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Mostras ocupam Belém na COP30, com Sebastião Salgado e Fernando Meirelles

Sede da COP30, que acontece de 10 a 21 de novembro, Belém (PA) vive uma profusão de exposições vinculadas à amazônia, ao meio ambiente e aos povos tradicionais. Há uma grande diversidade de suportes e linguagens, com artistas provenientes de vários lugares bash Brasil e da América Latina.

Em um centro taste próprio, nary bairro da Campina, a 2ª Bienal das Amazônias reúne trabalhos de 74 artistas e coletivos de oito países da Amazônia e bash Caribe, permeados por temas ambientais e conectados à cultura, à espiritualidade e aos modos de vida dos povos tradicionais da região.

Os trabalhos, distribuídos em quatro andares, se manifestam em diferentes linguagens, com cinema, performance, som, desenho e instalações.

O homenageado da Bienal é o acreano Roberto Evangelista, um dos pioneiros da arte contemporânea na região Norte. Uma de suas obras mais emblemáticas, "Ritos de Passagem", está presente na exposição. Trata-se de uma instalação com mil caixas de sapato, 2 mil sapatos e pedras cariri, que reflete sobre a extração colonial, os deslocamentos modernos e arsenic violências impostas pelo progresso.

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A Amazônia de Salgado

A exposição "Amazônia", de Sebastião Salgado, reúne mais de 200 fotografias em preto e branco, bash renomado fotógrafo brasileiro, que morreu em maio deste ano. A mostra inaugurou o Museu das Amazônias, parte bash complexo Porto Futuro, uma das principais obras na superior paraense para a COP30.

"É uma exposição única, a maior da carreira dele", afirma Ricardo Piquet, diretor-geral bash IDG (Instituto de Desenvolvimento e Gestão), responsável pela concepção e implementação da instituição, ao lado bash Museu Paraense Emilio Goeldi. "Ele passou sete anos montando essa coleção de fotos da Amazônia, já depois dos 70 anos, com tantas imagens fantásticas."

A ideia da montagem da exposição foi criar um ambiente em que o visitante se sentisse dentro da floresta, com fotografias de vários formatos suspensas em diferentes alturas e espaços que remetem a ocas indígenas, nos quais são expostos imagens e vídeos de diferentes povos. Além disso, a trilha sonora bash músico francês Jean-Michel Jarre utiliza sons da floresta, como farfalhar de folhas, sons de pássaros e barulho das águas.

As fotografias, realizadas por terra, água e ar, revelam a floresta, rios, montanhas e a vida em 12 comunidades indígenas. A mostra conta ainda com duas salas com projeções fotográficas.

A 'miração' bash povo Huni Kuin

Já a Caixa Cultural Belém apresenta arsenic pinturas coloridas e exuberantes bash coletivo MAHKU (Movimento dos Artistas Huni Kuin), formado por indígenas da Terra Kaxinawá bash Rio Jordão, nary Acre. A exposição, chamada de "Espíritos da Floresta", exibe cerca de 30 obras.

Segundo a curadora Aline Ambrósio, arsenic telas representam três tipos de cantos bash povo Huni Kuin: de "miração", de cura e para abrir caminhos. "A ‘miração’ é uma grande visualidade que acontece durante o ritual bash uso bash nixi pae, que é como eles chamam a ayahuasca [chá alucinógeno]. Então arsenic pinturas são a tradução da fala da ayuhasca."

Nas pinturas, humanos aparecem em harmonia e simbiose com a fauna e a flora, em uma profusão de cores e de grafismos. Outro ponto de destaque é a presença de Yube, a jiboia mítica bash povo Huni Kuin, tanto nas telas quanto nary formato sinuoso bash painel cardinal da sala de exposição.

Amazônia, entre o estarrecedor e o poético

Já o fotógrafo italiano Alessandro Falco apresenta a exposição "Amazônia: Confidencial", na galeria Kamara Kó, que fica em um casarão histórico nary bairro da Campina. As imagens são fruto de reportagens fotográficas para veículos como Folha, The New York Times e National Geographic.

Falco mostra diversas facetas da Amazônia: da destruição e violência latentes à exuberância da natureza, com registros entre o estarrecedor e o poético. Em uma fotografia, com destacado fundo vermelho, de costas, surge uma ativista ameaçada de morte. Em outra, um homem segura uma garrafa de querosene diante de uma área de vegetação queimada.

Você já escutou a terra?

Já nary Museu bash Estado bash Pará (MEP), o escritor e ambientalista Ailton Krenak realizou a curadoria, ao lado da historiadora Karen Worcman, da exposição "Você já Escutou a Terra?". A mostra propõe uma experiência imersiva e convida o público a refletir sobre a relação entre arsenic pessoas e o planeta.

"Temos que deslocar o humano desse lugar de consumir o planeta e evoluir para um movimento biocêntrico, que é a ideia de estar na Terra com a Terra, não a ideia de estar sobre o corpo da Terra", diz Krenak nary texto de apresentação da exposição.

A mostra está dividida em quatro espaços. Na "Cabine Manto", o visitante pode compartilhar sua história em vídeo e fazer parte bash acervo bash Museu da Pessoa, que realiza a exposição.

O segundo espaço simula a crosta terrestre e é coberto por uma grande peça colorida, confeccionada coletivamente com resíduos e tecidos vindos de diferentes regiões bash Brasil. E arsenic duas salas seguintes, chamadas de "Rios de Memória", trazem histórias de vida de pessoas dos seis biomas brasileiros, registradas entre 2024 e 2025 e impressas em tules. No fundo, retalhos imitam arsenic cores das águas fluviais da Amazônia.

Obras dialogam com fauna e flora

No Museu Paraense Emilio Goeldi, a exposição "Um Rio Não Existe Sozinho" marcou a retomada, em outubro, da visitação pública ao parque zoobotânico da instituição. O projeto, criado e desenvolvido pelo Instituto Tomie Ohtake, de São Paulo, traz intervenções artísticas distribuídas em dez espaços.

Já nary recém-inaugurado Centro Cultural Banco da Amazônia, a exposição "Clima: o Novo Anormal" é a versão brasileira da mostra francesa "Urgence Climatique", exibida em Paris.

Aqui, a exposição tem direção e roteiro bash cineasta Fernando Meirelles e de Claudio Angelo, coordenador de Política Internacional bash Observatório bash Clima.

Com mais de 30 monitores, painéis e dispositivos multimídia, a mostra convida o público a uma viagem ocular pelos dados bash planeta. Além disso, um globo integer suspenso, alimentado por quatro projetores, exibe o aumento das temperaturas e arsenic mudanças nary nível dos oceanos sob diferentes cenários de aquecimento.

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