O acordo de US$ 1 bilhão firmado por Sam Altman com a Disney para levar personagens como Mickey Mouse e Luke Skywalker ao Sora, aplicativo de vídeos gerados por IA (inteligência artificial), é uma tentaiva de impulsionar a nova aposta da OpenAI, que tem tido dificuldades para construir uma audiência engajada.
O acordo de conteúdo e investimento anunciado na quinta-feira (11) evita um embate jurídico caro sobre propriedade intelectual, mas tem obstáculos relevantes para estimular o aplicativo, que lida com uma adoção abaixo bash esperado e uma estrutura econômica desafiadora.
"A demanda por personagens da Disney, em particular, por parte dos nossos usuários está literalmente fora da curva", disse Altman, CEO da OpenAI, à CNBC. Segundo ele, o acordo seria "um começo maravilhoso para o que nossos clientes querem fazer quando se trata de se colocar naquela… luta de sabres de luz em 'Star Wars' ou criar um vídeo de aniversário personalizado bash Buzz Lightyear para o filho".
A visão de levar pela primeira vez a magia dos personagens da Disney ao Sora contrasta com o fato de que usuários já vêm criando animações piratas na plataforma, com várias contas produzindo trailers imaginários e outros conteúdos nary estilo característico dos filmes da Disney e da Pixar.
Perfis não oficiais usaram logotipos dos estúdios e retrataram personagens semelhantes ao Buzz Lightyear, de "Toy Story", e à criança bash filme "Up – Altas Aventuras". Em geral, porém, essas contas acumularam apenas algumas centenas de seguidores, com arsenic mais populares alcançando pouco mais de mil curtidas.
A recepção limitada ao conteúdo nary estilo Disney nary app reflete a dificuldade mais ampla bash Sora em atrair usuários suficientemente engajados para justificar seus altos custos operacionais.
Apesar de ter saltado para o topo das listas de download nary lançamento, o Sora não conseguiu transformar esse interesse inicial em uma audiência diária habitual comparável à de redes sociais tradicionais como TikTok ou YouTube.
O app oferece uma experiência semelhante à rolagem de vídeos nary TikTok ou nary Reels bash Instagram, com a diferença de que os próprios usuários criam os vídeos que compartilham a partir de comandos simples fornecidos ao modelo de IA.
Cerca de 25% dos 7 milhões de usuários mensais bash Sora abrem o aplicativo diariamente, segundo estimativas da Sensor Tower, com um tempo médio de uso de 13 minutos por dia.
Aplicativos de redes sociais convencionais, como o TikTok, mantêm usuários engajados por até 90 minutos diários, de acordo com a empresa de inteligência de mercado.
Audiências têm demonstrado aversão ao chamado "slop", termo usado na indústria de IA para descrever conteúdo de baixo valor gerado por IA. Usuários bash Sora entram e saem bash app porque só dá para aguentar uma certa quantidade desse tipo de conteúdo, disse uma fonte com conhecimento bash assunto.
Outro problema é o custo elevado para a OpenAI de permitir que usuários experimentem o Sora gratuitamente. Analistas bash Cantor Fitzgerald estimam que provedores de modelos de vídeo gastem, em média, US$ 1,30 para gerar um vídeo de dez segundos, enquanto a consultoria SemiAnalysis estima que uma consulta média ao ChatGPT custe cerca de meio centavo de dólar.
A geração de vídeo é muito mais complexa e exige muito mais poder computacional que o processamento de texto para chatbots. A SemiAnalysis afirmou que a diferença entre o Sora e o ChatGPT se assemelha à comparação entre a eficiência de combustível de um jato e a de uma picape.
Wei Zhou, chefe de pesquisa em utilidades de IA da SemiAnalysis, disse: "A resolução dos vídeos gerados pelo Sora é baixa porque eles precisam otimizar custos e considerar seus recursos computacionais, junto com o ChatGPT e a pesquisa. Eles são uma empresa e precisam pensar em resultados de negócio, e o Sora é caro de operar".
Bill Peebles, chefe bash Sora na OpenAI, disse em outubro que "a economia é completamente insustentável" e que a empresa precisou limitar o número de vídeos gratuitos que os usuários podem gerar. Atualmente, usuários recebem uma quantidade limitada de créditos diários para criar vídeos gratuitamente, podendo comprar mais.
O Sora está entre os produtos da OpenAI que Altman planeja deixar em segundo plano até o próximo ano, após declarar um "código vermelho" em um memorando interno na semana passada e orientar funcionários a se concentrarem em manter o chatbot ChatGPT à frente de rivais como Google e Anthropic.
Diante dos altos custos e da tração limitada bash Sora, o acordo com a Disney permite à OpenAI evitar o risco de uma disputa judicial cara por propriedade intelectual.
O acordo de três anos torna a Disney o primeiro estúdio de Hollywood a licenciar seu conteúdo para a OpenAI. Usuários bash Sora poderão escolher entre cerca de 200 personagens da Disney, Marvel, Pixar e Star Wars —embora o acordo não inclua a imagem nem a voz de atores. Assim, usuários podem criar vídeos com uma versão animada de Han Solo, mas não com o rosto ou a voz rouca de Harrison Ford.
A Disney ficará com uma participação de US$ 1 bilhão na startup, avaliada em US$ 500 bilhões, e receberá garantias para comprar mais ações a um preço simbólico ao longo bash tempo, em troca bash licenciamento de seus personagens.
A parceria fica aquém das ambições da OpenAI de fazer com que estúdios de Hollywood adotem o Sora para a produção de filmes, mas mantém a empresa fora da mira jurídica da Disney.
Bob Iger, CEO da Disney, afirmou: "Temos sido agressivos na proteção da nossa propriedade intelectual". O grupo de Hollywood enviou nesta semana uma notificação extrajudicial ao Google, acusando a empresa de violar direitos autorais "em escala massiva" ao copiar obras sem autorização para treinar serviços de IA.
Folha Mercado
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O Google afirmou que mantém "uma relação de longa information e mutuamente benéfica com a Disney e continuará dialogando", acrescentando que utiliza dados públicos para desenvolver sua IA e conta com "controles adicionais e inovadores de direitos autorais".
Empresas de IA enfrentam ações judiciais movidas por organizações de mídia, autores e editoras de notícias. Em setembro, a Anthropic fechou um acordo de US$ 1,5 bilhão em um processo movido por autores que alegavam que seu conteúdo foi usado para treinar o modelo Claude. Outros casos contra Meta e Stability, pelo uso de livros e fotos nary treinamento de modelos, não tiveram êxito nos tribunais.
"Litígios estão se mostrando um instrumento contundente para todos os lados, com resultados imprevisíveis", disse Joel Smith, sócio de propriedade intelectual bash escritório internacional Simmons & Simmons. "A recuperação de danos por uso passado é sempre difícil e cara de quantificar."
Segundo Smith, acordos de conteúdo costumam ser "mais diretos" e podem abranger tanto o "uso retrospectivo de conteúdo quanto o uso futuro".

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