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‘A Gerdau tem mais resultados financeiros aqui nos EUA do que no Brasil’, aponta CEO

De Nova York (EUA)

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De Nova York (EUA)

Presente nos debates realizados nesta terça-feira (13) durante o Lide Brazil Investment Fórum, evento anual do Lide promovido em Nova York durante a Brazilian Week, o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, abordou as dificuldades de operação no Brasil devido a questões como a carga tributária, a relação comercial Brasil-Estados Unidos, a taxação do governo Donald Trump sobre a produção global e apontou a falta de oportunidade para que os empresários, que sofrem as consequências diretas das medidas tarifárias norte-americanas, sejam ouvidos. Segundo ele, embora a companhia de origem gaúcha tenha bom trânsito no mercado dos EUA, onde atua há mais de quatro décadas, “ao longo do tempo, essa relação tem trazido benefícios, mas tem trazido também bastante dificuldades”.

“Queria agradecer (ao evento) por dar voz aqui aos empresários, porque de certa forma, boa parte das consequências daquilo que é dito, que é debatido, que é prometido aqui, somos nós que sofremos ou usufruímos ao longo do tempo. De certa forma, nós da Gerdau temos uma posição talvez privilegiada, porque a gente vem fomentando e desenvolvendo essa relação Brasil-Estados Unidos durante muitos anos, a gente produz aço localmente aqui nos Estados Unidos há mais de 40, estamos há 30 anos listados na Bolsa de Valores de Nova York, o que nos dá um selo de qualidade de empresas como a nossa, que estão há tantos anos operando aqui na América do Norte, e queria dizer que essa relação ao longo do tempo, ela tem trazido benefícios, mas tem trazido também bastante dificuldades”, apontou.

Ele exemplificou, dizendo que acompanha a semana do Brasil em Nova York há 10 anos consecutivos, mas que há poucos eventos realmente dedicados a explicar o Brasil aos investidores. “Hoje no free float (percentual de ações de uma empresa que estão disponíveis para livre negociação na Bolsa de Valores) da Gerdau, 70% das ações estão na mão de grandes investidores institucionais estrangeiros, boa parte aqui nos Estados Unidos. Eu me lembro que há 10 anos atrás, eu dedicava 10 minutos do meu tempo nessas reuniões para explicar o Brasil. Hoje eu fico 30 e não consigo, né? Então, fóruns como esse, e termos aqui os governadores, autoridades, nos ajudando a explicar o Brasil, a criar segurança, me ajuda a poder dedicar mais do meu tempo a poder falar sobre a nossa empresa, sobre os nossos investimentos, sobre o nosso futuro”, disse.

Entre os principais empecilhos para as empresas brasileiras crescerem e se desenvolverem ele destacou a alta carga tributária, que prejudica a captação de investimentos estrangeiros. “É importante também que a gente venha aqui e entenda um pouco das dificuldades que temos como empresa brasileira, como se compara com os Estados Unidos. A reforma tributária, a gente conseguiu sair de três pessoas que cuidam da área tributária dos Estados Unidos na Gerdau para duas, enquanto no Brasil nós temos 123. Então, a importância da reforma tributária é fundamental”, reforçou.

Werneck apontou ainda que a Gerdau, com 125 anos de história na indústria nacional, atualmente tem mais retorno exatamente no mercado norte-americano do que no Brasil. “Atualmente, temos mais resultados financeiros da Gerdau aqui nos Estados Unidos do que no Brasil, o que é um contrassenso”, concluiu.

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