No vídeo, imagens mostram grandes clarões seguidos de uma explosão, que seriam os artefatos (veja vídeo acima). As imagens foram divulgadas pelo vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medevedev, também ex-presidente do país e forte aliado de Putin.
Vladimir Putin discursa durante evento em Sochi, em 7 de novembro de 2024 — Foto: Maxim Shipenkov via Reuters
Esse míssil ainda é considerado experimental. Até quinta-feira, não se sabia que a Rússia possuía essa arma.
O presidente russo, Vladimir Putin, explicou que se trata de um míssil balístico de "alcance médio", o que implica que pode atingir alvos em uma distância de 3.000 a 5.500 km.
De acordo com Putin, o disparo foi um teste em condições de combate, o que significa que o projétil ainda está em fase de desenvolvimento.
Cerca de 1.000 km separam a região russa de Astrakhan, de onde o míssil foi disparado, segundo Kiev, e a fábrica de mísseis Pivdenmach em Dnipro, no centro-leste da Ucrânia, que foi atingida.
Ameaça aos EUA e à Europa
Rússia testa, na Ucrânia, novo míssil projetado para ataques nucleares
"Oreshnik" não se enquadra na categoria de mísseis intercontinentais (que podem atingir alvos a mais de 5.500 km), mas, se disparado a partir do extremo leste russo, poderia atingir a costa oeste dos Estados Unidos.
"Oreshnik [também] pode ameaçar quase toda a Europa", afirmou Pavel Podvig, pesquisador do Instituto das Nações Unidas para Pesquisa sobre Desarmamento (Unidir) em Genebra, em entrevista ao veículo Ostorozhno Novosti.
Mas, em 2019, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou Washington do pacto, acusando Moscou de violá-lo e abrindo caminho para uma nova corrida armamentista.
O "Oreshnik" também estaria equipado com cargas de manobra no ar, o que aumentaria ainda mais a dificuldade de interceptação.
Um vídeo do disparo russo, divulgado nas redes sociais, mostrou seis potentes clarões sucessivos que caíram do céu no momento do ataque. Segundo os especialistas, isso demonstra que o míssil transportava pelo menos seis cargas.
Essa entrada múltipla consiste em equipar um míssil com várias ogivas, nucleares ou convencionais, que seguem, cada uma, uma trajetória independente quando entram na atmosfera.
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