A Ucrânia acusou a Rússia de ter realizado "um ataque massivo de informação e psicológico" contra o país após disseminar um falso alerta, supostamente da inteligência militar ucraniana, sobre um iminente bombardeio em massa nesta quarta-feira (20), afirmou a principal agência de espionagem de Kiev.
Entre as medidas tomadas, a embaixada norte-americana emitiu alerta para cidadãos americanos que vivem na Ucrânia orientando a identificar locais de abrigos e seguir a mídia local para atualizações.
A embaixada francesa emitiu alerta para seus funcionários e a alemã está operando com capacidade limitada.
A Rússia alertava o Ocidente há meses de que, se os EUA permitissem que a Ucrânia disparasse mísseis americanos, do Reino Unido e da França no território russo, Moscou os consideraria como diretamente envolvidos na guerra na Ucrânia.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse em outubro que responderia aos ataques da Ucrânia com armas feitas nos EUA.
Civil caminha na frente da embaixada dos EUA na Ucrânia — Foto: Valentyn Ogirenko/REUTERS
EUA autorizam uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia — Foto: Imagem: Reprodução/TV Globo
O Ministério da Defesa russo afirmou que Kiev lançou seis mísseis ATACMS em direção a Bryansk, região no sudoeste da Rússia e perto da fronteira com a Ucrânia, durante a madrugada da terça-feira (19).
Ainda segundo o ministério, cinco mísseis foram interceptados e o sexto, parcialmente destruído. Apenas alguns destroços de um dos artefatos caíram perto de uma área do Exército, causando um incêndio sem danos estruturais. Também não houve vítimas, completou a pasta.
Fontes do governo dos Estados Unidos e do Exército ucraniano confirmaram o ataque com os mísseis ATACMS à agência de notícias Reuters. É praxe de Kiev não se pronunciar em acusações de ataques em território russo.
Também na terça-feira, a guerra da Ucrânia completou 1.000 dias sem nenhuma perspectiva de fim — não há negociações de paz em andamento, e a situação no front de guerra está estancada. Atualmente, militares russos controlam cerca de 20% do território ucraniano, mas não conseguem avançar.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, lançou recentemente um plano para expulsar de vez as tropas russas, mas não deixou claro como vai implementá-lo.
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