestina", disse.

Cancelamento de bolsas e investigações

Faixa colocada em acampamento na Universidade de Columbia, em Nova York, manifesta solidariedade aos palestinos de Gaza — Foto: Stefan Jeremiah/AP

A universidade que, no ano passado, esteve no centro dos protestos universitários nos quais os manifestantes exigiam o fim do apoio dos EUA a Israel devido às mortes de civis e à crise humanitária causada pelo ataque israelense a Gaza, perdeu um total de US$ 400 milhões em financiamento - o equivalente a R$ 2,3 bilhões.

Nesta quinta-feira (6), a agência de notícias Associated Press já havia noticiado que estudantes da Columbia que fizeram críticas a Israel e participaram de manifestações pró-Palestina estão sendo alvo de investigação.

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