5 meses atrás 6

Um mês sem papa Francisco: Leão XIV faz homenagem ao antecessor em missa

“Renovo meu apelo para que seja permitida a entrada de uma ajuda humanitária justa e para que se ponha fim às hostilidades, cujo alto preço é pago por crianças, idosos e doentes”, disse o papa durante sua audiência geral semanal na Praça de São Pedro.

O apelo do papa coincidiu com as denúncias feitas pela ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) contra Israel, país que acusou de limitar-se a deixar entrar em Gaza uma ajuda "ridiculamente insuficiente", apenas para "evitar a acusação de que está matando de fome as pessoas" na Faixa.

Segundo a ONU, nenhuma assistência havia sido distribuída aos palestinos até o início desta quarta-feira, contradizendo falas israelenses de que o bloqueio de 11 semanas a Gaza havia terminado. Ao mesmo tempo, o organismo bilateral disse que cinco caminhões conseguiram entrar no território na segunda-feira.

O diretor de ajuda humanitária da ONU, Tom Fletcher, disse à rede britânica "BBC" nesta terça-feira que a ajuda humanitária permitida a entrar em Gaza até o momento é "uma gota em um oceano". Segundo a ONU, a população de cerca de 2,3 milhões de palestinos no território precisa de pelo menos 500 caminhões de suprimentos por dia, entre ajuda humanitária e bens comerciais.

Caminhões carregando ajuda humanitária parados no lado israelense da passagem de Kerem Shalom, na fronteira com a Faixa de Gaza, em 20 de maio de 2025. — Foto: REUTERS/Amir Cohen

A Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA, em inglês) afirmou nesta quarta-feira que suprimentos em um de seus complexos, localizado a três horas de Gaza, estão parados à espera de liberação para entrada no território.

"As pessoas em Gaza precisam de tudo. Os suprimentos precisam entrar. Agora", afirmou a agência, que diz ter alimentos para 200 mil pessoas, medicamentos para 1,6 milhão, cobertores, kits de higiene e materiais escolares.

Papa Leão XIV abençoa criança durante primeira audiência geral de seu papado na Praça de São Pedro em 21 de maio de 2025. — Foto: REUTERS/Yara Nardi

Robert Prevost, eleito papa Leão XIV em 8 de maio, advoga pela paz e já mencionou a situação em Gaza diversas vezes nas primeiras semanas de seu pontificado, além de outros conflitos notórios, como a guerra na Ucrânia.

Em sua primeira mensagem de domingo, em 11 de maio, o novo papa pediu um cessar-fogo imediato e a libertação de todos os reféns israelenses mantidos pelo grupo terrorista palestino Hamas.

Israel afirma que planeja intensificar as operações militares contra o Hamas e controlar toda a Faixa de Gaza, que vem sendo devastada por uma guerra aérea e terrestre israelense desde o ataque transfronteiriço do Hamas a comunidades israelenses em outubro de 2023.

Israel também declarou que o bloqueio tem como objetivo, em parte, impedir que militantes palestinos desviem e se apoderem de suprimentos de ajuda humanitária. O Hamas nega essa prática.

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro