Apelidada de "Morte Digna" e promovida pela Frente Ampla, coalizão de partidos de esquerda governante, a iniciativa descriminaliza a morte assistida sob certas condições. (Leia mais abaixo)
A Câmara dos Deputados a aprovou preliminarmente em agosto e, no Senado, a Frente Ampla contava com a maioria necessária para transformá-la em lei. Agora, o projeto de lei vai para sanção ou veto do presidente uruguaio, Yamandú Orsi —ele já manifestou apoio ao projeto anteriormente.
Detalhes do projeto ainda estão pendentes de regulamentação. O texto, em diferentes formatos, é objeto de discussão há mais de uma década no Uruguai e conta com a aprovação da maioria da população, segundo pesquisas.
A Frente Ampla considerou o tema uma das 15 prioridades legislativas do ano de 2025.
O paciente também deve passar por várias etapas antes de deixar seus desejos por escrito e na presença de testemunhas.
Com a aprovação, o Uruguai se junta a um pequeno grupo de países que permitem o procedimento, que inclui Canadá, Países Baixos, Nova Zelândia e Espanha. Na América Latina, a Colômbia descriminalizou a eutanásia em 1997 e o Equador aderiu no ano passado.

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Beatriz Gelós, de 71 anos, é uma das primeiras candidatas à eutanásia. Ela convive com a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma doença neurodegenerativa que causa paralisia muscular progressiva até levar à morte, desde os 52 anos.
Em uma cadeira de rodas e com a voz embargada, ela está confiante de que "chegou a hora" de encerrar o debate.
Uruguaia Beatriz Gelos, de 71 anos, sofre de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) há mais de 20 anos. — Foto: Eitan Abramovich/AFP
E para aqueles que se opõem à eutanásia, ela diz: "Vocês não têm ideia de como é viver assim".
Amante da leitura, fiel ao seu passado como professora e avó de duas crianças pequenas, ela quer "ter a opção" de dizer chega.
Para a ativista Florencia Salgueiro, do grupo Empathy, a chave para a regulamentação é o respeito ao desejo do adulto de acabar com seu sofrimento.
Florencia testemunhou a luta de seu pai para receber assistência para acabar com a própria vida quando a ELA tornou seus dias insuportáveis.
Pablo Salgueiro morreu aos 57 anos sem realizar seu desejo.
Os defensores do projeto de lei afirmam que sua redação oferece garantias e representa a história de um país acostumado a aprovar leis liberais, como a regulamentação do mercado da cannabis, o casamento homoafetivo e o aborto.
Segundo uma pesquisa apresentada em maio pela consultoria Cifra, 62% dos uruguaios são favoráveis à legalização da eutanásia e apenas 24% se opõem ao projeto.
A Igreja Católica expressou "tristeza" com a votação positiva na Câmara dos Deputados. A resistência ao projeto de lei se estendeu para além dos círculos religiosos. Mais de uma dúzia de organizações e dezenas de indivíduos rejeitaram o projeto por considerá-lo "deficiente e perigoso".
"As pessoas mais vulneráveis estão sendo deixadas desprotegidas", disse Marcela Pérez Pascual, uma das signatárias da carta, à AFP.

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2 semanas atrás
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