A possível alienação da Braskem abre a possibilidade que novos empreendimentos sejam desenvolvidos no Polo Petroquímico de Triunfo. O empresário Nelson Tanure, através do fundo Petroquímica Verde, fez uma proposta a Novonor para adquirir o controle da principal empresa do complexo gaúcho e do setor no País.
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A possível alienação da Braskem abre a possibilidade que novos empreendimentos sejam desenvolvidos no Polo Petroquímico de Triunfo. O empresário Nelson Tanure, através do fundo Petroquímica Verde, fez uma proposta a Novonor para adquirir o controle da principal empresa do complexo gaúcho e do setor no País.
O diretor da MaxiQuim Assessoria de Mercado, João Luiz Zuñeda, argumenta que, se a transação se concretizar, com um horizonte a longo prazo mais claro, será mais fácil tomar as decisões de investimentos no Polo de Triunfo. Ele frisa que a demora na definição de um novo controlador da Braskem acaba impactando na retomada de aportes e, particularmente, no crescimento do Polo Petroquímico de Triunfo.
O consultor argumenta que para realizar expansões ou novas plantas é necessário desenvolver projetos de viabilidade e buscar financiamentos e para isso ocorrer é importante ter previsibilidade. “Grandes saltos de investimento ficam dificultados quando não se tem isso”, reforça Zuñeda. Conforme a Braskem, os investimentos da empresa no Estado totalizaram cerca de R$ 5,7 bilhões nos últimos 12 anos.
Sobre o perfil de Tanure, Zuñeda destaca que se trata de um empresário que, usualmente, busca negócios em dificuldade. Nesse sentido, a Braskem fechou o primeiro trimestre deste ano com uma dívida líquida de cerca de US$ 6,6 bilhões. O presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast-RS), Alfredo Schmitt, acrescenta que Tanure é um empresário experiente, tendo atuado em diversos segmentos como energia, telefonia e petróleo, e que gosta de pegar empresas em situações “não muito boas para tentar administrar ao seu modo para depois vender e fazer lucro”.
Schmitt recorda que as plantas que existem no polo gaúcho são relativamente modernas e tem a nafta como principal matéria-prima básica. “Talvez ele (Tanure, em caso de uma eventual compra da Braskem) queira incentivar algum outro tipo de modelo que buscasse trazer gás natural ou etano, alguma coisa do gênero para poder melhorar os custos”, comenta o representante do Sinplast-RS. Mas, o dirigente reforça que uma ação nessa direção envolve muito dinheiro e é difícil prever se estaria no escopo de risco que o empresário aceitaria.
A negociação da Braskem também diz respeito diretamente à Petrobras, segunda maior acionista da companhia petroquímica logo atrás da Novonor. Indagada sobre o tema por jornalistas, a presidente da estatal, Magda Chambriard, disse que a Braskem é um ativo muito importante para a empresa e que a petroleira não largará "de jeito nenhum" a petroquímica. Quanto à questão societária, Magda reconhece que há um problema e que a oferta do empresário Nelson Tanure pela Braskem "vem na direção dessa solução".
“O máximo que eu posso dizer para vocês é que eu espero que qualquer que seja a solução, que dê certo, que terá o apoio da Petrobras, e que nós vamos sim restaurar a petroquímica no Brasil e botar a petroquímica do Brasil no patamar que ela merece", declarou Magda. Perguntada se a Petrobras poderia aumentar sua participação acionária na Braskem, Magda respondeu que "por enquanto, vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos".

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