8 meses atrás 31

Abimaq projeta vendas em baixa na Expodireto Cotrijal

Pelo menos nesse início de ano, o Rio Grande do Sul não deve refletir a performance positiva na comercialização de máquinas e implementos agrícolas verificada em janeiro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento nas vendas nacionais foi de 23,3%. Mas a forte estiagem que atinge o Estado deve ter impacto negativo sobre os negócios durante a Expodireto Cotrijal, disse nesta quarta-feira (26) o presidente da comissão setorial de máquinas agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão.

Continue sua leitura, escolha seu plano agora!

Pelo menos nesse início de ano, o Rio Grande do Sul não deve refletir a performance positiva na comercialização de máquinas e implementos agrícolas verificada em janeiro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento nas vendas nacionais foi de 23,3%. Mas a forte estiagem que atinge o Estado deve ter impacto negativo sobre os negócios durante a Expodireto Cotrijal, disse nesta quarta-feira (26) o presidente da comissão setorial de máquinas agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão.

A feira, que ocorre de 10 a 14 de março, em Não-Me-Toque, terá pela frente o desafio de repetir os R$ 7,9 bilhões comercializados no ano passado.

“O Rio Grande do Sul já vem de três safras frustradas em sucessão, por seca ou pelas enchentes do ano passado. Tanto que os produtores rurais estão em campanha pela securitização das dívidas. Além disso, os recursos do Moder Frota já deverão estar esgotados até lá. Apenas pelo Pronaf ainda poderá haver dinheiro para financiar aquisições. Então, isso deve pesar sobre os negócios na feira, ao contrário da tendência que verificamos para os eventos do setor em outras regiões do País”, observou o dirigente.

Segundo ele, no Show Rural Copavel, realizado de 9 a 13 de fevereiro em Cascavel (PR), o que se verificou foi um aumento de 5,9% nas intenções de compra. E as feiras agendadas para as regiões Sudeste e Centro-Oeste, como a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), e a Tecnoshow, em Rio Verde (GO), de 7 a 11 de abril, geram expectativa positiva.

Exceto pelo Rio Grande do Sul, as condições de clima e de valorização de commodities importantes são favoráveis. Café e laranja estão com preços excepcionais. Cana-de-açúcar está com preço bom. E isso deve dar liberdade aos produtores que pretendem investir em equipamentos mais tecnificados”, acrescentou.

Em janeiro, a venda total de tratores e colheitadeiras foi de 3.536 unidades, com um faturamento de R$ 4,2 bilhões. Desempenho 5,5% menor que dezembro, mas 23,3% maior que janeiro de 2024.

A Abimaq vislumbra um crescimento de 8,2% nas vendas de máquinas e equipamentos agrícolas até o final do ano no Brasil – houve queda de 19,9% em 2024. E alta de 3,7% na receita total de vendas. Apesar de o aumento estar projetado sobre uma base baixa de faturamento em 2024, que foi o pior ano desde a safra 2016/2017, o resultado representaria a interrupção de uma série de três anos consecutivos de queda na comercialização de produtos do setor, ponderou a diretora-executiva da entidade, Cristina Zanella.

Ao todo, as vendas de máquinas e equipamentos alcançou R$ 20,5 bilhões em janeiro, um crescimento de 19,5% na receita líquida de vendas e no consumo aparente na comparação com o mesmo período o ano anterior. Apesar da queda sazonal em relação a dezembro, o desempenho ajustado indicou um crescimento de 7,5%, com a avanço no mercado doméstico, especialmente nos segmentos de máquinas agrícolas, infraestrutura, saneamento básico e construção civil.

Por outro lado, as exportações do setor sofreram uma retração significativa, com queda de 22,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 818 milhões. Já as importações cresceram 19,3% no comparativo anual, atingindo US$ 2,7 bilhões, o maior volume já registrado para um mês de janeiro.

É um fator que preocupa, porque é uma série muito longa de crescimento das importações, sinalizando uma perda de mercado doméstico. E a China se consolidou como principal fornecedora de máquinas e equipamentos ao país, respondendo por 36% das máquinas importadas, mesmo com fatores como o dólar alto”, finalizou Cristina Zanella.

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro