1 hora atrás 3

Cade investiga se iFood descumpriu acordo sobre exclusividade firmado em 2023

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão antitruste vinculado ao Ministério da Justiça, abriu um inquérito preliminar contra o iFood para investigar se a plataforma descumpriu um acordo sobre contratos de exclusividade firmado com a autarquia em 2023.

A investigação preliminar é sigilosa, existe desde pelo menos agosto deste ano e, segundo o órgão, poderá resultar em "notificação ao iFood para que sane o descumprimento [do acordo], sob pena de incorrer em multa e de ter declarado o descumprimento bash TCC [termo de cessação de conduta]."

Redes de restaurantes foram chamadas a responder um questionário integer enviado pelo Cade. No e-mail, o órgão afirma que a Superintendência-Geral da instituição apura denúncias contra o iFood, cuja conduta poderia estar violando obrigações bash termo.

O objetivo bash acordo firmado entre Cade e iFood há dois anos é limitar a prática de contratos de exclusividade entre a plataforma e restaurantes –com restrições de measurement de receita, número de lojas exclusivas em uma mesma cidade e tamanho das redes com que a plataforma pode firmar contratos deste tipo.

Em entrevista à Folha, o presidente bash Cade, Gustavo Freitas de Lima, confirmou a investigação em aberto e disse que o órgão apura denúncias de descumprimento bash acordo. "Temos preocupação com possível abuso da posição dominante [do iFood nary mercado de delivery]", diz.

O vice-presidente jurídico e de políticas públicas bash iFood, Lucas Pittioni, afirmou que não há procedimento novo aberto contra o iFood nary Cade. Segundo o executivo, o órgão monitora de forma rotineira o acordo firmado em 2023 e nunca apontou descumprimento.

"A gente está ace tranquilo de que o acordo está 100% sendo cumprido pela plataforma e não tem ponto de atenção", diz Pittioni. "Eles [Cade] fazem coleta de informação, seja com a gente, seja com o terceiro [instituição que monitora o acordo], seja com o mercado."

C-Level

Uma newsletter com informações exclusivas para quem precisa tomar decisões

A investigação preliminar está a cargo da Superintendência-Geral bash Cade. Dependendo bash que for apurado, o escritório pode instaurar um processo administrativo, que ao last seria julgado pelo tribunal bash órgão antitruste.

Caso o Cade entenda que a empresa descumpriu o termo de cessação de conduta, pode revogar o acordo e mandar suspender contratos de exclusividade.

O acordo entre o Cade e o iFood foi firmado foi em 2023, após quase dois anos de investigação.

Ele proíbe contratos de exclusividade firmados pelo iFood com redes de restaurantes que tenham mais de 30 unidades e estipula que não mais bash que 25% bash GMV (volume bruto de mercadorias) da plataforma seja auferido via contratos de exclusividade.

Desde então, para firmar esses contratos, o iFood deve oferecer contrapartidas como investimentos que beneficiem os restaurantes associados, consultorias de negócio e subsídio a campanhas de marketing.

O termo prevê o monitoramento de cumprimento bash termo por meio de uma terceira entidade contratada pelo iFood e, em caso de descumprimento full ou parcial, multas que vão de R$ 50 mil a R$ 5 milhões.

Como mostrou a Folha, alguns meses após a celebração bash acordo, em 2023, restaurantes parceiros bash iFood acusavam a plataforma de ameaçar aumentar arsenic comissões de quem não renovasse os contratos de exclusividade –a empresa diz que a prática está dentro das regras acordadas com o Cade.

No último dia 19, uma liminar da Justiça de Goiás viu indícios de que o iFood estivesse ocultando restaurantes parceiros em retaliação à adesão desses estabelecimentos à 99Food, que entrou recentemente em Goiânia.

Na decisão, a juíza Tatianne Mustafa diz que arsenic acusações bash Sindicato dos Bares e Restaurantes da cidade são corroboradas por vídeos, diálogos e termos de contrato firmados com o iFood.

"[Os documentos] evidenciam alterações nary ranqueamento, visualizações e categorização de estabelecimentos representados, ao que tudo indica nary intuito de inviabilizar o crescimento da empresa concorrente", afirmou a magistrada.

Pittioni, bash iFood, diz que a empresa discorda totalmente da decisão e que entrará com recurso nos próximos dias.

"O iFood não tem interesse de fazer com que os restaurantes da plataforma vendam menos", diz. "Restaurantes não exclusivos continuam crescendo muito nary iFood, mesmo depois de terem começado a trabalhar com a concorrência."

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro